O surto no lar, dependente do Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Luz, foi detetado no dia 3 de agosto e havia já a registar a morte de um idoso de 93 anos, que se encontrava hospitalizado e com outras morbilidades associadas, nomeadamente “tinha um grave problema de diabetes e há cinco anos tinha-lhe sido amputada uma perna”.
A idosa que morreu agora encontrava-se “muito fragilizada”. Relativamente ao idoso, segundo a direção do lar, tinha feito o percurso pelas respostas sociais do Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Luz, “serviço de apoio domiciliário, centro de dia e lar”.
O número de casos confirmados de Covid-19 no Lar de Nossa Senhora da Luz chegou aos 87 no passado sábado e de acordo com os dados revelados na manhã desta terça-feira existem 85 casos ativos, 78 casos correspondem à União das Freguesias de A-dos-Cunhados e Maceira, dois à freguesia de Santa Maria, São Pedro e Matacães e dois à freguesia de Silveira. Três dos casos identificados naquela instituição são do concelho de Lourinhã.
A direção da instituição, encabeçada pelo diácono Horácio Félix, refere que entre as pessoas a quem são prestados cuidados pelo centro social e paroquial, a maioria com mais de 80 anos (19 com menos de 80 anos, 21 entre os 80 e os 84 anos, 24 com idades entre os 85 e os 89 anos, e 12 pessoas com mais de 90 anos), “muitos têm muitas debilidades que naturalmente os deixam mais fragilizados”.
Existem cerca de trinta pessoas hospitalizadas por necessitarem de cuidados médicos, distribuídas pelos hospitais de Torres Vedras, Abrantes e Santa Maria (em Lisboa).
O surto levou a que fossem efetuados testes aos 80 residentes e 78 funcionários do lar.
Num comunicado emitido pela instituição no dia 4 é revelado que “em virtude de se terem detetado utentes e colaboradores com sintomas febris” foram tomadas as medidas preventivas recomendadas pela Direção-Geral da Saúde e foi implementado o plano de contingência.
Antes do surto, as visitas no lar estavam condicionadas, com os idosos a ficarem no interior de uma sala e os familiares no exterior, vendo-se e comunicando-se através de uma janela, fechada. As visitas usavam na mesma máscara e desinfetante para as mãos.
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