Caldas da Rainha não diverge da realidade nacional, uma vez que se encontra na região de Lisboa e Vale do Tejo, de onde grande parte dos casos diários provém. Apesar de não apresentar dados tão graves quanto outros concelhos, como se sucede em Alcobaça, que ultrapassou a barreira dos mil e quatrocentos resultados positivos, os mais de mil e cem que o nosso concelho tem atualmente, segundo a Direção Geral de Saúde, não deixam de evidenciar um indício desastroso.
De facto, esta estatística degrada as condições sociais caldenses, que foram pesadamente restringidas com o novo confinamento.
Desde o início da pandemia casos não faltam para justificar o impacto covídico na região, já que o surgimento de diversos surtos em diferentes instituições sociais, principalmente as conectadas às áreas de saúde e de educação, justificam os números galopantes observáveis tanto ao nível da concelhia como a nível nacional durante este último ano. Focos de infeção como os registados no verão do ano passado tanto num jardim de infância como no Lar do Montepio Rainha D. Leonor exigiram medidas rápidas e eficazes, com vista à mitigação das redes de contágio.
Porém, com a má adaptação do país à vaga do mês passado, outro surto fora reportado na Santa Casa da Misericórdia. Adicionando a estes focos pandémicos outros espaços públicos que evidenciam fácil contágio, sublinhando as escolas, lojas e restaurantes, a ordem de encerramento destes estabelecimentos pode ser vista como um mal necessário, embora pinte na paisagem caldense um quotidiano mais monótono, frio e menos avivado.
Contudo, será uma realidade que nos próximos meses teremos de nos habituar, de modo a que o decréscimo recente do número diário de casos continue nesta rota. Por isso, apelo e agradeço ao civismo prestado por vós, caros leitores, pois parte dos nossos esforços individuais salvaguardar um bem coletivo.
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