Q

Previsão do tempo

17° C
  • Monday 32° C
  • Tuesday 29° C
  • Wednesday 26° C
18° C
  • Monday 34° C
  • Tuesday 30° C
  • Wednesday 28° C
19° C
  • Monday 38° C
  • Tuesday 33° C
  • Wednesday 30° C
Olhar JSD

Saúde mental: uma pandemia invisível

Catarina Santos, militante da JSD Caldas da Rainha

EXCLUSIVO

ASSINE JÁ
A pandemia veio ajudar a desmistificar um tema que, infelizmente, sempre foi tratado como um tabu na nossa sociedade. Esse tema é a saúde mental, e é importante falar abertamente sobre ela pois são muitas as pessoas que cada vez mais sofrem em silêncio, talvez por vergonha, por medo de serem alvo de exclusão social, preconceito, por considerarem que as suas emoções são um sinal de fraqueza. Tudo isto dificulta a procura de ajuda, pelo que é crucial combater desde já o estigma que a doença mental tem inerente.
Catarina Santos, militante da JSD Caldas da Rainha

A febre, a tosse seca e a falta de ar são sintomas que todos conseguimos “ver” e associar a este novo vírus, no entanto, a depressão, a ansiedade e a angústia são alguns dos sintomas “invisíveis” associados a perturbações da saúde mental que não devemos ignorar. É inegável que o confinamento, o distanciamento físico, a incerteza no futuro e o medo que a pandemia trouxe, teve e tem repercussões na saúde mental de todos pois, obrigados a ficar confinados em casa, fomos também obrigados a reajustar a vida. Muitos jovens viram os seus sonhos e planos adiados, outros perderam os seus empregos, e o isolamento já tão presente na vida dos mais idosos aumentou em consequência de muitos dos serviços dos quais dependiam serem interrompidos. E, além de todos estes, é importante mencionar os que estão na linha da frente, que, sujeitos a longos turnos de trabalho, lidam ao longo dos dias com a pressão, o medo, o cansaço e a solidão por estarem afastados das suas famílias.

Todo este aumento de mortes a que temos vindo a assistir torna essencial abordar o luto, pois se em circunstâncias normais já seria traumático passar pela perda de um ente querido, em tempos de Covid todo este processo é ainda mais avassalador. O isolamento a que a Covid-19 nos obriga faz com que muitos não tenham com quem partilhar a sua dor, algo que é essencial para quem passa por esta situação. Não há missa, não há velório, o caixão vai fechado, não há palavras de despedida, não há abraços, e só resta um nó na garganta por não ter estado presente naqueles que foram os últimos dias de vida dos familiares. Tudo isto cria sentimentos de culpa, angústia e desespero, pelo que é fundamental ter o acompanhamento devido nestas situações.

Com o início da vacinação surgiu um sentimento de esperança, como se esta vacina fosse “uma luz ao fundo do túnel”, no entanto, não existe uma vacina que salve a crise económica em que o país está a mergulhar, pelo que devemos estar conscientes de que a pandemia vai deixar um longo rastro de destruição a diversos níveis, e que para que a economia recupere é necessário que as pessoas também recuperem a nível psicológico. Existem, assim, para o efeito e adaptadas à situação pandémica, várias linhas telefónicas dispostas a prestar auxílio a quem se sente mais perturbado, ansioso, aflito ou assustado nesta fase, pelo que apelo à pesquisa, ao diálogo e à procura de ajuda por quem a necessita pois estamos todos “no mesmo barco”.

(0)
Comentários
.

0 Comentários

Deixe um comentário

Artigos Relacionados

Reunião junta parceiros do setor da pedra natural

A Sevways, empresa sediada no Parque Tecnológico de Óbidos, recebeu no dia 11 de setembro os parceiros do projeto Sustainable Stone by Portugal para uma reunião de avaliação de resultados. O encontro contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Óbidos, Filipe Daniel, e juntou representantes das entidades envolvidas no consórcio, entre empresas e instituições académicas.

pedra

Jovens de várias nacionalidades em experiência imersiva na Berlenga

A Experimentáculo, associação juvenil fundada em 2006, em Setúbal, que promove projectos de qualificação e empoderamento para jovens dos 18 aos 30 anos, vai levar 30 jovens de cinco nacionalidades diferentes para uma experiência intensiva e imersiva na ilha da Berlenga.