A detenção aconteceu na passada quinta-feira e foi efetuada pelo Núcleo de Investigação Criminal de Caldas da Rainha da GNR, no âmbito de uma investigação por tráfico de estupefacientes que decorria desde novembro do ano passado.
Os militares realizaram duas buscas domiciliárias e uma num veículo, culminando na apreensão de 300 doses de canábis, 13 plantas de canábis, 12 cartuchos, três caçadeiras, uma arma de paintball, diverso material elétrico e equipamento de apoio à produção e secagem de canábis, e material de embalagem e corte de canábis. As armas não tinham registo nem qualquer tipo de documentação válida.
No seguimento das diligências foram desmanteladas quatro estufas de produção de canábis e outra de secagem, tendo sido possível detetar uma ligação ilegal à rede elétrica.
Ainda no decorrer desta ação, e após terem sido detetados ilícitos contra a natureza e ambiente, foi elaborado um auto de contraordenação por posse ilegal de peças ornamentais por falta de certificado CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção), punível com uma coima que pode ascender a cem mil euros.
Foram apreendidas duas tartarugas de escamas embalsamadas, uma peça de coral de dois quilos e diversas peças de marfim de elefante-africana, nomeadamente, dezasseis pulseiras, cinco brincos, três colares, três anéis, três peças trabalhadas com o peso total de 1,6 quilos, duas estatuetas e um terço.
A contraordenação foi remetida para o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), autoridade nacional CITES.
O CITES é um acordo internacional ao qual aderiram 180 países. O seu objetivo é o de assegurar que o comércio de animais e plantas não ponha em risco a sua sobrevivência no estado selvagem.
Atribui diferentes graus de proteção a cerca de 5.600 espécies de animais e 30.000 espécies de plantas, vivos ou mortos, suas partes, derivados e produtos que os contêm.
Esta ação contou com o reforço da GNR de São Martinho do Porto, do Núcleo de Proteção Ambiental de Caldas da Rainha, do Destacamento de Intervenção de Santarém e a colaboração do ICNF.
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