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Socialistas propõem criação do “Plano Estratégico dos Mercados das Caldas da Rainha”

Francisco Gomes

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Os vereadores do Partido Socialista na Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Luís Patacho e Jaime Neto, apresentaram a proposta de criação do "Plano Estratégico dos Mercados das Caldas da Rainha”, pretendendo que seja feito investimento na modernização e transformação dos mercados do concelho – Praça da Fruta, Mercado do Peixe, Mercado Semanal e Mercado Abastecedor, implantados no espaço urbano da cidade, para além do Mercado de Santana, na freguesia de Alvorninha.
Mercado de Santana, na freguesia de Alvorninha (foto Marina Ferreira)

Os autarcas consideram que esse plano deverá ser estruturado em torno de vários objetivos, que passam por fomentar o aparecimento de novos agentes económicos e empreendedores, investir na modernização, renovação e transformação das infraestruturas dos mercados municipais, assim como na sua modernização tecnológica, consolidar o seu papel como centros de referência na distribuição de alimentos frescos de máxima qualidade, nomeadamente produtos biológicos e certificados pela designação europeia de “Indicação Geográfica Protegida”.

Os socialistas entendem também que os impactos sociais e económicos negativos da pandemia da Covid-19 nos mercados das Caldas da Rainha impõem uma resposta estratégica urgente do Município para a sua minimização.

Uma das intervenções defendidas é no Mercado do Peixe. “O atual edifício onde funciona carece de uma remodelação, ampliação, modernização e transformação profunda, de forma a travar o processo de degradação acentuada e perda de clientes que se tem vindo a observar nos últimos dez anos, sendo urgente o desenvolvimento de um projeto global de intervenção municipal que valorize a diversificação da oferta comercial de produtos e serviços gastronómicos ligados ao mar”, manifestaram os autarcas.

Luís Patacho e Jaime Neto têm vindo sistematicamente a defender que a valorização e certificação dos produtos regionais é uma mais-valia para o desenvolvimento económico e social, tendo apresentado ao longo deste mandato propostas para a certificação pela designação europeia de “Indicação Geográfica Protegida” (IGP) da cebola roxa de Alvorninha, das codornizes do Landal, das enguias da Foz do Arelho, tal como já existe para a pera rocha do Oeste e a maçã de Alcobaça, e ainda das Cavacas das Caldas como “Especialidade Tradicional Garantida” (ETG);

Contudo, têm sido muito críticos da “inação e apatia do “Centro de promoção e divulgação dos produtos regionais”, construído com financiamento europeu, propriedade do Município das Caldas da Rainha e que, até agora, ainda não efetivou a certificação de nenhum produto regional gastronómico do nosso concelho, apesar da sua grande riqueza e variedade neste domínio, com a única excepção dos Bordados das Caldas, que não são obviamente um produto gastronómico”, sublinharam.

O vereador Pedro Raposo, do PSD, congratulou a proposta apresentada porque “reconhece o papel central que os mercados das Caldas da Rainha representam para o concelho e que sobreviveram aos efeitos da pandemia Covid-19, sem perderem as suas raízes e referências”.

Referiu a importância de realização de um debate alargado, valorizando a informação dos feirantes, fornecedores, comerciantes e de todas as partes interessadas, no sentido de uma partilha de experiências.

A vice-presidente da Câmara, Maria João Domingos, referiu que “tem vindo a ser notória a preocupação na promoção dos mercados do concelho, nomeadamente através de um conjunto de iniciativas desenvolvidas no Mercado da Fruta e no Mercado do Peixe”.

Entretanto, foi aprovada a proibição da circulação rodoviária no arruamento sul da Praça da República entre as 05h00 e as 17h00, excepto o acesso para cargas e descargas dos estabelecimentos comerciais existentes, dos vendedores e utentes da Praça.

Os vereadores Luís Patacho e Jaime Neto votaram a favor mas entendem que “é preciso fazer muito mais e melhor do que uma mera alteração ao “Regulamento Municipal de Trânsito das Caldas da Rainha” para valorizar, modernizar, renovar e transformar de uma forma eficaz e sustentável a ‘Praça da Fruta’”.

Loteamento divide executivo e oposição

A Câmara Municipal das Caldas da Rainha está interessada em desenvolver o loteamento para empresas de I & D (investigação e desenvolvimento) com base tecnológica na Avenida Eng. Luís Paiva e Sousa (entre a rotunda do Cencal e a rotunda da fonte luminosa, na União das freguesias da Caldas da Rainha – Santo Onofre e Serra do Bouro, e decidiu alienar à empresa Sportino um dos lotes, com a área de 300 metros quadrados, pelo valor de 4500 euros.

Segundo a autarquia, a importância de postos de trabalho a criar e capitais a investir, para além do compromisso da empresa em mudar a sua sede social para o concelho, justifica esta decisão.

A empresa deverá apresentar projeto de construção no prazo de dois anos, a contar da data de celebração da escritura, e iniciar as obras após a emissão do respectivo alvará, devendo concluí-las no prazo de mais dois anos.

A deliberação foi tomada por maioria do executivo municipal, com quatro votos do presidente da Câmara, Tinta Ferreira, e dos vereadores do PSD, Maria João Domingos, Maria da Conceição e Rui Constantino.

Abstiveram-se os vereadores Luís Patacho e Jaime Neto, do PS, que entendem que a opção da maioria PSD pelo modelo de lotes individualizados “não favorece a construção de um edifício partilhado por outras empresas de tecnologias de informação, tal como se observa na maioria dos modelos de boas práticas e exemplos de sucesso de centros tecnológicos e criativos noutras cidades, baseados num modelo de edifício único com espaços e serviços comuns de partilha de informação e conhecimento, potenciadores de sinergias sociais e criativas”.

Também entendem os vereadores do PS que esta localização não é adequada do ponto de vista funcional, porque “o pólo tecnológico das Caldas da Rainha deveria estar implantado junto da zona industrial, de forma a prestar serviços tecnológicos de valor acrescentado junto das empresas produtoras de bens industriais, nomeadamente nas áreas do ‘design’ e da gestão logística”.

Para além disso, “a implantação e desenho urbano desta operação de loteamento inviabiliza no futuro a desejável ligação urbanística alternativa entre o Bairro dos Arneiros e o Bairro da Ponte, que pode e deve ser possível através da construção de uma rotunda sensivelmente a meio da Avenida Luís Paiva e Sousa no sítio em que esta encurva e um novo arruamento atravessando o terreno deste loteamento e continuando em direção à Rua Manuel de Matos e Sousa”.

Alojamento local sem condições

Na sequência de vistoria conjunta efetuada com a GNR, Segurança Social Distrital, Autoridade de Saúde Pública e diversos serviços municipais, um imóvel para alojamento na Rua D. Fernando, em Salir do Porto, foi considerado “insusceptivel de ocupação por pessoas”.

O eventual reinício da atividade de alojamento local carece de prévio registo no Balcão do Empreendedor, e deve ser realizada vistoria, para verificação do saneamento das anomalias constatadas, nomeadamente, condições precárias de higiene e salubridade das instalações, bem como sobrelotação do espaço.

Sujidade e mau odor em rio

Os vereadores do Partido Socialista questionaram o executivo municipal relativamente ao mau estado ambiental do Rio da Cal, dado que aparenta sujidade e um ligeiro mau odor no seu troço junto à chamada “Fábrica do Sabão”.

Os autarcas relembraram o valor histórico deste local, dado que “nele se situava o Balneário das Águas Santas, do qual ainda restam edifícios e espaços físicos com memórias que importa preservar e reabilitar”.

Valorização energética comparticipada

A Câmara Municipal decidiu comparticipar 80% do valor das facturas e da parte não co-financiada, até ao valor máximo de 150 mil euros, os investimentos em infra-estruturas desportivas que tenham como objetivo a valorização energética e que permitam uma melhoria nos consumos.

Os vereadores Luís Patacho e Jaime Neto abstiveram-se, considerando que “não deveria ser aplicável apenas às associações de cariz desportivo mas a todas as associações do concelho, incluindo as recreativas e culturais, sob pena de discriminação destas”.

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