A situação mereceu críticas do vereador do PSD, Filipe Sales, que manifestou estar “triste por esta incapacidade de preservar o nosso património”, ao mesmo tempo que sentia “alguma revolta também”.
Trata-se de uma estátua criada com o intuito de homenagear os penichenses que dedicaram a sua vida ao mar.
O monumento, inaugurado a 3 de agosto de 1992, encontrava-se em estado de degradação.
O atual executivo camarário anunciou em fevereiro de 2018 que uma intervenção de restauro nesta escultura de grandes dimensões estava em curso, o que não impediu este desfecho.
A ideia de se erguer um monumento ao homem do mar surgiu através de um artigo no jornal “A Voz do Mar” no dia 25 de março de 1957, com o título “A nossa homenagem ao Homem do Mar”, escrito por António Alves Seara, que, como referiu Mariano Calado na cerimónia de inauguração do monumento, “lançou para o futuro o alerta para que a gratidão ao homem do mar fosse uma realidade feita monumento”.
Durante os 35 anos seguintes, foram realizadas algumas iniciativas tendentes a materializar esta ideia, embora sem consequência.
Durante o mandato autárquico de 1990/1993, por iniciativa de Mariano Calado, enquanto deputado municipal, foi lançada a ideia da construção do monumento ao homem do mar à Assembleia Municipal, que, unanimemente, foi aceite e desde logo nomeada uma comissão para o efeito. A Câmara Municipal, presidida por João Augusto Barradas, de imediato assumiu a responsabilidade da sua construção.
O monumento ao homem do mar tornou-se assim uma realidade e foi de autoria do escultor e professor da Escola Superior de Belas Artes, João Duarte.
Na inauguração simbolicamente foi descerrada uma placa por dois pescadores, um da nova geração e o outro da mais antiga, Artur Santos Henriques, então com 50 anos de atividade como pescador.
Nesta cerimónia, integrada no programa de Festas de Nossa Senhora da Boa Viagem, foi efetuada a bênção do monumento pelo monsenhor José Bastos.
0 Comentários