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Eleições no Montepio Rainha D. Leonor com duas listas candidatas

Marlene Sousa / Francisco Gomes

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O médico Francisco Rita encabeça a lista “Por um novo Montepio”, concorrente às eleições para os órgãos sociais do Montepio Rainha Dona Leonor. O atual presidente do conselho de administração da associação mutualista, o advogado Marques Pereira, vai recandidatar-se a mais um mandato. O escrutínio para o quadriénio 2021-2024 está marcado para 12 de fevereiro.
Francisco Rita (foto Mariana Martinho)

“A necessidade de criar um corpo clínico homogéneo e coeso, que dê reputação e suporte à atividade assistencial vai ser um desafio, que ao ser conseguido nos permitirá participar noutros projetos de âmbito mais alargado e que temos desde já preparar”, afirma no seu manifesto eleitoral o candidato Francisco Rita, que se apresenta a votos acompanhado de uma equipa onde na mesa da assembleia geral está como presidente Sabrina Ribeiro e no conselho fiscal Sá Nogueira é o líder, ambos empresários.

Segundo Francisco Rita, “o arranque do projeto Lar do Montepio – Dr. Ernesto Moreira fez com que a instituição tenha atingido um patamar de atividade de tal forma que acabou por criar as condições para a concretização de outro grande projeto, que foi o Condomínio Residencial”, contudo, “a dedicação ao lar e ao condomínio condicionou a atenção às novas exigências da área da saúde”.

“A Casa de Saúde, que até aí havia centrado as atenções da associação, foi subalternizada pelas novas atividades agora desenvolvidas, nomeadamente através do adiar sucessivo da sua renovação. Se o edifício existente já na década de 90 se mostrava limitador da atividade, trinta anos depois está impeditivo de continuar a desempenhar as funções que os sócios e a região pretendem”, sublinha.

“A perda de movimento e de faturação, com resultados negativos de exploração bem demonstram este facto, que acompanha outro acontecimento importante – é que, quer os sócios, quer os restantes utilizadores deixaram de considerar a Casa de Saúde do Montepio como primeira opção quando precisam de cuidados de saúde”, lamenta o candidato.

Francisco Rita quer mudar este panorama, vincando que é altura de “arregaçar as mangas” para transformar o entretanto adquirido edifício desocupado pela EDP em Casa de Saúde/Hospital Montepio Rainha D. Leonor.

Os proponentes que integram a lista afirmam ter “plena consciência de que a meta a alcançar não vai ser fácil” e que “os obstáculos e espinhos serão muitos”. “Como profissionais, quer da área de saúde, quer de outras diferentes atividades, mas com o sentir e com as provas já dadas em diversas áreas de associativismo em que têm estado integrado, tudo farão para levar a ‘bom porto’ esta missão”, asseguram.

“A definição das estratégias e a sua implementação para concretizar este objetivo, que terão de ser associadas à continuação e melhoria das condições de atividade das restantes áreas de interesse da associação, nomeadamente outras ações de mutualismo, serão fulcrais no êxito de todo este projeto”, salientam.

Consideram que “o saber ouvir e cuidar dos trabalhadores do Montepio (Casa de Saúde, Lar e Condomínio), e acompanhar as expectativas dos colaboradores externos, dos parceiros presentes e futuros, tal como o aceitar o parecer dos sócios ouvidos quer diretamente quer através do conjunto das estruturas representativas estabelecidas nos estatutos da associação, serão fundamentais na prática de gestão a implementar”.

“Queremos expressar a nossa vontade de tudo fazermos para trabalhar com todos e não só com alguns”, frisam.

“Processo muito pouco transparente”

Marques Pereira, que apresenta algumas novidades na lista para os órgãos sociais, como o juiz desembargador Carlos Querido, candidato à presidência da assembleia geral, e o advogado Paulo Sousa ao conselho fiscal, questiona o processo eleitoral.

Segundo indicou, a assembleia geral eleitoral estava marcada para dia 18 de dezembro e as listas candidatas deveriam ser entregues até ao dia 3 de dezembro. No dia 2 de dezembro o presidente da mesa da assembleia geral, Carlos Aurélio dos Santos, emitiu um aviso indicando que as eleições não se iriam realizar, porque o país se encontrava em estado de emergência”.

Este aviso, segundo o presidente da instituição, “não anula o processo eleitoral, adiando apenas a votação”, só que “agora aparece outra lista, que há quem considere que, uma vez entregue depois do fim do primeiro período das eleições, não tenha validade”.

“Curiosamente, no dia 18 de dezembro, em que era a data que as eleições estavam marcadas, não havia restrição nenhum para a realização das mesmas”, esclareceu, acrescentando que “perdeu-se uma excelente oportunidade”, salvaguardando que “tudo isto poderia e deveria ter sido evitado”.

No seu entender, o adiamento das eleições para 12 de fevereiro é um “processo muito pouco transparente e muito pouco explicado”.

O candidato e presidente do conselho de administração diz que o principal foco para o próximo mandato é “trazer o Montepio definitivamente para o século XXI”. “Isto, traduzido por miúdos, diríamos que assenta num plano de investimento bastante ambicioso com base num estudo dos últimos vinte anos da vida do Montepio, e das opções que foram sendo feitas, e chegámos à conclusão que é necessário um conjunto de iniciativas e investimentos que permitam o Montepio alavancar os próximos anos de uma forma sustentada”, apontou.

A construção de novo hospital é um dos projetos prioritários. O Montepio Rainha D. Leonor está à espera que as eleições se realizem para assinar o contrato com um parceiro, com o intuito de abrir um novo hospital nas Caldas da Rainha no imóvel que adquiriu à entrada da cidade e onde funcionava a EDP.

Segundo explicou ao JORNAL DAS CALDAS o presidente da instituição, “os protocolos só não estão já assinados por causa deste adiamento eleitoral”.

“O grupo que será parceiro está determinado em abrir o novo hospital no início de 2023”, revelou.

O responsável não quis divulgar ainda publicamente o nome do novo parceiro, mas garante que é “um grupo de grande prestígio da zona centro e que tem mais de uma dezena de unidades de saúde, e que pretende fazer nas Caldas o melhor hospital de todas as unidades que possui”.

Garante que o novo hospital vai permitir viabilizar financeiramente o Montepio porque, “ficamos sem a grande sobrecarga financeira negativa que constitui a Casa de Saúde, e passamos a poder fornecer aos seus associados um serviço de altíssima qualidade, muito completo, e o Montepio ainda vai receber uma renda por isso”.

Segundo Marques Pereira, depois de assinarem o contrato, o grupo “começa logo a intervir na gestão da Casa Saúde atual, para que, quando se passar para a nova unidade as coisas estarem devidamente organizadas”.

O responsável sublinhou que o Montepio “não pode avançar sozinho para um investimento dessa ordem porque não tem estruturas financeiras que o permitam, e então precisa de um parceiro que ajude a concretizar o novo hospital, que será uma alternativa de qualidade, perante as insuficiências que existem na região e no país, no que aos cuidados de saúde diz respeito”.

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