Luís Chicharro Robalo, de 84 anos, mais conhecido por “Ti Chalica” ou “Tio Luís”, ganhou os apelidos dos pais, Ana Chicharro e Silvestre Robalo, contudo, os seus dois filhos só têm Robalo no nome.
“As pessoas acham graça mas a mim não faz diferença”, contou o antigo pescador, que depois de ficar em terra passou a trabalhar no cais de São Martinho do Porto, manobrando a grua que coloca e tira barcos da água, quer dos apanhadores de algas quer as embarcações de recreio do Clube Náutico de São Martinho do Porto (CNSMP).
Segundo descreve a coletividade, “ao contrário do que muitos poderão pensar, nasceu na Nazaré, tendo ao fim de trinta dias vindo para São Martinho onde foi batizado”.
Foi para o mar aos oito anos, sobretudo para a pesca da lagosta. Mais tarde deambulou por toda a costa africana e aos 45 anos regressou a São Martinho, mantendo-se em atividade até aos 57 anos, quando passou à reforma. Esta situação durou por pouco tempo, tendo em 1995 assumido funções como operador do porto ao serviço do CNSMP.
“Ao longo de todo este tempo, é ele que cuida das instalações, do guindaste, da porta de mar, da subida e descida das embarcações, da colocação das poitas, da gestão do fundeador, com brilho e, acima de tudo, com responsabilidade”, relata o clube, que em 2017 atribuiu-lhe a designação de sócio de mérito.
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