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Agrupamento de Escolas Raul Proença está a preparar as novas regras em tempo de Pandemia

Marlene Sousa

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O Agrupamento de Escolas Raul Proença vai iniciar o novo ano letivo a 17 de setembro. Vão receber um total de 2800 alunos e 260 professores. Cerca de 1200 alunos na Escola Secundária Raul Proença.
João Silva assiste ao alcatroamento do recinto desportivo da responsabilidade da autarquia

Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS, João Silva, diretor do Agrupamento de Escolas Raul Proença, disse que estão a ultimar o plano de contingência para receber a totalidade dos alunos, com os horários todos preenchidos.

Devido ao atual contexto de saúde pública, causada pelo coronavírus, João Silva referiu que o planeamento do início do ano letivo está a ser “exigente e um dos mais desafiantes de sempre porque existe muita indefinição, e as indicações que temos do Ministério de Educação (ME), são difíceis de colocar em prática, porque não há condições em termos de espaço”. “Cada estabelecimento de ensino tem a suas caraterísticas. Queremos que as coisas corram bem, e a indefinição e insegurança sobre o que vai acontecer, faz com que tenhamos um outro plano preparado, para ser aplicado caso a dinâmica da pandemia assim obrigue”, adiantou.

“Sabe-se como começa, não se sabe como vai acabar”, salientou o responsável. O ano escolar 2020-2021, arranca no modo presencial para todos os anos escolares, mas tem que estar preparado para mais dois cenários possíveis: “aulas em regime misto (presencial e online); e aulas exclusivamente online”. Quem vai decidir será o delegado regional de educação, com base na evolução das estatísticas dos novos casos de infetados por Covid.

Receção de alunos sem pais

João Silva, revelou que no dia 17 vão receber as turmas de todos os anos de escolaridade, incluindo o pré-escolar, embora o primeiro dia seja de apresentação.

Ao contrário dos anos anteriores, a receção aos alunos do 1º, 5º, 7º e 10º ano de escolaridade, que se fazia com os encarregados de educação, com uma reunião com o diretor, este ano devido à pandemia vai ser feita sem pais. “Nós temos que reduzir a circulação de pessoas dentro da escola, e o que está determinado pelo ministério é que os encarregados de educação só venham ao estabelecimento de ensino em situações excecionais”, informou.

A partir do 2º ciclo, o uso de máscara é obrigatório. “Já adquirimos 350 litros de álcool gel, nesta primeira fase, e 2260 kits com três máscaras laváveis, que servirão para os alunos, professores e auxiliares, suficientes para todo o primeiro período”, realçou João Silva.

Desligaram os secadores elétricos de mão. Vão só utilizar toalhas de papel e sabonete líquido.

Os alunos vão ter acesso condicionado a alguns espaços, incluindo bar, salas de informática e biblioteca. E haverá regras específicas para as aulas de educação física.

Os percursos que os alunos devem fazer na escola sede e no pré-escolar, já estão marcados, agora “estamos a fazer essas marcações nas escolas do 1º ciclo e EBI de Santo Onofre”, referiu, o responsável.

No 1º ciclo, vai se manter no horário habitual: entre as 9h e as 16h, com extensão das atividades de enriquecimento curricular (facultativas) até às 17h30. Haverá intervalos e almoços desencontrados. Os 1º e 2º anos é das 10h00 às 10h30, e o 3º e 4º anos é das 10h30 ás 11h00. Também acontece o mesmo com as idas ao refeitório para o almoço.

A nível das entradas e saídas, mantém-se fixa para todos os estudantes, para não criar transtornos aos pais, nomeadamente àqueles que tem dois filhos em anos diferentes na mesma escola.

Quanto aos almoços no refeitório da EBI de Santo Onofre, vão “desencontrar as horas de almoço na escola sede, como no universo de 1200 alunos almoçavam na cantina, cerca de 200 não haverá problema”, apontou, o responsável.

No 2º, 3º ciclo e secundário, está fora de questão a divisão das turmas, algo que seria incomportável para a escola em termos de espaço físico e de professores. “O que vamos fazer é, no 5º ano damos uma manhã livre aos estudantes e o restante serão quatro tardes com o intuito de reduzir a concentração da parte da manhã”, informou.

O 6º ano, vai ter duas manhãs livres. “Na EBI vai ser seguida a mesma estratégia, com o intuito de diminuir a pressão de manhã”, contou, acrescentando que, “quando damos manhãs livres a alguns anos, reduz o número de alunos da parte da manhã, que é quando há mais concentração”.

“Temos que ter muito cuidado a fazer os horários, porque temos os transportes escolares e o trabalho dos encarregados de educação. Não queremos criar mais dificuldades”, apontou, o diretor do agrupamento.

Turmas são limitadas a 28 alunos. No pré-escolar o limite são 25 crianças e no 1º ciclo 24 estudantes.

Obras na Escola Secundária em 2022

O diretor do Agrupamento Escolas Raul Proença, também participou na reunião de que decorreu na passada semana com o presidente da Câmara e o vice-presidente, sobre a transferência de competências da educação da administração central para a autarquia.

João Silva, é da opinião que ainda “existem muitas questões em aberto”.

“A Câmara das Caldas, apesar de ter levado uma recusa do adiamento da transferência de competências na área da educação, decidiu contestar a decisão e fazer um novo pedido de adiamento”, informou o responsável.

No entanto, refere que está tudo a ser preparado para a transferência, que “apesar de ser efetiva a 1 de setembro, no fundo ela só se verifica a 1 de janeiro de 2021”.

“Neste momento, em termos de assistentes técnicos e assistentes operacionais são cerca de 67 que vão passar já para a autarquia”, revelou João Silva.

Para este responsável, seria um número suficiente se não houvesse baixas e a pandemia. Como as exigências são maiores, houve abertura do município para mesmo“, sendo para além do número de pessoal não docente, que os agrupamentos precisem, eles colocam funcionários a mais do que impõe o rácio, e a autarquia vai assumir essa responsabilidade”, realçou João Silva.

Quanto às obras na Escola Secundária Raul Proença, o responsável disse, que o Delegado Regional da Educação, anunciou que poderiam acontecer a 2022. “O objetivo é fazer uma candidatura a fundos europeus, onde o Ministério da Educação providência para a Câmara ter a fundo perdido 85%. O restante, 7,5% para a autarquia pagar e 7,5% financia o Governo”, contou, o diretor dos Agrupamento de Escolas Raul Proença.

No entanto, agora a prioridade é fazer o projeto para a obra. Segundo este responsável, a autarquia irá assumir “essa vertente financeira, para que quando chegar a altura da candidatura o projeto de execução esteja concluído”.

João Silva, destacou a boa relação do agrupamento com a câmara, “sem qualquer ligação partidária”.

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