O Espaço Moinho trata-se do “aproveitar de um espaço” que passou a estar disponível quando no início deste mandato o executivo da Junta decidiu transferir o gabinete do presidente do interior do moinho para o andar superior da sede. “A partir desse momento, o moinho passou ser um depósito do espólio de coleções, que ao longo dos anos as pessoas foram oferecendo à Junta, mas percebemos que não estava a ser devidamente aproveitado”, explicou o presidente da União de Freguesias das Caldas da Rainha – Santo Onofre e Serra do Bouro, Jorge Varela, adiantando que “o espaço seria o lugar ideal para albergar exposições de arte contemporânea, sendo algo que também fazia falta nesta freguesia e que podia complementar a cidade”.
Igualmente referiu que “o local tem as condições necessárias para ter várias exposições de arte contemporânea”, visto que “os artistas têm ao seu dispor toda a estrutura física do moinho para adequar as obras ao espaço”.
Em colaboração com o coletivo Eletricidade Estética será apresentada uma exposição nova a cada mês , sendo “feitas de propósito para o moinho”, frisou o autarca.
Além de ser uma nova galeria, o Espaço Moinho também será o primeiro espaço fixo para exposições do coletivo Eletricidade Estética, com iniciativas agendadas até ao final do próximo ano. “Pela primeira vez, vamos ter um espaço com arte contemporânea para apresentar de forma regular”, sublinhou Patrícia Faustino, uma das responsáveis daquele coletivo, referindo que a próxima exposição será da responsabilidade de Leonardo Rito, comissariada pelo diretor da ESAD.CR, João Santos.
Enquanto durarem as restrições provocadas pela pandemia da Covid-19, as exposições serão virtuais através do site https://electricidadeestetica.com e através das redes sociais da Eletricidade Estética.
Para inaugurar o espaço, o coletivo convidou a artista Ana Battaglia Abreu, que dividiu a exposição “A mais contínua de todas as formas”, pelos três andares. “Esta é uma exposição que apresenta alguns passos desta viagem, de observar o moinho, a sua (des)conexão com o lugar onde se insere, a estabilidade da forma arredondada ascendente e a extensão da peça como se de um prolongamento do corpo (fazedor) se tratasse”, explicou a artista, adiantando que “as instalações apresentadas no espaço são resultantes da residência artística Ataráxia, com a duração de um mês, e propõem um olhar atento sobre a forma e o espaço”.
A mostra tem como foco a forma cilíndrica, como a “mais contínua de todas as formas, e por consequência nas restantes formas que a envolvem e que lhes estão subjacentes”.
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