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Eleições presidenciais em plena pandemia

Marcelo vence no distrito de Leiria acima do resultado obtido há cinco anos

Marlene Sousa / Mariana Martinho

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Sem surpresa, Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito Presidente da República, com 60,70%, e conseguiu mesmo subir significativamente, em cerca de oito pontos, a percentagem de votos com que foi eleito para o primeiro mandato em 2016, quando obteve 52%.

No distrito de Leiria, o Presidente da República reeleito conseguiu 63,94% (acima do resultado obtido há cinco anos 61,07%) e André Ventura ganhou a Ana Gomes, com o líder do Chega a conseguir 12,50% dos votos no distrito, enquanto a candidata do PS teve 10,45%.

A taxa de abstenção, que se situou nos 54,55%, foi a mais elevada em eleições presidenciais.

A abstenção no distrito de Leiria foi de 55,3%, acima do valor registado nas Presidenciais de 2016 (49,82%).

Nas Caldas da Rainha, Marcelo Rebelo de Sousa recebeu 61,79% dos votos, Ana Gomes ficou em segundo com 12,34% e em terceiro lugar ficou André Ventura com 11,81%.

Mandatários e presidentes de concelhia e até um candidato comentam resultados eleitorais. Não foi recebida em tempo útil resposta da candidatura de Tiago Mayan Gonçalves.

Daniel Rebelo, presidente da Comissão Política Concelhia do PSD das Caldas

“Escolhemos para nos liderar quem nos garante maior capacidade de trabalho”

Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS, Daniel Rebelo disse que foi um processo eleitoral e uma campanha atípicos, que “culminou num dia de eleições difícil”, mas “retratou, para além de qualquer dúvida, a vontade expressa dos eleitores portugueses e acredito que é essa a maior prova de maturidade democrática que o país poderia ambicionar e em muito terá de agradecer a todos quantos prestaram serviço público e garantiram o funcionamento do sistema na organização do ato eleitoral”, declarou.

De acordo com presidente do PSD das Caldas, os resultados estão “alinhados com as expetativas, que apontavam à reeleição do candidato em exercício à primeira volta, recolhendo um número muito expressivo de votos, vencendo mesmo em todos os concelhos do país”.

Quanto ao concelho das Caldas da Rainha, “venceu em todas as freguesias, aliás, do ponto de vista concelhio nota-se um alinhamento muito expressivo dos resultados com o que se verificou a nível nacional, destacando-se apenas de forma muito positiva a menor taxa de abstenção que a verificada a nível nacional”, apontou.

Segundo Daniel Rebelo, “de todos os candidatos, o professor Marcelo Rebelo de Sousa garante sem dúvida melhores condições e qualidades para o exercício das funções a que concorria”. “Este resultado parece ser, aliás, uma confirmação da tendência de em momentos de maior dificuldade, escolhermos sempre, para nos liderar, quem nos garanta maior capacidade de trabalho e ação”, sustentou.

João Gonçalves, presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP

“Nunca a esquerda teve tão poucos votos numas eleições presidenciais”

Para João Gonçalves, “os resultados obtidos foram de encontro às nossas expetativas e aquilo que foi proferido pelo partido ao apoiar o presidente Marcelo Rebelo de Sousa”.

O d manifestou que “todos os objetivos do CDS para estas eleições presidenciais foram conseguidos, o que nos dá uma tremenda satisfação, por outro lado, a esquerda volta a perder eleições, depois da derrota eleitoral nos Açores”.

“Nunca a esquerda teve tão poucos votos numas eleições presidenciais”, comentou, adiantando que “o partido quer construir uma alternativa para derrotar o socialismo no governo de Portugal”.

Sara Velez, mandatária da candidatura de Ana Gomes no distrito

“A candidatura de Ana Gomes cumpriu o seu objetivo central”

Sara Velez considerou que a candidata “apesar de não ter conseguido o objetivo de levar o sufrágio a uma segunda volta, cumpriu o objetivo central, impedindo que outra candidatura, com discurso extremista, ascendesse a uma posição de possível alternativa”, tendo ficado à frente do candidato do André Ventura, e com mais votos do que Marisa Matias e João Ferreira juntos.

De acordo com a presidente do PS das Caldas da Rainha, “a candidatura de Ana Gomes desde início cria ocupar um espaço, que era dos socialistas democratas, progressistas, europeístas, e também de outras forças partidárias, que não necessariamente do PS, mas também pretendia ser uma barreira a outras candidaturas com discursos extremistas”.

Em contraponto, reconhece que a candidata falhou o seu grande objetivo de disputar uma segunda volta com Marcelo Rebelo de Sousa. “A nós só cabe respeitar a decisão”, frisou.

Mas as derrotas de Ana Gomes também têm dentro algumas vitórias, pois foi a mulher mais votada numa eleição presidencial.

Em relação aos resultados no concelho das Caldas da Rainha, a militante do PS mostrou-se igualmente satisfeita, pois “acompanharam aquilo que são os resultados nacionais”.

Bernardo Alonso, mandatário concelhio das Caldas da candidatura de André Ventura

“Não haverá um governo de direita sem o Chega”

Bernardo Alonso disse que apesar do resultado final ditar um 3º lugar a nível nacional, “a esquerda perdeu mais de um milhão de votos em comparação com 2016, o que por si só já é positivo”.

Diz que não gosta de extrapolar o resultado de umas presidenciais para umas legislativas, contudo, afirma que tem que assumir que “passar de 3318 votos (1.5%) no distrito de Leiria em 2019 para 22576 (12.5%) em 2021 é um claro sinal de crescimento e afirmação”.

A nível concelhio, Bernardo Alonso referiu que o resultado foi “muito positivo”. “Marcámos presença em praticamente todas as secções de voto, fomos a única candidatura que acompanhou o processo eleitoral desde o voto no estabelecimento prisional até ao voto no dia 24 e conseguimos crescer em todas as freguesias do concelho”, apontou. “Em 2019 tivemos apenas 355 votos, no domingo obtivemos 2272, ficando a 103 votos de Ana Gomes.”, adiantou.

Para o mandatário concelho “ficou claro que somos uma alternativa para o futuro e não haverá um governo de direita sem o Chega”.

Anunciou ainda que brevemente será apresentada a equipa da Comissão Política Concelhia das Caldas, que já está constituída e será presidida por Edmundo Carvalho.

Margarida Taveira, mandatária concelhia da candidatura de João Ferreira

“As ideias não se apagam”

Margarida Taveira declarou ao JORNAL DAS CALDAS que os resultados das eleições presidenciais no distrito de Leiria “não surpreenderam, tendo em atenção as já habituais tendências partidárias deste distrito”.

Porém, “o candidato de extrema direita encontrou no distrito de Leiria um campo favorável à difusão do seu ideário retrógrado e envelhecido”.

“Já o excelente trabalho de campanha realizado pelo candidato João Ferreira, de longe o melhor preparado, não foi suficiente neste território adverso, para lhe garantir uma melhor colocação”, lamentou.

Ficaram, de acordo com Margarida Taveira, contudo, “as ideias, o seu conteúdo construtivo e a experiência, que não se apagam”.

Arnaldo Sarroeira, membro da concelhia da Bloco de Esquerda das Caldas da Rainha

“Os resultados ficaram aquém daquilo que desejávamos”

A candidata do Bloco de Esquerda, Marisa Matias, ficou longe daquilo que tinha conseguido em 2016 e atrás do objetivo que traçou de ficar à frente do candidato da extrema-direita. “Os resultados ficaram aquém daquilo que desejávamos e queríamos”, comentou Arnaldo Sarroeira, defendendo que “é ao Partido Socialista que se deve perguntar porque é que a esquerda não somou mais votos nestas presidenciais”.

O militante do BE também referiu que “este quadro eleitoral é completamente diferente de há cinco anos, quando Marisa Matias conseguiu 10,12% dos votos, tendo nestas eleições ficado nos 3,95%.

Apesar da “derrota”, Arnaldo Sarroeira garante que “o BE vai continuar a lutar para que seja feito o que é necessário para dar resposta às questões do Serviço Nacional de Saúde, e dessa forma responder também de imediato à pandemia, a nível económico e social, que tem vindo aprofundar as desigualdades e a pobreza”.

Vitorino Silva, candidato presidencial

“Estou satisfeito com os 552 votos nas Caldas”

Vitorino Francisco da Rocha e Silva, popularmente conhecido como Tino de Rans, teve 552 votos nas Caldas da Rainha e no distrito de Leiria foi o sétimo com 1.582 votos.

No concelho de Alcobaça ficou em 5º lugar com 3,17% (705 votos), mais 74 votos que João Ferreira.

Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS, Vitorino Silva afirmou estar “satisfeito com o resultado nas Caldas” e por ter conseguido votos “em todos os concelhos do país, mesmo fazendo campanha eleitoral a partir de casa”. “Há cinco anos também tive alguns votos no distrito de Leiria e o que posso dizer aos caldenses é que estou a meio do caminho”, declarou.

Lamentou a abstenção, sublinhando que houve “muitas pessoas que não puderam votar porque estavam confinados em casa com Covid-19”.

Disse que conhece muito bem as Caldas, nomeadamente, a louça de Rafael Bordalo Pinheiro.

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