Por esta altura, a associação, que está aberta há dois anos e meio, normalmente realizava uma festa de natal nas suas instalações. “Este ano por causa da pandemia, não efetuamos a festa mas doamos na mesma o cabaz de natal, que é completamente diferente do outro, que é distribuído semanalmente pelas famílias”, explicou a presidente da Tarefa Altruísta, Cláudia Caldeano, adiantando que “esta iniciativa é só mais uma ajuda às famílias com menos recursos económicos a ter uma consoada mais descansada, onde não faltam bens essenciais e um presente para os mais novos”.
O espaço, que recebe e doa gratuitamente a quem mais precisa todo o género de bens, tem recebido nas últimas semanas “muitos pedidos de ajuda, sobretudo de novos utentes”, mas “neste momento, não temos capacidade para ajudar mais ninguém para isso precisávamos de ter mais ajudas”, frisou a responsável.
Durante o confinamento, a Tarefa Altruísta chegou ajudar semanalmente 70 famílias, no total cerca de 300 pessoas incluindo adultos e crianças. “Felizmente alguns conseguiram recuperar a sua vida e até porque as instituições não podem ser um estilo de vida”, esclareceu Ana Assunção, voluntária da organização sem fins lucrativos.
Este ano o número de cabazes é “mais ou menos igual do ano passado”, e são compostos por bacalhau, batata, couve, bolo-rei, ovos, açúcar, farinha, azeite, e grão, “que nem sempre temos para dar”. “Fora esta época do natal quando temos menos quantidade dividimos em embalagens os ingredientes, de modo, a conseguirmos dar um bocadinho a cada um”, explicou Cláudia Caldeano.
Os alimentos foram distribuídos em função do agregado familiar e doados à associação através de parcerias com diversas entidades, sobretudo da Silver Coast Volunteers, de uma comunidade de estrangeiros a viver em São Martinho do Porto, do Rotary Clube das Caldas da Rainha, e duas pessoas anónimas.
Às crianças também foram oferecidos sacos com brinquedos usados, mas que “ainda estavam em boas condições”. “Como tínhamos muitos brinquedos optamos por entregar a cada criança um saco cheio, com brinquedos educativos, livros para incentivar à leitura, peluches, e dvd’s”.
Sem qualquer tipo de financiamento, Cláudia Caldeano optou por abrir uma loja solidária nas instalações da associação, onde estão à venda bens que não são considerados de primeira necessidade, como serviços de jantar, mesas de pingue-pongue, entre outros. “As vendas desse tipo de bens têm servido de complemento às despesas da organização, e ainda para compramos alimentos para os cabazes”, esclareceu.
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