Uma tremideira com um zumbido ao longo de dez segundos. Foi assim que muitas pessoas descreveram o que sentiram com o sismo,de magnitude 3.5 na escala de Richter, registado pelas 22h08.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, tratou-se de um abalo sísmico cuja vibração foi semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados.
Na escala de Mercalli modificada a intensidade foi III-IV, o equivalente a fraco a moderado.
No concelho de Rio Maior, na freguesia de Alcobertas, onde se verificou o epicentro, foram logo desencadeadas ações de monitorização em diversas infraestruturas, nomeadamente de abastecimento de água, mas não houve relatos de danos, o que tranquilizou a câmara e a proteção civil.
“A minha primeira preocupação foi logo contactar os nossos bombeiros, que é onde habitualmente caem as chamadas de emergência de forma mais rápida, mas percebi que estava tudo tranquilo. Coloquei na rua operacionais da Câmara Municipal para poderem fazer todo o trajeto entre a cidade e Alcobertas e verificarem se havia algum dano visível”, contou Filipe Santana, presidente da Câmara de Rio Maior.
Os bombeiros receberam algumas chamadas de populares a perguntar se teria havia um sismo, mas não houve alarmismos. “Apesar do abalo ter sido com alguma intensidade, as pessoas reagiram bem, o que é importante saber que a população está capaz de lidar com uma situação destas sem entrar em histerismos”, declarou o segundo comandante dos bombeiros de Rio Maior, Luís Coelho.
O confinamento devido à pandemia pode ter ajudado. “Estando acompanhadas, as pessoas puderam apoiar-se. Se estivessem sozinhas podiam ficar mais desconfortáveis”, manifestou.
Móveis a estremecerem, foram o sinal mais visível deste pequeno sismo, que deu para o susto, mas sem estragos ou ferimentos.
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