Numa altura normal de funerais fora da época da pandemia, as pessoas “costumam pedir mais do que uma coroa ou ramo para o falecido”.
“A pandemia teve um impacto na reorganização das cerimónias. Há um conjunto de serviços que não são prestados, porque organizar um funeral que sai do hospital e vai para o cemitério tem menos encargos”, frisou.
Como não é permitido mais que um número de pessoas, “os pêsames são dados através das redes sociais”.
No entanto, Hélia Silva afirmou que “tivemos tempo para fazer trabalhos florais maiores e mais bonitos”. “Como não havia a possibilidade de pedir muitos arranjos florais foi-nos pedido para fazermos ramos e coroas mais representativas que homenageassem a pessoa”.
O mais difícil para a empresária é “entregar flores a um funeral sem o calor humano”. “Fui a funerais em que a família não pôde participar porque estavam com Covid”, contou.
Recordou um momento dramático, em que foi “colocar uma coroa no jardim da casa do filho e da esposa do falecido enquanto passava o carro funerário e eles choravam compulsivamente à janela”.
“Funerais sem velórios e com poucas pessoas, sem afetos e abraços a quem está a sofrer, pode deixar marcas”, declarou.
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