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Ana Maria Pacheco

Covid-19: “O fundamental é não desanimar”

Marlene Sousa

EXCLUSIVO

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Ana Maria Pacheco foi presidente da direção da Associação Empresarial da Região Oeste (AIRO) desde 2002. Retirou-se no passado mês de julho deste cargo e é atualmente presidente do Conselho de Administração da Molde Ceramics SA, na Zona Industrial das Caldas da Rainha e sócia gerente da Upgamp, Lda, Consultoria Caldas da Rainha e ainda do Morgado Lusitano Turismo Equestre, em Alverca do Ribatejo. Na última reunião da Assembleia Municipal das Caldas da Rainha foi reconhecido o trabalho de Ana Maria Carneiro Pacheco em prol do tecido empresarial da região Oeste nos últimos 20 anos enquanto dirigente associativa na AIRO e em várias associações regionais. Esta responsável continuará a integrar os órgãos sociais da AIRO, no conselho fiscal.
Ana Maria Pacheco é presidente da Administração da Molde Ceramics SA, na Zona Industrial das Caldas

Em entrevista ao JORNAL DAS CALDAS, Ana Maria Pacheco disse que chegou o início de uma nova etapa na AIRO porque “tudo tem um princípio e um fim”.

Realçou Jorge Barosa, novo presidente da associação, sublinhando que “a renovação em continuidade de objetivos é natural e saudável”.

Classificou como “bons” os 20 anos à frente da direção da AIRO que “passaram a correr e deram para um bom conhecimento do tecido empresarial”. Sublinhou o “agradável trabalho de equipa e estimulantes resultados”.

Salientou que a missão da instituição é “fortalecer o espírito empresarial da região”. “Costumava falar com os meus colegas que somos dirigentes associativos porque somos empresários…é um estado de espírito, ou seja: temos sempre presente essa missão e trabalhamos em equipa probono e com gosto”, declarou a responsável.

“Agradecemos o reconhecimento que estimula novas ideias e ações. É essa aliás a melhor recompensa da equipa da AIRO”, adiantou Ana Maria Pacheco, que “desde antes de 1998 que conhecia e apoiava a AIRO”.

Ao JORNAL DAS CALDAS disse que aceitou com muito gosto o convite do atual presidente para estar na lista como vogal do conselho fiscal, pelo que continua nos corpos sociais.

Destacou a equipa de colaboradores da AIRO que sempre foram o seu “apoio” à frente da associação empresarial”.

Nos vinte anos à frente da AIRO assistiu a “um crescimento muito significativo de associados, que constitui outra compensação do nosso trabalho associativo”.

Realçou o facto de grande parte dos sócios da AIRO serem “a indústria da região Oeste”.

Solidez financeira da AIRO

A AIRO comemorou 39 anos. Ana Maria Pacheco afirmou a sua solidez financeira. “Todos os ratios indicadores de gestão da AIRO estão muito acima dos valores padrão que sempre apresentou contas ao estado, muito antes de ser uma obrigação legal para todas as associações desde 2010”.

“Perante os factos, o histórico e a falta de âncoras para o desenvolvimento da nossa economia, a AIRO é, no mínimo, um parceiro de desenvolvimento real”, manifestou.

Ana Maria Pacheco nasceu em Lisboa e vive na região Oeste, concretamente em Óbidos, há 22 anos.

Iniciou o seu primeiro trabalho com 20 anos, na RDP – Centro de Documentação e Conteúdos de Programas enquanto terminava à noite o curso de Gestão de Empresas no Instituto Superior de Economia.

A seguir desempenhou funções essencialmente na área financeira em empresas privadas, metalomecânica e consultoria, tendo seguido para diretora financeira da General Eletric em Portugal.

A partir daí, e com o seu marido, passou a empresária de “empresas fundadas por nós ou participadas, com nossa entrada no respetivo capital”, contou.

Como presidente da AIRO passou a crise em Portugal de 2010–2014 que se iniciou como parte da crise financeira global de 2007–2008. Para Ana Maria Pacheco foi um percurso difícil, mas “ultrapassado com muita comunicação e reforço de laços da associação empresarial com os empresários da região”.

Para esta responsável o fundamental é “não desanimar, nessa altura e agora”.

Quanto a esta nova crise económica provocada pela pandemia, Ana Maria Pacheco considera que é preciso o mesmo tipo de “atitude”. “Confiança e muito apoio entre pares, empresários e responsáveis pela criação de valor e emprego”.

“Não dar ouvidos aos arautos da desgraça”

A gestora disse que o fundamental é “não dar ouvidos aos sempre insistentes arautos da desgraça”.

Deu como exemplo o Boletim Mensal notícias da AIRO”, onde inauguraram rubricas como “destacamos pela positiva” e “dicas anti neura” …pequenas mensagens de entreajuda”.

Quanto ao papel do novo presidente da AIRO para enfrentar esta nova crise, esta responsável salientou que “não estamos habituados a papéis fáceis”.

“A estratégia está definida nos objetivos da lista que constituiu os atuais corpos sociais e está certamente adaptada a circunstâncias especiais como as consequências da Covid-19 que estamos a viver”, referiu, acrescentando que é preciso “tomar as melhores decisões perante situações concretas e avançar assumindo riscos razoáveis com confiança”.

Ana Maria Pacheco afirmou que a AIRO pode apoiar as empresas neste contexto da crise provocada pelo surto do novo coronavírus, “de muitas formas”, recomendando a visita ao site da associação empresarial.

Para esta gestora “os negócios que resistem são os que têm pessoas que fazem a diferença”. No entanto, sublinhou que “as vendas são o oxigénio de qualquer empresa”.

“Em todo o mundo será certamente mais difícil resistir para as empresas mais endividadas. Tudo depende do grau de fechamento dos mercados e do tonus social”, referiu.

Ana Maria Pacheco defendeu a “grande responsabilidade dos vários governos e da cidadania em geral”.

Quanto ao aumento do desemprego na região Oeste, Ana Maria Pacheco declarou que as empresas empregadoras têm aplicado os apoios criados pelo governo. Acredita que “2021 pode não ser tão mau como o esperam…tudo muda num instante, não vejo outra forma de responder seriamente”.

No entanto, tem a certeza que “seria muito útil os dirigentes mundiais já estarem à procura de pontos de apoio para começar a desenvolver mais atividades com futuro, as tais luzes ao fundo do túnel”.

A gestora considera que o mais importante é ajudar as empresas existentes a passar esta crise e defenda a melhoria da Zona Industrial das Caldas. “É necessário o fomento de projetos em terrenos vazios, vida, criação de serviços comuns (creches por exemplo)”, aconselhou.

Defendeu ainda a “limpeza e embelezamento, rapidez nas apreciações de projetos, abertura a comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, tão empreendedoras, e em possível ligação com empresas já existentes na Zona Industrial”.

Na última sessão da Assembleia Municipal das Caldas da Rainha foi aprovado um voto de louvor ao papel de Ana Maria Pacheco na AIRO. Foi elogiado o seu profissionalismo, rigor e dedicação. Para esta responsável foi “sem dúvida uma honra e um prazer”. “Muito em especial por ser num órgão político importante civil e democrático em que participei há anos, quando era presidido por um amigo meu e da cidade, o Dr. Luís Ribeiro, sempre entusiasmado, que já partiu e quero homenagear”, declarou.

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