Afonso Clara, presidente da junta, transmitiu essa informação na última reunião da Assembleia Municipal de Peniche, onde foi aprovado um voto de pesar pelo falecimento da menina.
Se vier a ser construído a intenção é que “seja simples e sobretudo que sirva como mensagem para que não se repitam no futuro casos como aquele, que chocou muito o concelho e em particular a vila de Atouguia da Baleia”, declarou.
A criança foi assassinada quando passava uma temporada na casa do pai e da madrasta.
Numa entrevista à SIC, a mãe da menina, Sónia Fonseca, resolveu falar publicamente pela primeira vez sobre a morte da filha, quase dois meses depois do homicídio. Disse que a última vez que falou com a filha foi no Dia da Mãe, a 3 de maio, três dias antes do crime. “Disse-me que estava tudo bem. Perguntei-lhe se queria que fosse buscá-la para passar um tempo em casa e ela respondeu que não. Que estava tudo bem, que estava a portar-se bem”, declarou.
Sónia Fonseca contou que Valentina costumava sair feliz de casa do pai e perguntava sempre quando regressava. “Dizia-me que em casa do pai tinha os manos [rapaz de doze anos, filho da madrasta, e duas meninas, uma de quatro anos e outra de sete meses, filhas do casal], ia à praia com o pai e tinha a ‘minha Márcia’ [a madrasta]. Ela afirmava que tinha duas mães”, recordou Sónia Fonseca, que transmitiu as suas suspeitas sobre o motivo pelo qual a menina foi morta: “Penso que foi alguma coisa que ela viu e que ele [o pai] com medo que ela dissesse alguma coisa, calou-a”.
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