“Agradeço em nome da Junta de Freguesia de Ferrel aos agricultores, cidadãos de Ferrel e do concelho que se juntaram a nós e a todos os que contribuíram para esta mostra de democracia plena, ordeira e efetivamente participada”, declarou o autarca, que destacou a “emoção, devoção, resiliência, firmeza e união”. “Quem pensava que tinha desaparecido, percebeu que isto está no sangue e na génese do nosso povo”, referiu.
A localidade é conhecida pela revolta contra a instalação de uma central nuclear. Foi a 15 de março de 1976 que, em resposta ao badalar incessante dos sinos da sua igreja, os habitantes de Ferrel saíram à rua, interromperam os trabalhos da instalação da central nuclear, na zona do Moinho Velho, fecharam as valas abertas e avisaram que se houvesse reinício ali voltariam para destruir o que fosse feito.
A marcha foi considerada fundamental para que o projeto não avançasse e é um legado transmitido ao longo de gerações e que não deixou de ser lembrado na passada sexta-feira quando se Ferrel se voltou a manifestar, desta vez contra a proposta de revisão do PDM.
“Este é um assunto do concelho inteiro. Acreditando que as soluções vão aparecer, estamos prontos para contribuir para a solução, como até aqui. Com a persistência de quem nunca desiste de lutar, mas com a responsabilidade de quem governa, juntos vamos continuar”, assegurou Pedro Barata.
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