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“Cria-se uma nova centralidade nas Caldas” – Tinta Ferreira

Empreendimento junto à rotunda da EDP inaugurado

Mariana Martinho

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Foram inaugurados no dia 8 de setembro, os cinco edifícios em frente à EDP que se encontravam devolutos e inacabados, e que durante vários anos constituíram um claro problema social. Este novo empreendimento urbano, Caldas Terrace, que possui 73 habitações, das quais “50% já se encontram reservadas” para o mercado local, jardins e piscina, assim como outras lojas e serviços, e que constituiu um investimento de 10,5 milhões de euros levados a cabo pela empresa de recuperação de créditos e gestão de ativos imobiliários, Finangeste, veio dar “uma nova dinâmica” a uma das entradas principais da cidade.
O novo empreendimento urbano possui 73 habitações, jardins, piscina e outras lojas e serviços

Localizado na parte sul das Caldas da Rainha, em frente ao edifício da futura instalação da Clínica do Montepio Rainha D. Leonor, o condomínio privado Caldas Terrace procura aliar o enquadramento na zona verde de pinhal com a proximidade do centro da cidade e ainda dar “uma nova dinâmica” a uma das entradas principais da cidade.

Composto por 80 frações (73 apartamentos e 7 lojas), dos quais 10 T1 (cada com um lugar de estacionamento na garagem), 18 T2 (cada com dois lugares), 34 T3 (a maioria com três lugares), 10 T4 (com três lugares) e um T5 duplex (com três lugares). Cada um dos cinco blocos terá elevador.

A disponibilização de vários lugares de estacionamento na garagem comum consoante a tipologia é uma das mais-valias, sendo que todos os apartamentos têm uma arrecadação. Vão do piso -2 ao piso 4, variando consoante os blocos. Existirão três lojas entre os blocos de apartamentos e quatro lojas num dos blocos.

Destacam-se as fachadas rasgadas, com vãos de grande dimensão, dando lugar a amplas varandas com aproveitamento de espaço exterior, apartamentos com isolamento e ar condicionado, piso flutuante preparado para desgaste, linhas modernas e acabamentos de qualidade, cozinha equipada, eletrodomésticos encastrados, vidros duplos e térmicos, muito espaço de arrumação, armários largos e áreas generosas.

Para o administrador da Finangeste, Paul Henri Schelfhout, “este projeto, pela sua dimensão, desenho e impacto na comunidade local, mereceu uma decisão arrojada”, e por isso ”a empresa está orgulhosa de ter participado num projeto que contribuiu para a resolução de um problema social, de segurança e de saúde pública que se arrastava há vários anos numa das entradas principais da cidade, em relação estreita com a comunidade local e a Câmara Municipal das Caldas da Rainha”.

Durante a cerimónia de inauguração, que decorreu no local, Paul Henri Schelfhout disse que “só uma pessoa arrojada é que pegava num edifício de devoluto e cheio de problemas, e transformava-o numa peça de arte como esta”.

Metade das habitações do Caldas Terrace já se encontra reservada, sendo que os espaços comerciais só serão comercializados numa segunda fase. “Perto de 50% das habitações já se encontram vendidas, sendo que dois terços são mercado local”, esclareceu o administrador, adiantando que “o empreendimento também foi desenvolvido em linha com uma nova estratégia urbanística em curso nesta área das Caldas da Rainha, procurando a sua valorização”. Encontra-se assim integrado numa zona com novos equipamentos como novos supermercados, a instalação da Clínica do Montepio Rainha D. Leonor e de um hotel.

O administrador disse que “a Finangeste não se limita a investir nos grandes centros urbanos de Lisboa e Porto”. “Temos todo o interesse em construir e investir em cidades que possuem grande potencial. O investimento nas Caldas da Rainha mostra isso e podemos dizer que foi uma aposta ganha, que poderá servir de exemplo a outros investidores”, manifestou Paul Henri Schelfhout, esclarecendo que a “empresa investiu aqui mais por metro quadrado em custo de obra do que qualquer outro projeto na zona, porque acreditamos que Caldas merecia um investimento maior e uma qualidade melhor para atrair famílias”.

A empresa de recuperação de créditos e gestão de ativos imobiliário, que nos dois últimos anos captou cerca de 500 milhões de euros de investimento internacional para o desenvolvimento de projetos imobiliários em todo o país, poderá ter outro projeto para cidade, mas que “neste momento ainda está em análise”, revelou Paul Henri Schelfhout.

“Temos um novo enquadramento para a entrada das Caldas”

No evento de inauguração também esteve presente o presidente da Câmara Municipal, Tinta Ferreira, que salientou a recuperação de um imóvel que trazia uma certa mágoa à cidade pelo avançado estado de degradação em que se encontrava, e que “também gerou alguma polémica”.

“Os edifícios encontravam-se abandonados com uma utilização indevida e agora estão praticamente concluídos e em condições de poderem ser utilizados”, sublinhou o autarca, adiantando que “a existência e a disponibilidade de edifícios desta natureza, com esta qualidade em termos de habitação, vai atrair de certeza mais famílias à nossa cidade”.

Relembrou ainda que o empreendimento está situado numa zona que está a ser valorizada com a instalação de novos equipamentos. “Temos aqui um novo enquadramento para a entrada das Caldas da Rainha, que também vai sofrer melhorias em termos de espaço publico”, esclareceu o edil, adiantando que está aberto um concurso para a colocação de novo pavimento desde a rotunda de São Cristóvão até à rotunda da EDP. “Tudo isso vai permitir uma entrada mais feliz para as Caldas da Rainha”, frisou.

Na sequência desta reabilitação, a autarquia, em parceria com a ESAD.CR e a União das Freguesias de Caldas da Rainha – Nossa Sª do Pópulo, Coto e São Gregório, está a definir modelos de intervenção paisagísticos para a zona de pinhal junto ao empreendimento, de modo “a criar melhores condições de vivência daquele espaço, que beneficiará a ESAD.CR e as pessoas que aqui vivem”.

No que diz respeito ao hotel de três estrelas, que está a ser construído atrás do hipermercado da insígnia Continente Bom Dia, Tinta Ferreira sublinhou que “a unidade está praticamente em vias de conclusão, mais um ou dois meses deveremos ter uma cerimónia semelhante a esta”.

Neste momento, “estamos a preparar a questão do espólio que será colocado no pórtico da Secla e a terminar a reabilitação do painel da diretora artística Hansi Stael”.

Última unidade da Secla vendida

A última unidade da Secla, empresa de louça utilitária e decorativa em faiança, situada na zona industrial das Caldas da Rainha, vai continuar a ser uma fábrica, revelou a ProPortugal, que intermediou a venda do espaço.

Questionado sobre o assunto, Tinta Ferreira revelou que “trata-se da construção de uma fábrica relacionada com materiais de construção”. Igualmente disse que “a venda foi uma boa notícia, por isso vamos aguardar o projeto que será apresentado para aquele local, que seguramente proporcionará a criação de mais postos de trabalho e mais desenvolvimento económico na nossa região”.

A Secla, Sociedade de Exportação e Cerâmica SA, fundada em 1947, foi escola de formação para muitos caldenses, para além de por ali terem passados artistas ilustres como Hansi Stæl, Júlio Pomar, Herculano Elias e Ferreira da Silva.

Foi uma das principais empresas empregadoras da região e o seu sucesso adveio da exportação da louça decorativa para vários países.

Chegou a laborar em simultâneo com três unidades fabris. A Secla I, a Secla II, criada em 1982, e a Secla III, esta última fundada em 1994 na zona industrial. Contou com perto de mil funcionários.

Já neste século começou a crise, devido à concorrência asiática, e a necessidade de reduzir custos por causa da falta de encomendas levou a cortes no pessoal e ao encerramento da Secla II em 2003. Na Secla I ficaram a loja e alguns serviços administrativos, e a produção concentrou-se na unidade mais moderna, que funcionou até 2008.

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