“Entre os dias 1 de setembro e 20 de novembro foram registados dez casos positivos confirmados na ESAD.CR e dezoito na ESTM (dados atualizados às 0 horas de 20 de novembro)”, diz nota enviada ao JORNAL DAS CALDAS pelo gabinete de comunicação do Instituto Politécnico de Leiria (IPL).
Atualmente existem oito casos ativos na ESTM, que “estão em quarentena e a serem seguidos pelas autoridades de saúde”.
Segundo a direção do IPL, “temos conseguido manter as atividades académicas suportadas pelo ensino presencial”.
“Temos casos, o que era expectável numa comunidade académica com mais de treze mil estudantes. No entanto, não há nenhum caso a reportar que tenha tido origem em qualquer um dos nossos campi”, afirma.
Os casos que acompanhamos “têm tido origem, na sua totalidade, em contextos sociais (recreativos, fundamentalmente) e familiares, o que tem comprovado a eficácia das medidas implementadas no Politécnico de Leiria e em cada uma das nossas escolas”, adianta.
De acordo com o IPL, “a comunidade académica adaptou-se rapidamente aos comportamentos que promovem a segurança da comunidade perante a pandemia, num sentido de responsabilidade no combate à propagação”.
O estabelecimento de ensino destaca algumas medidas que estão a implementar como, entre outras, a criação de um laboratório Covid-19 e rastreio à comunidade académica com centros de recolha em Leiria, Peniche e Caldas da Rainha, para resposta a necessidades de controlo e mitigação da pandemia, onde se inclui a realização de testes a turmas quando é necessário e a estudantes antes de iniciarem os seus estágios quando assim é exigido.
Foram ainda criadas equipas de acompanhamento epidemiológico da comunidade do IPL e de microinfluenciadores para a capacitação de comportamentos seguros. Existe o envolvimento direto dos Serviços de Ação Social para apoio a necessidades dos estudantes limitados na sua mobilidade (em particular estudantes estrangeiros ou deslocados).
Cencal
Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS, a diretora do Cencal, Ana Bica, disse que até ao momento só tiveram um formando positivo (contágio familiar). Toda a turma foi colocada em isolamento profilático e um amigo de outra turma que tinha grande proximidade, no total de 16 formandos. “Até ao momento encontram-se todos bem”, contou.
“O Centro de Saúde de Caldas da Rainha contactou-nos para enviar a identificação dos formandos e informá-los que se deveriam manter em casa o mais isolados possível dos outros familiares e passariam a ser contatados pelo serviço de saúde”, explicou a responsável, enaltecendo “a rapidez com que o Serviço Nacional de Saúde atuou”.
O Cencal retomou a formação presencial em maio e segundo a diretora “as coisas têm corrido normalmente, dentro desta diferente normalidade”.
Durante o confinamento o Cencal adaptou os espaços de acordo com as instruções da Direção-Geral da Saúde, colocando “os formandos em sala com afastamento, criando um circuito de entrada e saída, fornecendo e obrigando que permaneçam todos de máscara”. “Criámos mais um turno de limpeza, passámos a três turnos de limpeza. No mês de agosto procedemos mesmo algumas obras de readaptação de espaços formativos. O refeitório passou a ter separadores de mesa. Não foi fácil, mas com o empenho de todos os funcionários e colaboradores foi exequível”, salientou Ana Bica.
Cenfim
No Cenfim “até ao momento tivemos apenas um formando adulto de um curso de formação continua (pós-laboral) que contraiu a doença Covid-19, mas que à data do contágio não estava a frequentar a formação, o que não obrigou à suspensão da formação e isolamento profilático dos restantes colegas”, informou o diretor dos Núcleos de Caldas da Rainha e Peniche, Vítor Lapa.
Contudo, se tal vier a ser necessário, o responsável assegura que têm “condições para manter os formandos ativos na modalidade de formação à distância, recorrendo à organização e metodologias que adotámos durante o período em que funcionámos com todas das turmas desta forma, mas condicionados à componente teórica da formação”.
A formação do Cenfim tem uma forte componente prática, o que obrigou a adotar “um conjunto de medidas excecionais para garantir as condições de higiene e segurança para os nossos formandos e formadores”.
Vítor Lapa destacou o “desdobramento das turmas mais numerosas, a atribuição de dois formadores por turma (co-monitoragem) a desinfeção de equipamentos e ferramentas (feita pelos formandos), uso de peliculas protetoras nos teclados dos computadores e uso de luvas de proteção”.
Distribuíram ainda máscaras sociais a todos os formandos e formadores.
Se no interior das instalações a instituição consegue fazer cumprir as medidas básicas de prevenção do contágio, no exterior, segundo o diretor, “é bem mais difícil e essa é a nossa grande preocupação no momento”.
“As medidas de alteração comportamental necessárias a adotar pelos nossos formandos, nomeadamente os jovens, têm sido mais difíceis de alcançar”, apontou.
No entanto, faz um balanço positivo do funcionamento do estabelecimento de ensino pois, “apesar dos constrangimentos, conseguimos iniciar os cursos que tínhamos previsto no nosso plano de formação para 2020”.
“O nosso ano letivo/formativo é mais extenso do que nas escolas do ensino regular, apenas interrompemos a formação no mês de agosto e entre o natal e ano novo, pelo que desde que retomámos a formação presencial em junho, após um período de sensivelmente um mês e meio de formação à distância, estamos a aplicar as medidas de prevenção Covid-19 o que de alguma forma nos tem proporcionado uma maior experiência e eficácia na sua aplicação”, contou.
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