Segundo a vereadora Maria da Conceição, nas reuniões preparatórias foram indicados diversos eixos, e a Câmara das Caldas propôs que se envolvesse o ambiente, o mundo rural e a água como elemento fundamental.

A proposta recorda que o movimento “Land Art” surgiu em finais da década de 1960, em consequência do aumento do interesse pelas questões ligadas à ecologia, apresentando-se como expressão do desencanto com a sofisticada tecnologia da cultura industrial.

Na “Land Art”, o meio natural e a ruralidade (a natureza), é trabalhada de modo a fazer parte da própria obra escultórica.

O festival pretende oferecer uma exposição que implica a criação de uma série de instalações específicas, estrategicamente colocadas em diferentes pontos do concelho (ou concelhos), para as quais serão utilizados sobretudo materiais naturais existentes no próprio território. As obras expostas não serão alvo de manutenção, uma vez que a transformação e amadurecimento natural de cada peça faz parte do conceito da exposição.

Nesta proposta o evento propõe exibir em cada uma das freguesias rurais e urbanas obras dos artistas convidados (ESAD.CR), concebidas no propósito de valorização da paisagem. Obras que terão como recurso os materiais originais de cada sítio e de proveniência do meio ambiente local com o objectivo de estarem enquadradas na paisagem do território (Caldas da Rainha, com possibilidade de alargar a outros concelhos do Oeste).

O projecto contemplará no processo de produção o enquadramento dos meios audiovisuais e fotográficos como modelo de registo das experiências realizadas e que deverá constituir-se em “documento” para difusão junto de todas as escolas do concelho.

A sua primeira edição de 2021 será preferencialmente realizada a partir de maio e terá a pretensão de se apresentar como um festival de caraterísticas ambientais, proporcionando a mostra de diversidade artística na intenção de defesa ambiental em espaço rural. O festival poderá proporcionar a realização de atividades artísticas complementares (oficinas e visitas guiadas), integrando os restaurantes e tascas nas freguesias rurais de modo a serem criadas ofertas gastronómicas e musicais, assim como lançar percursos pedonais e de trilhos para passeios com circuitos em contexto da natureza.