O objetivo é uma abordagem informal à cerâmica das Caldas e à cultura em geral e seus atores na cidade termal e no país.
Caldense exilado na capital, vou procurar complementar estas crónicas com a visão crítica de quem vê de longe o dia a dia da nossa terra.
Este título foi roubado a uma peça de teatro de intervenção no saudoso Conjunto Cénico Caldense. Em tempos de luta contra a ditadura.
Jorge F. Ferreira (Joaquim Jorge Figueiredo Ferreira), nasci nas Caldas da Rainha a 2/9/1953. Licenciado em Farmá-cia depois do ensino primário e secundário nas Caldas, fiz tropa na Força Aérea: dois anos de risco calculado antes e depois de Abril, um emprego de circunstância divertido (1976-1980) e seis meses a dar aulas sem jeito.
A resposta a um pedido de emprego no Expresso originou uma carreira de vinte e quatro anos no Marketing Internacional.
De 1980 a 1982 lancei uma gama inovadora de desinfeção hospitalar, o que me fez visitar quase todos os hospitais e clínicas do país onde constatei o grave problema da infeção hospitalar.
A seguir ingressei na Wander, depois Sandoz, actualmente Novartis por via das fusões e aquisições habituais na indústria farmacêutica.
A venda da divisão em que trabalhava colocou-me no desemprego.
Colecionador, interessado na cerâmica das Caldas e pela arte em geral, passei a “Marchand’Art”, nome pomposo para quem apenas comprava e tentava vender velharias; entrei assim no mundo fascinante da arte e antiguidades (quinze anos delirantes que passaram sem dar por eles).
Agora estou retirado mas mantenho nas Caldas uma coleção visitável por marcação, e continuo na busca de “tesouros” para enriquecer coleções de amigos: Espólios de cerâmica das Caldas e de autor (cerâmica modernista dos anos 50, 60 e 70 do século XX) que assim resistem ao tempo à dispersão e ao esquecimento.
E escrevo e produzo o que posso.
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