Sem esconder a emoção e lágrimas recordou que o mais difícil “é não ver a família e ver pessoas a morrer ao nosso lado”.
Hoje integra a lista de recuperados, mas com algumas sequelas. Tem uma tromboflebite numa perna que considera que foi provocada devido o vírus. “A dra. Joana Louro, que é minha médica da diabetes, foi espetacular e acabei por não ser transferida para Santa Maria, mas fui submetida a ventilação não invasiva e evoluí bem”, contou. Mas pensou “que ia morrer” porque “a minha diabetes estava descontrolada e disseram-me que os meus órgãos estavam a entrar em falência”.
Ao olhar para trás, Isabel Maria Santos diz que sempre teve muito cuidado, mas consegue identificar o momento em que contactou com o novo coronavírus. “O namorado da minha filha foi viajar à Madeira em trabalho e quando regressou veio jantar à nossa casa e foi nessa altura que todos na família, menos a minha mãe, ficámos infetados”, relatou.
Agradeceu por estar viva e toda a ajuda que teve dos enfermeiros, médicos e fisioterapeutas. “Eles têm o internamento muito bem organizado e controlado”, salientou, acrescentando que “antes de ser internada ainda estive dois dias sentada no cadeirão na urgência à espera de cama”.
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