Para Ricardo Duque, presidente da Comissão Política da JSD de Óbidos, “é extremamente importante que os jovens que compõem a estrutura conheçam a realidade do concelho”, uma vez que “para defender ideias e construir propostas políticas estruturadas e sustentadas e´ imperativo conhecer a realidade local, assim como o trabalho desenvolvido pelos diferentes agentes ativos do nosso território”.
A primeira reunião, com instituições de âmbito social, humanitário e comunitário, decorreu por videoconferência, através da plataforma Zoom, e contou com a presença da Associação de Desenvolvimento Social da Freguesia de A-dos-Negros (Paulo Capinha – vice-presidente), Associação “O Socorro Gaeirense” (Luís Coito Ribeiro – presidente), Casa do Povo de Óbidos (Sara Conceição – diretora técnica), Associação Humanitária Bombeiros Voluntários de Óbidos (Mário Minez – presidente), Associação Social Cultural e Recreativa de Amoreira (Joaquim Graça – presidente) e Associação Minha Casa (Abraham Tello e Patrícia Frazão – psicólogos da instituição).
A reunião dividiu-se em três momentos, o primeiro onde os diversos dirigentes tiveram oportunidade de dar a conhecer o trabalho desenvolvido por cada uma das associações, nomeadamente as suas valências, o número de beneficiários, orçamento anual, número de colaboradores e número de associados. No segundo momento falou-se das principais dificuldades destas instituições no período pré-Covid e que foram agravadas agora, assim como os apoios que têm tido pelas diferentes entidades. Numa terceira ronda houve um ciclo de perguntas e respostas e até algumas sugestões de temáticas a desenvolver futuramente.
Segundo Ricardo Duque, concluiu-se que “colaboradores e voluntários destas instituições são diretamente afetados, expostos ao cansaço físico e emocional, muitas vezes até sendo vítimas desta nova doença”.
“Apesar de por vezes se sentirem confusas com a constante evolução das regras e diretrizes e com pouco apoio da Segurança Social e do Estado Central, que segundo os intervenientes não olham para estas instituições, utentes e colaboradores como merecem, todas elas reagiram celeremente, substituindo-se ao Estado, adaptando-se”, relatou.
No entanto, vincou que “não deixaram de notar algumas preocupações, em particular, as grandes responsabilidades que estão subjacentes a estas direções que de forma voluntária gerem orçamentos muito significativos (mas apertados), e um elevado corpo técnico que acarreta um conjunto de preocupações e responsabilidades”
“Para agravar ainda mais estas condições, o impacto de verem algumas das suas respostas sociais fechadas (creches, jardins de infância, centros de dia, serviços de apoio domicilário, entre outros) e de não terem a receita extra dos eventos organizados pela autarquia ou promovidos pelas próprias instituições, ou até mesmo a inexistência das receitas dos parques de estacionamento que se enchiam por ocasião dos eventos e do elevado número de turistas (como é o caso dos Bombeiros Voluntários de Óbidos), rapidamente se transformou numa ameaça à sua própria sustentabilidade financeira e organizacional”, alertou Ricardo Duque.
“O grande apoio da autarquia, o inexcedível acompanhamento da autoridade de saúde e a cooperação entre diferentes instituições foi alvo de reconhecimento”, indicou.
“A excelente articulação entre associações, proteção civil, autoridade de saúde e autarquia tem sido determinante”, comentou Paulo Capinha.
“O Estado não olha para estas instituições como verdadeiramente merecem”, sustentou Joaquim Graça.
Sara Conceição defendeu que “os colaboradores dos serviços de apoio domiciliário já deveriam estar vacinados”.
Luís do Coito referiu que “a testagem que tem vindo a ser promovida pela autarquia foi e é fundamental para proteger os nossos colaboradores e consequentemente os nossos utentes”.
“Estamos a fazer de tudo para salvaguardar os nossos utentes”, garantiu Abraham Tello.
“Vamos ter um ano muito complicado. Alguém vai ter de segurar as cordas e nós vamos cá estar”, sublinhou Mário Minez.
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