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Corrida de Touros do dia 15 de agosto

Triunfo absoluto de Joaquim Ribeiro “Cuqui”

Luciano Silva

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“Toureiro…toureiro…toureiro…”. Assim gritaram os aficionados num coro geral de aplausos, fazendo estremecer as bancadas da velhinha Praça das Caldas, para aclamar o matador de touros português “Cuqui”, o grande herói da tarde. Na verdade, assistimos todos a um verdadeiro recital de bem tourear a pé. Que valor, que arte, que maravilhosa faena deste jovem, que surpreendeu toda a praça.
138.ª tradicional Corrida de Toiros do 15 de Agosto (foto Silvana Patrocínio)

Desde já importa frisar que lidou com um touro que foi uma doçura de animal, investindo sempre mas sem qualquer ponta de maldade. Mas vamos a esta importante e monumental faena, começando “Cuqui” de joelhos em terra por desenhar um farol, continuando a lacear de capote, seguindo-se já de pé bonitas e elegantes chiquelinas.

No segundo tércio, nas banderilhas, o jovem matador esteve simplesmente poderoso e dominador, colocando dois pares soberbos, rematando com uma sorte de violino espetacular e foi novamente de joelhos que começou a sua grande e memorável faena de muleta.

Primeiro toureando com a mão direita por derechazos aqui e ali intercalados com molinetes, para depois pela esquerda desenhar naturais templados, bordados com gosto e maestria, que rematava com poderosos passes de peito. Não esquecer os passes circulares a chamar o touro de costas, a fazê-lo rodar sobre si próprio, não se cansando o público de aplaudir de pé, gritando “Toureiro…toureiro…toureiro…”, rendido e disposto a estar ali até à noite a ver tourear o triunfador e herói da tarde.

“Cuqui”, menos conhecido no seu país do que em Espanha e México, alcançou a sua alternativa em agosto de 2018 na cidade mexicana de Tiguana. Para quando condições para o toureio a pé em Portugal?

E o resto foi só paisagem? Claro que não. Os dois Telles (António Ribeiro Telles e Manuel Telles Bastos), que estiveram muito abaixo da sua bitola nos primeiros dois touros da tarde, terão ficado envergonhados com a tamanha lide a pé, pois metendo esporas aos cavalos, eles também atingiram depois do intervalo um plano mais elevado.

António Telles, que lidou o 4º da tarde, um touro bravo sempre pronto a investir, deu aso a que o cavaleiro da Torrinha se recriasse na ferragem curta de muito boa nota, próximo de uma atuação à Telles.

O seu sobrinho Manuel Telles Bastos também subiu muitos pontos na escala quando lidou o último touro que fechou a corrida. Elegante, muito arrumado na montada, ligando muito ao touro, fez boas bregas, colocou ferragem a condizer, dando um cheirinho do seu caraterístico toureio clássico.

Dos forcados das Caldas o que há a dizer? Em quatro pegas, três à primeira tentativa não é bom, é ótimo! No entanto, em alguns elementos notou-se que quando citavam o touro, recuavam tarde e que por isso mesmo recuavam pouco. Falta de corridas é o que é, mas tem que se viver no atual contexto.

E é no atual contexto que se vê interromper a centenária feira anual, sempre festejada desde os tempos sem memória no dia 15 de Agosto. Porém, a tradição da tourada nesta data não caiu. Ficou de pé, graças a Paulo Pessoa de Carvalho, forcado que foi empresário e que é aficionado com paixão.

O público agradeceu o esforço na organização da corrida (com venda de bilhetes limitada) comparecendo, esgotando o que por lei estava à venda.

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