A data, que normalmente é assinalada no concelho com várias iniciativas ao longo de todo o dia, este ano foi comemorada de forma “completamente atípica daquilo que era habitual”, sublinhou o presidente da Câmara Municipal, José Bernardo Nunes, no lançamento do 3º Prémio Literário Fernanda Botelho, que decorreu online na Biblioteca Municipal.
Na ocasião, o autarca referiu que “apesar do tempo que vivemos é importante criar atividades, que contribuam para o bem-estar intelectual da população, e que promovam a capacidade de resiliência tão necessárias atualmente”.
O edil considerou ainda relevante levar o nome do concelho mais longe, associado à escritora homenageada e à associação que detém a sua memória. Também defendeu a importância de contribuir para a criação literária em língua portuguesa, bem como promover os bons hábitos de escrita junto dos jovens, daí a criação, na transata edição, da modalidade juvenil do concurso, “que dá oportunidade aos jovens, dos 14 aos 18 anos, de dar asas à imaginação e iniciarem-se na cena literária”.
Face a isso, “aproveitámos o 123º aniversário do concelho para não só lançar o 3.º Prémio Literário, com inscrições abertas até 31 de março como também para fazer apresentação da antologia de contos referente à segunda edição deste galardão bienal, que reuniu, em 2018, cerca de 200 participantes, oriundos de Portugal e do Brasil”.
A iniciativa também incluiu intervenções via online da diretora da Associação Gritos da Minha Dança, Joana Botelho, que destacou que “o Prémio Literário Fernanda Botelho destina-se a homenagear a escritora, que viveu parte da sua vida na aldeia da Vermelha e cuja obra literária é aplaudida a nível nacional, tendo recebido diversos prémios literários”.
Este galardão, que foi adiado o ano passado devido à pandemia, constitui um concurso promovido pelo Município do Cadaval e Associação Gritos da Minha Dança, detentora do acervo da escritora Fernanda Botelho, que vai contar nesta edição com um júri composto pela escritora Rita Taborda Duarte e pela professora Alice Oliveira, do Agrupamento de Escolas do Cadaval.
Intervieram ainda, também de forma não presencial, a presidente do júri deste 3.º Prémio, Paula Morão, representante do Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e as duas vencedoras do 2.º Prémio, Vanessa Martins, na categoria de adultos e Maria Ferreira, na categoria juvenil. Ambas arrecadaram um prémio no valor de 1500 euros (modalidade de adultos), atribuído pela Câmara Municipal, e de 250 euros (modalidade juvenil), oferta do patrocinador da 2ª edição, a panificadora “Pão da Vermelha”.
As normas de participação do 3.º Prémio Literário Fernanda Botelho estão já disponíveis no site municipal, sendo que uma das novidades prende-se com o envio de contos, que passará a ser feito por mail.
Cadavalense expõe “Raízes” na Biblioteca Municipal
Enquadrada nas comemorações do Feriado Municipal também esteve a inauguração da exposição de artes plásticas “Raízes”, da cadavalense Cláudia Pereira, na Biblioteca Municipal.
A mostra, que está patente até dia 31 e que pode ser conhecida virtualmente, através dos meios digitais do município, é constituída por 23 obras inéditas da artista plástica, que assina “Moiane”. Trata-se ainda de uma artista autodidata, cujo trabalho consiste em acrílico sobre tela e sobre canvas (tecido), com técnicas mistas.
A residir atualmente nas Caldas da Rainha, Cláudia personaliza as suas criações mediante colagens de outros materiais, como missangas, panos africanos, madeira, plástico, entre outros. Têxteis, madeira e terracota servem também de base para a sua conceção artística.
A artista plástica agradeceu a “oportunidade que foi dada de levar a cabo uma exposição, naquela que constitui a minha casa, o Cadaval”. “A minha arte é muito étnica e muito abstrata, dentro daquilo que são as minhas raízes africanas”, explicou.
Já José Bernardo Nunes mostrou-se satisfeito pelo acolhimento da exposição desta concidadã, lamentando o facto de a mostra não poder ser, de momento, visitada presencialmente, pois “certamente acolheria as atenções dos cadavalenses”.
Além destas atividades, também houve o tradicional hastear da bandeira, e a eucaristia pelos beneméritos do concelho, na Igreja Matriz do Cadaval.
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