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Diga 33 com António Cabrita

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Foi com casa cheia que o Teatro da Rainha recebeu o escritor António Cabrita, considerado por muitos dos seus pares um dos mais, senão o mais, relevante poeta de língua portuguesa na atualidade.

Residente em Maputo, onde é professor universitário, Cabrita estudou cinema e foi crítico da sétima arte, durante mais de vinte anos, no jornal Expresso.

Segundo, Valentim Nataniel, falou da sua relação com o cinema a propósito do guião “Inferno”, escrito a meias com Maria Velho da Costa e publicado em 2001 pela Íman, de que o próprio foi editor.

Ficcionista dotado de imaginação prodigiosa, como se comprovou com a leitura de excertos das suas obras por Henrique Fialho, o autor de “Cegueira de Rios” (Relógio D’Água, abril de 1994), falou com desprendimento e satisfação do seu mais recente romance: “Fotografar Contra o Vento” (Exclamação, novembro de 2019). Partindo de um facto em si mesmo hilariante, a peregrinação de um candidato a toureiro, vestido a rigor, desde Lisboa até Madrid, Cabrita revelou que pretendeu explorar neste romance a dimensão quixotesca de um anti-herói que não desiste do seu sonho apesar de diversas e inúmeras peripécias e contrariedades.

“A conversa do passado dia 25 de agosto serviu ainda para recordar vários encontros num percurso rico em relações de amizade com outros escritores”, adiantou, Valentim Nataniel, acrescentando que foram recordados, entre outros, “os escritores Al Berto, Levi Condinho, Raul de Carvalho ou o pintor António Quadros, conhecido como poeta através dos pseudónimos João Pedro Grabato Dias, Loannes Garabatus e Mutimati Barnabé João”.

Autor prolixo, poeta exigente, António Cabrita publicou já este ano os livros “Método de Caligrafia para a Mão Esquerda” (Húmus, junho de 2020) e “A Kodak Faliu. Também o Dick, o cão da Minha Infância” (Barco Bêbado, fevereiro de 2020).

Apesar de garantir ser sua intenção refrear ou mesmo afastar-se da escrita de poemas, o autor não deixou de reconhecer, em resposta a pergunta lançada pela audiência, que a despeito da “inutilidade” da poesia esta serviu-lhe para, rodeado de destroços, aprender a gostar da vida.

Ensaísta, poeta, ficcionista, tradutor, António Cabrita é para Valentim Nataniel um “exímio contador de histórias”. “Isso ficou claro junto de todos os presentes. Assim como também ficou patente a sua insistência numa poesia que não prescinda da força da metáfora e resista ao empobrecimento da língua, assumindo os diversos níveis de interpretação que a realidade pode ter”.

“Disso deu exemplo falando de palavras, referindo-se ao que se foi perdendo da língua, reduzindo a capacidade de expressão dos falantes, e partilhando um dos seus poemas. Curiosamente, um poema sobre uma experiência de quarentena anterior ao confinamento provocado pela atual pandemia”, referiu.

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