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Centro Hospitalar do Oeste assinala

Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres

Marlene Sousa

EXCLUSIVO

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O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) e o Gabinete de Atendimento à Vítima de Violência Doméstica (GAVVD) da Câmara Municipal das Caldas da Rainha assinalaram, a 25 de novembro, o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, com o lançamento da campanha “Perca o Medo e Denuncie”. Neste sentido, levaram a cabo um conjunto de ações, salientando que “a violência doméstica é um crime público”.
Centro Hospitalar do Oeste e Gabinete de Atendimento à Vítima de Violência Doméstica em parceria

Laços roxos com os contactos de ajuda em casos de violência doméstica e cartazes de sensibilização espalhados pelo hospital e na cidade das Caldas que apelam à ajuda de todos na denúncia dos crimes e apoio às vítimas, serviram para assinalar o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres.

Uma exposição de fotografia que aborda a violência doméstica na mulher, da autoria da ex-aluna da ETEO Cristiana Constantino, está patente no café-concerto do Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha.

“É necessário dar voz às vítimas, acabando com o silêncio”, é uma das mensagens das cerca de 20 fotografias de profissionais de saúde que estão expostas no corredor das consultas externas do hospital das Caldas e que apelam à erradicação da violência.

No contexto de um ano marcado pela pandemia, este dia ganha ainda mais importância. “A violência exercida contra as mulheres escala a um ritmo preocupante”, salientou Helena Mendes, assistente social do CHO.

“Com esta iniciativa pretendemos acender as luzes e impulsionar a Ação de todos nós, Profissionais de Saúde e sociedade civil, perante um tema tão premente de intervenção nos dias de hoje, refere Fátima Clérigo, Coordenadora do Serviço Social do Hospital das Caldas da Rainha. A Responsável apela a todos, que abracem esta Causa e ajudem a “destapar as manchas roxas, ocultadas pelo casaco que ela veste”.

A presidente do Conselho de Administração do CHO, Elsa Baião, enalteceu a realização do conjunto de ações com vista a “despertar as consciências para esta realidade que é uma violação dos direitos humanos, a existir nos dias de hoje numa proporção muito elevada”.

Segundo esta responsável, esta temática no meio hospitalar revela “especial relevância porque aqui são detetados muitos casos que vêm ocultados e também cabe aos profissionais de saúde perceber em que circunstâncias ocorrem determinadas situações de violência”.

Elsa Baião disse que o Serviço Social do CHO tem feito um bom trabalho de “estratégias de encaminhamento dos doentes que suspeitam tenham sido vítimas”. “ O detetar é muito importante, mas o encaminhamento do utente é também fundamental”, frisou.

Na pandemia mais idosos agredidos

Débora Alves, técnica do GAVVD, revelou ao JORNAL DAS CALDAS que a pandemia agravou os crimes de violência doméstica, uma vez que as vítimas ficaram confinadas com os agressores.

Segundo esta responsável, já era expectável porque “na altura de férias festivas os números aumentam sempre porque as pessoas estão mais próximas, passam mais tempo juntas”, apontou.

A técnica anunciou ainda que houve um aumento de violência contra idosos. “Disparou a violência contra as pessoas mais velhas”, afirmou. Poderá, segundo Débora Alves, ter a ver com os filhos “ficarem mais tempo em casa e a falta de dinheiro face à pandemia criou mais desemprego e por vezes gera conflitos”. “Aquelas pessoas com consumos vão pedir dinheiro aos familiares e tivemos um acréscimo de idosos de ambos os sexos a queixarem-se”, referiu.

“Uma vez que temos uma rede de articulação com todas as entidades houve até, através do hospital e forças de segurança, algumas comunicações de agressões a idosos”, adiantou a técnica.

Débora Alves esclareceu que o GAVVD desde o início da pandemia nunca fechou as portas. “Estivemos sempre em atendimento presencial porque achamos que isto é a forma que podemos atender as vítimas, na nossa opinião não é através de uma conferência na internet que deveremos agir, porque a vítima tem que ser olhada nos olhos”, afirmou.

“Os nossos números estão disponíveis no site e estamos disponíveis 24 horas por dia”, assegurou, revelando que desde março têm “recebido casos muito graves”.

Helena Mendes revelou que “o hospital também tem recebido nos últimos meses mais idosos vítimas de agressões nomeadamente os homens com mais idade”.

A assistente social do CHO explicou ainda que a violência doméstica não está só relacionada com a “violência física, mas sim com outras formas mais rebuscadas, como a económica, entre outras”.

Quanto aos casos de violência doméstica em adultos, a “esmagadora são mulheres”, adiantou.

Débora Alves alertou ainda para o número de jovens que já sofreram com a violência no namoro. “É preciso prevenir e sensibilizar, face à forte probabilidade de as atuais vítimas de violência no namoro se tornarem, mais tarde, vítimas de violência doméstica”, apontou.

Nas Caldas da Rainha o GAVVD, sinalizou e acompanhou 34 casos no ano passado. Este ano, até à data teve de acompanhar 42 casos de violência doméstica.

Relativamente às ações de sensibilização subordinadas ao tema “Violência entre Pares”, “Violência no Namoro” e “Violência Doméstica”, levadas a efeito no âmbito do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, e que ocorreram em estabelecimentos de ensino, as mesmas abrangeram 369 alunos.

As sessões foram desenvolvidas pela equipa de técnicas do GAVVD, entre os dias 12 e 24 de novembro, na Escola Secundária Raul Proença.

Todas as turmas do 9.ºano foram envolvidas nestas sessões, subordinadas ao tema da “Violência no Namoro”. Os alunos tiveram oportunidade de esclarecer dúvidas e de partilhar algumas inquietações sobre este problema atual.

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