No primeiro dia do julgamento foram chamadas duas dezenas de testemunhas. Os crimes terão sido cometidos no apartamento onde a mulher, de 51 anos, exercia a atividade de ama.
O arguido, de 75 anos, já tinha sido condenado em 2012 a quatro anos de prisão e ao pagamento de uma indemnização de cinco mil euros pelo mesmo crime sobre uma menina de oito anos, denunciado em 2008, mas a pena foi suspensa e escapou à cadeia por não ter antecedentes criminais, regressando a casa com a proibição de estar sozinho com crianças e obrigação de acompanhamento pelos serviços de reinserção social.
Bate-chapas de profissão, reformado por invalidez após ter sofrido um acidente, deixou de trabalhar em 2006 e passou a ajudar a mulher a cuidar de crianças até aos nove anos.
A ama, Conceição Nobre, passava algum tempo fora de casa para ir às compras, a uma igreja evangélica e ao café e deixava-o a tomar conta das crianças. Foi também acusada dos crimes agora em julgamento, em co-autoria, mas está em liberdade sujeita a termo de identidade e residência.
O julgamento realiza-se à porta fechada devido à natureza dos crimes. As crianças prestaram depoimento durante a fase de inquérito, evitando-se terem de estar frente a frente com o arguido.
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