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Aprovada alteração do PDM para expansão do Grupo Auto Júlio em São Cristóvão

Marlene Sousa

EXCLUSIVO

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Foi aprovada por unanimidade na Assembleia Municipal das Caldas da Rainha no passado dia 28 a alteração pontual do PDM (Plano Diretor Municipal) que irá permitir à empresa Auto Júlio, SA expandir as suas instalações de São Cristóvão, com a construção de um pavilhão de 400 metros na Rua General Amílcar Mota (no antigo campo de futebol) que, segundo o entendimento dos deputados municipais, é de interesse público e trará muitas vantagens ao concelho, nomeadamente no domínio do emprego. A Assembleia Municipal tomou a decisão de acordo com parecer favorável da primeira comissão que analisou o pedido da empresa caldense.
A empresa Auto Júlio vai expandir as suas instalações de São Cristóvão, com a construção de um pavilhão no antigo “campo da bola”

Segundo o presidente da Câmara Municipal das Caldas, Tinta Ferreira, para que a requalificação e alargamento das instalações da empresa aconteça tem que se adequar o PDM às necessidades de desenvolvimento do Grupo Auto Júlio. “É uma zona urbana mas não parece que seja impossível a alteração pontual do PDM e proporcionar à empresa a sua possibilidade de expansão”, salientou o autarca, destacando que o Grupo Auto Júlio tem sido “importante para a criação de riqueza e emprego”.

O presidente da autarquia considerou que dentro daquilo que são as regras “deve-se criar condições para que a empresa possa construir novas instalações mais modernas e adaptadas ao negócio”.

O deputado do CDS-PP, Duarte Nuno, disse concordar com o presidente, sustentando que é importante apoiar as empresas que se querem expandir e que criem postos de trabalho.

No entanto, lamentou que o facto das empresas terem sempre necessidade de recorrer à Assembleia Municipal para “criar e aprovar exceções ao PDM”. “Estamos sempre a fazer operações de cosmética pontuais, o que acredito que vamos brevemente fazer em relação às cutelarias”, apontou.

O deputado defendeu a criação de regras no PDM que “dê para todos sem ter que pedir alterações para algumas empresas”.

Duarte Nuno afirmou que é do interesse do município garantir que as empresas que estão na preferia do concelho “fiquem cá”, dando o exemplo de Santa Catarina, onde “ao longo das últimas décadas foi mais que uma empresa que fugiu para o concelho vizinho”.

O deputado municipal do CDS-PP também sugeriu à autarquia que peça à empresa Auto Júlio para ajudar na requalificação do Bairro São Cristóvão que está “degradado”. “É interesse do município não só permitir à empresa que se expanda, mas também ajude a requalificar uma zona que é porta de entrada na cidade”, manifestou.

Em resposta ao deputado municipal, o presidente da Câmara disse que os planos “não existem para ser completamente estanques”. “Vamos fazer o melhor PDM, porém, não iremos conseguir prever tudo e ao longo dos dez anos da sua exigência vai com certeza haver necessidade de fazer uma ou outra alteração”, revelou. Referiu ainda que há “entidades que têm que se pronunciar sobre esta matéria e não nos deixarão fazer asneiras grossas”.

Adiantou que a empresa tem em “curso algumas iniciativas que deverão também melhorar aquela zona na área dos seus espaços”.

No que compete ao município revelou que está em curso uma “reabilitação da área das comunidades desfavorecidas” que prevê “a reabilitação do espaço na zona de São Cristóvão, ou seja, aquela entrada de quem vem de Óbidos vai ver o espaço melhorado”.

Além disso também está “em curso um concurso de intervenção na via que vai desde da Rotunda de São Cristóvão até à Rotunda da EDP”. Segundo o autarca é uma “intervenção de requalificação do pavimento e passeios”.

“Fizemos uma intervenção do ponto de vista da iluminação e temos o monumento ao 16 de Março que também embeleza e requalifica aquela rua. Vamos ter uma entrada da cidade mais nobre e mais bonita naquela entrada sul da cidade das Caldas da Rainha”, declarou.

A câmara analisou o pedido da empresa Auto Júlio e considerou o relevante interesse socioeconómico do grupo empresarial com existência há 33 anos nas Caldas da Rainha, destacando os cerca de 350 postos de trabalho, “o que o torna um dos maiores empregadores do concelho”.

Foi também destacada a relevância das diversas áreas de negócio do grupo, que passam pelo comércio automóvel, combustíveis e lubrificantes, comunicações, seguros e área dos serviços energéticos.

O grupo é composto por treze empresas distribuídas por dez sectores de atividade, numa dinâmica que “ultrapassa já o interesse local e regional”.

Foi igualmente salientado o crescimento sustentado do volume de facturação, que ultrapassa já os 82,9 milhões de euros.

A primeira comissão deliberou desenvolver as diligências necessárias e possíveis para que, no mais rápido espaço de tempo se encontre uma solução que permita adequar o PDM com as “necessidades de desenvolvimento da empresa”.

O grupo Auto Júlio manifestou, em carta dirigida ao presidente da Câmara, que “corremos o risco de não conseguir satisfazer eficazmente o nosso mercado”.

Não querendo seguir o mesmo caminho dessas empresas que interrompem o seu ciclo de crescimento, entrando numa fase descendente, a administração da empresa expressou o interesse em ficar nas Caldas, “mas sem a construção de novas instalações mais modernas e adaptadas ao nosso negócio, torna-se um desiderato inalcançável”.

Alteração do PDM para licenciar obras da Ivo Cutelarias

Nesta sessão da Assembleia Municipal também foi aprovada por unanimidade a alteração pontual do PDM para a conclusão e licenciamento das obras iniciadas pela empresa Ivo Cutelarias, também com declaração de interesse público municipal.

Tinta Ferreira explicou que é uma empresa de Santa Catarina que “lançou um conjunto de construções que não estão licenciadas”. Apesar do autarca achar que a empresa não “deveria ter iniciado as obras sem o licenciamento”, manifestou a necessidade de “complementar a alteração do PDM e acompanhar este processo dado ser uma empresa de grande exportação no concelho”.

José Carlos Abegão, deputado do PS, pediu à Câmara que “resolva de uma vez o problema do PDM, tendo em conta a economia do concelho, que é fundamental para o seu desenvolvimento”.

O deputado do CDS-PP, Duarte Nuno, sublinhou que “todas as empresas devem ser tratadas de igual e abrindo um precedente para uma tem que se abrir para todas”.

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