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Efeitos colaterais

João Francisco Nunes - Militante da JSD Caldas da Rainha

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Hoje vivemos numa realidade deveras distinta daquela à qual estávamos habituados, uma realidade onde manter a distância física de quem mais gostamos se torna um ato sensato, uma realidade onde a interação social passa exclusivamente para uma interação virtual.
João Francisco Nunes - Militante da JSD Caldas da Rainha

Contudo, apesar deste vírus continuar entre nós, acredito ver estes problemas a desaparecerem com o tempo, um processo lento, mas visível. A verdade, é que o ser humano tem-se mostrado resiliente ao longo dos tempos, aos diversos problemas impostos de forma anómala pela natureza.

De facto, o ano 2020 será um ano que não irá cair no esquecimento de todos aqueles que o presenciaram. É na realidade um ano atípico, e cheio de efeitos colaterais, efeitos estes que se farão sentir em todo o mundo, não só este ano como nos anos que por aí advém. Finalmente acabei o secundário, mas tremenda felicidade acarreta decisões de grande peso a tomar.

Para além de me encontrar num grande estado de êxtase, por não saber onde serei colocado, ainda sinto um grande receio daquilo que será a faculdade em plena altura de pandemia. Como futuro estudante universitário, consigo compreender o possível nervosismo daqueles que irão estudar para uma cidade diferente daquela em que residem, pois acredito que a interação social seja um fator importante para um bom desempenho académico.

É fundamental que um estudante se sinta bem no ambiente que o rodeia, e para tal é fulcral a construção de laços amigáveis. É perceptível concluir que a atual pandemia possa pôr em risco a construção de novos laços de amizade.

Contudo, há um outro fator que todos os estudantes deverão ter em consideração: Ninguém estará sozinho neste processo de adaptação. Afinal de contas, estamos todos no mesmo “barco”, e acredito que haverá novas maneiras de fazer novas amizades, de forma segura.

Existem ainda outras consequências da pandemia, que vêm a aumentar os problemas a quem concorre para o ensino superior, como por exemplo o aparecimento de uma crise económica, que não tarda se fará sentir por todo o mundo, o que dificulta por sua vez o pagamento de propinas, renda e outras despesas comuns, obrigando muitos estudantes a congelarem as matrículas, devido aos elevados custos.

Ao prosseguirmos na enumeração dos problemas que a Covid-19 causa num estudante universitário ainda nos debatemos com a necessidade de encontrar novos alojamentos a um preço acessível, uma vez que muitos universitários recorrem a residências, onde num quarto cabem dois ou três estudantes, uma situação impensável na realidade em que vivemos.

Nesse sentido, acredito que o governo esteja a diligenciar corretamente ao cooperar com hostéis e outros alojamentos alternativos, de forma a reduzir o preço dos mesmos, para os estudantes de ensino superior. A nível mundial, a economia será fortemente afetada, especialmente em países onde o setor turístico desempenha um papel essencial no que diz respeito à produção de riqueza nacional, nomeadamente em países como Portugal. No turismo, existem várias atividades que se deverão reinventar, como é o caso das atividades noturnas, onde uma aposta em espaços cobertos ao ar livre seria uma ideia a considerar.

Ainda neste âmbito, observamos algumas mudanças significativas no que diz respeito às atividades hoteleiras, de diversão, e de restauração, uma vez que é vísivel uma crescente aderência na aquisição do selo “Clean & Safe” de forma a satisfazer as necessidades de segurança. A meu ver, um país desenvolvido é suportado por cinco grandes pilares, e caso um destes falhe, a estabilidade do país falha também. Estes são, a justiça, a segurança, a educação, a saúde, e a economia, sendo que este último pilar se revela imprescindível para o bom funcionamento dos restantes.

Ao observarmos a circunstância em que nos encontramos, debatemo-nos com o grande problema que é manter o equilíbrio entre a saúde e a economia, uma condição que se revela trabalhosa de se alcançar. Caso o confinamento obrigatório estivesse em vigor a longo prazo, iríamos presenciar uma crise profunda a nível mundial. Contudo, esta hipotética situação, seria deveras vantajosa no que diz respeito à saúde pública, visto que haveria um menor número de interações sociais, e a impossibilidade de se formar aglomerados de pessoas. Vantagem que se revelaria ilusória, uma vez que uma crise económica não seria de todo desejável numa situação onde o reforço hospitalar é fundamental.

Aos poucos vemos uma luz ao fundo do túnel, e observamos uma apropinquação entre a realidade que presenciamos atualmente, e a realidade à qual estávamos habituados. Esta não foi a primeira pandemia que o ser humano presenciou, nem será a última, por enquanto precisamos de respeitar as regras às quais somos submetidos e ter os devidos cuidados de higiene. Estamos perante uma guerra, uma guerra às escuras, onde o inimigo está em todo o lado, e em todo o lado devemos ter o devido cuidado.

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