Q

Previsão do tempo

14° C
  • Friday 23° C
  • Saturday 19° C
  • Sunday 24° C
15° C
  • Friday 24° C
  • Saturday 19° C
  • Sunday 25° C
15° C
  • Friday 25° C
  • Saturday 21° C
  • Sunday 26° C

Serviço de urgência teve de pedir reencaminhamento de doentes para outros hospitais

Francisco Gomes

EXCLUSIVO

ASSINE JÁ
Durante alguns dias na semana passada os doentes que deram entrada no serviço de urgência do hospital das Caldas da Rainha foram reencaminhados para outros estabelecimentos de saúde no país por falta de resposta de meios humanos e materiais para acolher os casos emergentes.
Apenas os doentes não-urgentes eram transportados para o hospital das Caldas

Quando há necessidade de uma intervenção mais intensiva, nas situações mais graves, é habitual os doentes, após assistidos, serem levados para outras unidades hospitalares, mas o que aconteceu entre os dias 5 e 8 de outubro foi o desvio automático, sem que chegassem a ser observados nas Caldas.

O conselho de administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) revelou que a urgência médico-cirúrgica da unidade das Caldas da Rainha desde o feriado de 5 de outubro esteve “muito congestionada”, pelo que foi solicitado ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que gere os meios de socorro, para que não encaminhasse doentes críticos para este serviço.

Os doentes, de acordo com a gravidade da situação, iriam ser encaminhados para outras unidades hospitalares de referência, todas localizadas a mais de cinquenta quilómetros de distância.

No entanto, a administração hospitalar assegurou que todos os doentes que se dirigissem diretamente ao serviço de urgência seriam atendidos, uma vez que o serviço não estava encerrado mas sim com a capacidade cheia. Depois, poderiam ser transferidos.

O aumento da procura da urgência deveu-se a diversas patologias, não estando relacionada com a pandemia de Covid-19, e provocou uma “situação complicada”, pois a afluência à urgência de doentes não-Covid estava “completamente saturada, sem capacidade para internar os doentes, porque temos o internamento sobrelotado”, revelou a administradora do CHO, Elsa Baião.

De acordo com a responsável hospitalar, este problema, a par com o atraso nos trabalhos na obra de ampliação da urgência, suspensa devido à pandemia, está a “dificultar o planeamento dos circuitos Covid e não-Covid”.

Esta situação poderá também vir a afetar a urgência pediátrica durante o inverno, altura em que normalmente há uma procura elevada e onde este ano se prevê uma maior exigência para distinguir muitos casos em que os sintomas se confundem com a Covid-19.

Para melhorar a capacidade de resposta na urgência haverá um reforço de oito médicos, catorze enfermeiros e catorze assistentes operacionais, para além de 25 camas de internamento.

Deputados questionam ministra

Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Leiria apresentaram no dia 9 de outubro, na Assembleia da República, um requerimento em que questionam a ministra da saúde sobre a sobrelotação do serviço de urgência da unidade das Caldas da Rainha do CHO.

“Nos últimos meses tem sido crescente o número de relatos de situações em que a sobrelotação e a escassez de recursos humanos do serviço de urgência têm posto em causa o atendimento dos utentes do Serviço Nacional de Saúde que residem naquela região”, manifestam os deputados, coordenados por Hugo Oliveira, das Caldas da Rainha.

Segundo apontam, “tal foi o que sucedeu, por exemplo, e de forma reiterada, com o atendimento da valência de

ortopedia em caráter de urgência da unidade das Caldas da Rainha, que teve de passar a ser assegurado pela Unidade de Torres Vedras. Mas também o serviço de urgência médico-cirúrgica tem estado transitoriamente incapacitado de receber doentes urgentes/emergentes, por sobrelotação, o que acarretou inclusivamente a retenção de macas de bombeiros e obrigou ao redireccionamento e encaminhamento das situações para outras instituições”.

Por outro lado, fazem notar, “as obras de remodelação e ampliação do serviço de urgência já deveriam ter terminado há cerca de um ano, levando a uma sobrelotação que fere os mais nobres princípios de dignidade daqueles que “desesperam” durante horas e ou dias em macas nos corredores”.

Os social-democratas questionam a ministra se o governo tem conhecimento da situação de sobrelotação do serviço de urgência, que medidas tenciona adotar para aumentar a capacidade de atendimento daquele serviço e em que prazos, qual é o reforço de pessoal necessário e para quando está previsto, e qual a data de conclusão das obras de remodelação e ampliação da urgência.

(0)
Comentários
.

0 Comentários

Deixe um comentário

Artigos Relacionados

Papagaios gigantes coloriram o céu na Foz do Arelho

O passado fim-de-semana foi de grande animação na Foz do Arelho, com diversos eventos a terem lugar, no âmbito do 2º Festival da Lagoa. No domingo, os papagaios tomaram conta do céu.

primeira

Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e Bloco de Partos continuam fechados ao fim de semana

A Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e Bloco de Partos no hospital das Caldas da Rainha, na Unidade Local de Saúde (ULS) do Oeste, vão continuar a não receber utentes entre as manhãs de sexta-feira e de segunda-feira e quem necessitar de assistência médica deverá dirigir-se ao Hospital de Santarém, pertencente à ULS da Lezíria.

urgencia

“Mural dos afetos” dá as boas-vindas a quem chega à cidade

A imagem de uma mãe abraçada à filha embeleza a fachada de um edifício na Rua General Amílcar Mota, na entrada sul da cidade. Trata-se de um mural de arte urbana, da autoria de Daniel Eime, que identifica Caldas da Rainha como uma cidade que há uma dezena de anos faz parte do Movimento Cidade dos Afetos.

afetos