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Casos ativos aumentam nos estabelecimentos de ensino nas Caldas

Marlene Sousa

EXCLUSIVO

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A pandemia da Covid-19 não está a dar tréguas às escolas e os casos estão a aumentar nos diferentes estabelecimentos de ensino nas Caldas da Rainha.

Agrupamento Escolas D. João II

Apenas no dia 13 de novembro, durante a tarde, surgiram no Agrupamento Escolas D. João II cinco casos positivos em três turmas.

De acordo com a decisão da Unidade de Saúde Local das Caldas da Rainha e do Agrupamento de Escolas D. João II, as “turmas encontram-se em isolamento profilático”.

Segundo o diretor do Agrupamento D. João II, Jorge Graça, a comunidade escolar dos alunos envolvidos “foi atempadamente informada”.

Como o JORNAL DAS CALDAS noticiou na escola do 1.º ciclo do Campo houve “uma funcionária da empresa do serviço de refeições que num fim de semana testou positivo”. Tendo sido avaliada a situação, em articulação com a Unidade de Saúde Pública das Caldas da Rainha e a Câmara Municipal o estabelecimento de ensino “continuou a funcionar, reforçando-se e mantendo-se as medidas de higiene e de segurança previamente estabelecidas, conforme o plano de contingência do agrupamento”.

Jorge Graça fez um balanço positivo das aulas presenciais no contexto da pandemia, salientando que “tem havido um grande empenho e colaboração entre todos os envolvidos, alunos, encarregados de educação, assistentes operacionais e docentes, que estão a gerir a situação de uma forma coesa e equilibrada”.

Quanto aos alunos que estão a cumprir o isolamento profilático em casa, o diretor do Agrupamento D. João II garantiu que estão a ter apoio dos seus professores. “O modelo é operacionalizado, caso a caso, em articulação entre os docentes e a família”, referiu.

O uso de máscara pelo pessoal docente e não docente dos 2.º e 3.º ciclos dificulta a habitual realização das suas funções, no entanto, o responsável disse que todos “se esforçam para darem o seu melhor”, revelando que “na grande maioria são cumpridores de todas as medidas estabelecidas”.

“Neste momento apreensivo que estamos a atravessar, a saúde e o bem-estar das nossas crianças e jovens, bem como a dos restantes elementos da comunidade escolar constitui a prioridade de todos nós”, assegurou Jorge Graça, acrescentando que “em situações de compromisso social, todos temos de dar o nosso melhor contributo, apoiarmo-nos, protegermo-nos e mantermos a calma”.

Agrupamento Escolas Rafael Bordalo Pinheiro

No dia 14 de novembro, o Agrupamento Escolas Rafael Bordalo Pinheiro (AERBP) tinha nove alunos a cumprir quarentena por terem testado positivo e seis turmas em isolamento profilático, três das quais regressam na próxima semana.

“Sempre que um aluno testa positivo tem sido entendimento da Unidade de Saúde Local que toda a turma vá para casa em isolamento profilático e todos os alunos são posteriormente sujeitos a testes”, revelou Maria do Céu Santos, diretora do AERBP.

“Os testes realizados aos colegas da turma, em contexto de aula, têm-se revelado negativos. Os casos positivos tiveram sempre origem em contexto social ou familiar, fora da escola”, assegurou a responsável.

Desde o dia 17 de setembro tiveram um docente e treze casos de alunos que testaram positivo.

Segundo a diretora, constataram que é sobretudo no “ensino secundário que se verifica a grande maioria dos casos”.

No pré-escolar, 1.º e 2.º ciclos não houve casos, no 3.º ciclo houve um caso e no secundário doze casos.

Apesar dos casos positivos, Maria do Céu Santos fez um balanço positivo, revelando que “houve respostas adequadas às situações que vão surgindo”. “Resolvemos o problema da aglomeração de alunos no exterior da escola abrindo um outro portão, solicitando à PSP (Escola Segura) uma intervenção mais eficaz e atenta, e pedindo aos pais que recolham os seus filhos num local mais afastado do portão principal”, contou.

“Os assistentes operacionais têm mantido a escola desinfetada e segura”, adiantou.

Segundo a diretora do AERBP, não tem sido tarefa fácil gerir as medidas nas escolas do Agrupamento no contexto da pandemia, considerando o número de alunos do Agrupamento (1950) e sobretudo o elevado número de alunos da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro (1392).

“As dificuldades prendem-se com a operacionalização das medidas: manter as salas e mobiliário desinfetados (quando os funcionários são os mesmos); criar circuitos de circulação para os alunos; evitar aglomeração de alunos no exterior da escola sobretudo à hora dos intervalos e da saída”, apontou.

Considerando o empenhamento que se tem verificado por parte dos professores e dos funcionários, e a resposta dos alunos e da comunidade educativa em geral, Maria do Céu Santos acredita que a possibilidade de encerramento “não se colocará no futuro”.

“Os docentes, desde o pré-escolar ao secundário, têm feito um enorme esforço (apesar de muitos serem de risco e/ou terem familiares de alto risco) para cumprirem as suas obrigações profissionais”; salientou.

De acordo com a responsável, também os alunos “têm cumprido, de um modo geral, as regras e as indicações que lhes são dadas pelos docentes e funcionários”.

A diretora indicou o “enorme esforço” de dar aulas durante “quatro ou cinco horas seguidas com máscara, nomeadamente para a projeção da voz, tornando a tarefa dos professores “extenuante, física e psicologicamente”.

“Depois há o problema dos afetos, de se não ver a cara dos alunos, de não se poder manter uma relação de proximidade”, apontou, acrescentando que “tem havido, da parte dos professores, uma intensa entrega, de forma a suprir e a ultrapassar todas as dificuldades”.

Quanto aos alunos considerados doentes de risco (quatro no total do agrupamento) e que, mediante indicação médica, permanecem em casa todo o ano letivo, e aos estudantes que ficam em isolamento profilático, “frequentam o ensino não presencial, através das plataformas Google Classroom e Meet, assistindo às aulas em sistema síncrono”.

Entretanto, foram instaladas “câmaras nas salas de aulas, para que os alunos possam assistir às aulas nos respetivos horários, caso o professor se encontre em isolamento profilático”.

“As referidas câmaras permitem ainda a assistência e participação nas aulas por parte dos alunos de risco que se encontram em casa e que assim podem interagir com colegas e professores”, acrescentou Maria do Céu.

Agrupamento de Escolas Raul Proença

No Agrupamento de Escolas Raul Proença (AERP), nas Caldas da Rainha, em cerca de dois meses de aulas foram colocadas sete turmas em isolamento profilático, das quais quatro já regressaram à escola, dezassete alunos testaram positivo, dos quais treze já recuperaram, e quatro professoras testaram positivo, mas igualmente recuperaram e estão a trabalhar.

“Nas turmas em que se registou um caso positivo e às quais não foi aplicado isolamento profilático não houve o surgimento de mais qualquer caso. Todos os casos positivos que surgiram no Agrupamento têm resultado de contactos familiares ou sociais fora do agrupamento”, indicou o diretor, João Silva.

Na única situação em que se registou contágio com origem no mesmo grupo/turma (3º B da Escola Básica dos Arneiros) houve lugar a isolamento da turma, que terminou no dia 9. Foram detetados outros cinco casos na altura em que já estavam a cumprir isolamento, terminado no dia 13.

No Centro Escolar de Santo Onofre, um aluno do 4º A testou positivo. Não foi determinado isolamento da turma.

Atualmente verifica-se um caso no 6º A da Escola Básica de Santo Onofre. Por indicação da delegada de saúde adjunta, os alunos cumprem 14 dias de isolamento profilático em casa, contados a partir do dia 4 de novembro, pelo que só regressarão à escola no dia 18 de novembro, após o término do período de isolamento e se não houver nada em contrário.

Outro caso no 6º I mantém a turma em isolamento até 25 de novembro.

Na Escola Secundária Raul Proença há dois casos de Covid-19 nas turmas do 10º LH2 e 12º LH2. Por indicação da autoridade de saúde local, os alunos do 10º LH2 irão cumprir 14 dias de isolamento profilático em casa, contados a partir do dia 4 de novembro, pelo que só regressarão à escola no dia 18 de novembro. A turma do 12º LH2 não irá cumprir isolamento profilático, uma vez que o aluno estava assintomático e não frequenta a escola desde o dia 6 de novembro.

Há ainda um caso no 7º C, sem isolamento da turma.

“As autoridades de saúde local mantêm um contacto estreito com o agrupamento e as suas respostas têm sido muito céleres. A decisão sobre as medidas a tomar está dependente de protocolos que só as autoridades de saúde podem aplicar e requer a avaliação contextualizada de cada caso”, explicou o diretor, apontando que “os encarregados de educação têm tido uma atitude muito colaborativa com o agrupamento e com as autoridades de saúde”.

Segundo o diretor, o envolvimento dos docentes, funcionários e associação de pais neste processo tem sido “fundamental para assegurar tranquilidade num contexto de grande ansiedade”. Destacou a “atitude exemplar dos nossos alunos, que muito tem contribuído para o sucesso das medidas implementadas”. O regresso às aulas presenciais, no atual contexto pandémico, foi para este responsável “um grande desafio”. “Os normativos legais sucedem-se e temos de encontrar soluções adaptadas à realidade das nossas escolas, assegurando a sua exequibilidade”, afirmou.

Para a direção do AERP têm sido tempos “muito exigentes, nomeadamente pela necessidade de uma disponibilidade constante para responder aos anseios da comunidade educativa”.

João Silva faz um balanço “positivo” destes dois meses de aulas. “Temos de ter a noção de que é um enorme desafio manter abertos todas as onze escolas e jardins de infância do agrupamento”, salientou.

O diretor considera que tudo deve ser feito para as escolas se “manterem abertas”.

Está provado que no ensino@distância as assimetrias entre “alunos aumentam, pelo que é fundamental os alunos irem à escola”, disse.

Procura-se que o recurso à plataforma digital ensino@distância se aplique apenas de forma pontual, nomeadamente às turmas em isolamento profilático e para o acompanhamento de alunos em isolamento profilático, em que as turmas continuam em ensino presencial, estão previstas as medidas seguintes: o professor deverá disponibilizar material de apoio através da plataforma Classroom de modo a que o aluno consiga acompanhar os conteúdos que estão a ser lecionados e mostrar disponibilidade para o esclarecimento de dúvidas;

Se considerar pertinente, o professor poderá utilizar uma câmara portátil na sala de aula de modo a que o aluno possa acompanhar a partir de casa. Ao adotar esta estratégia o professor deverá acautelar a privacidade dos alunos que se encontram na sala. Este procedimento é recomendável em turmas de anos de escolaridade mais elevados (secundário) e, apenas, por iniciativa do docente.

Poderá ser incentivada a colaboração dos colegas da turma no apoio a estes alunos.

Segundo o responsável, a escola não se resume ao ensino/aprendizagem, “existe muito mais na escola para além deste binómio”. “Os afetos, relações, convívios, partilhas, descobertas, fazem parte da vida dos nossos jovens e muitas das medidas adotadas vão em sentido contrário desta dimensão de socialização”, sublinhou.

Para João Silva, a “máscara, o distanciamento social, as metodologias possíveis na atual realidade têm contribuído para acentuar o desgaste dos docentes e estes condicionalismos afetam a dinâmica emocional das aulas”.

“Existe uma saturação pandémica que é transversal a toda a comunidade educativa”, salientou.

Colégio Rainha D. Leonor

No Colégio Rainha D. Leonor houve duas turmas em isolamento profilático, uma de 5.º e outra de 6º ano.

“Em ambos os casos, o contágio foi externo, ou seja, não se deu dentro da escola”, revelou a diretora pedagógica, Sandra Santos.

“Todos os alunos destas turmas foram testados e todos deram negativo”, divulgou.

Quanto ao cumprimento das medidas no contexto da pandemia, a responsável disse que as “primeiras semanas foram mais trabalhosas, porque implicaram uma adaptação ao novo contexto”.

“Os alunos estavam afastados da escola há muito tempo e voltaram para uma realidade diferente daquela que conheciam. Conseguimos, com a dedicação de todos, que as medidas fossem bem implementadas e hoje estão bem enraizadas”, contou.

A diretora faz um balanço positivo da forma que têm conseguido dar resposta a estes tempos difíceis. “Gostávamos, naturalmente, de não estar a passar por esta situação, mas consideramos que, dentro do contexto, temos agido de forma proativa, minimizando as consequências”, salientou.

Segundo Sandra Santos, a dificuldade no uso da máscara no contexto de aula “já passou”. “No início custou mais, sobretudo aos professores, que têm de falar tantas horas seguidas de máscara. Cansamo-nos mais, falamos mais alto, mas, como em tudo na vida, é uma questão de hábito e de encontrar técnicas para que seja menos difícil. É um esforço pelo bem comum, portanto há de compensar”, apontou.

Todos os alunos do Colégio Rainha D. Leonor que fiquem em isolamento, quer em contexto de turma, quer em contexto individual (por exemplo, quando são referenciados como contacto de risco de alguém que testou positivo) têm aulas à distância.

“Temos optado, sobretudo, por aulas síncronas, ou seja, em direto, mas também temos aulas assíncronas, ou seja, tarefas disponibilizadas na plataforma Classroom”, explicou, adiantando que “nos casos individuais, as aulas síncronas permitem que o aluno mantenha o contacto com a turma, o que é positivo”.

Colégio Frei Cristóvão

No Colégio Frei Cristóvão, em A-dos-Francos, houve desde o início do ano letivo uma turma em isolamento profilático que volta para a escola no dia 25 de novembro. “Um aluno testou positivo à Covid-19 e toda a turma foi para casa, mas manteve o mesmo horário na escola à distância, inclusive com todos os apoios”, disse ao JORNAL DAS CALDAS o diretor pedagógico do Colégio Frei Cristóvão, José Dionísio.

“Os testes foram realizados aos colegas da turma e todos revelaram-se negativos, o que prova que o aluno foi infetado em contexto social ou familiar fora da escola”, esclareceu.

José Dionísio afirmou que a saúde e bem-estar das “nossas crianças e jovens, bem como a dos restantes elementos da comunidade escolar, constitui a prioridade, daí que todos na escola cumprem o plano de contingência”.

“A utilização da máscara é uma questão de hábito e segurança e todos cumprem porque é uma forma de inverter os maus resultados que temos assistido no país”, referiu o diretor pedagógico, garantindo que na escola “as turmas cumprem circuitos de recreio”.

Escola Técnica Empresarial do Oeste

Na Escola Técnica Empresarial do Oeste (ETEO) até ao momento, apenas se “registou um caso positivo de uma aluna que não estava na escola, mas sim no exterior a realizar a formação em contexto de trabalho”.

Neste estabelecimento de ensino ainda não foi nenhuma turma para casa para cumprir isolamento profilático.

Segundo a presidente da direção, Filomena Rodrigues, registaram-se “alguns casos de contactos diretos e indiretos, nenhum deles confirmado, em relação aos quais se fez cumprir o isolamento profilático prescrito pela saúde pública”.

“As medidas têm sido atempadamente geridas e aplicadas, de acordo com o nosso plano de contingência e com os procedimentos que, caso a caso, têm sido indicados pela Delegação de Saúde, após respetiva avaliação, com quem se tem mantido estreita cooperação”, assegurou a responsável.

Filomena Rodrigues disse que o Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde em funcionamento na escola, tem sido “facilitador da gestão, através do apoio dado pelos profissionais de saúde que são formadores e pelos alunos”, destacando o papel de relevo desempenhado neste contexto, pelo coordenador do referido curso, o enfermeiro Manuel António Ferreira.

Foram implementadas nesta escola diversas medidas de prevenção e tem sido feita sensibilização junto dos alunos, professores e funcionários administrativos e auxiliares.

Caso houver uma turma em isolamento profilático, Filomena Rodrigues, esclareceu que os alunos terão “acesso às aulas que decorrem na escola através de uma plataforma digital”, sendo feito o contacto telefónico diário com os mesmos para acompanhamento da evolução do seu estado de saúde.

Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste

Na Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (EHTO) um aluno testou positivo à Covid-19, o que levou a autoridade de saúde a colocar a turma em isolamento profilático.

Segundo o diretor da EHTO, Daniel Pinto, desde o início do ano letivo “tivemos apenas um caso positivo”. “A autoridade de saúde local acompanhou o processo em articulação com a direção da EHTO e os restantes alunos testaram negativo, o que revela que o estudante foi infetado fora do estabelecimento escolar”, esclareceu. A turma já voltou à escola.

Daniel Pinto revelou que quando a turma esteve em isolamento profilático as aulas continuaram online.

O responsável sublinhou que os últimos meses “não têm sido fáceis para a direção, professores, colaboradores e alunos”.

“Não é fácil conduzir os destinos de uma escola nestas condições”, admitiu, e exemplificou que nem se sabe “muito bem como agir ou reagir a nível social”.

“Há uma morte social que nos vai marcar”, declarou Daniel Pinto. “Os alunos e professores estão mais ansiosos e vive-se uma falta de afeto e ausência do toque humano, e não sabemos quando vai terminar”, adiantou.

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