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PATO promove conservação de escaravelho vaca-ruiva

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A Associação de Defesa do Paul de Tornada - PATO vai dinamizar nos concelhos das Caldas da Rainha e Óbidos uma campanha de sensibilização focada na conservação da vaca-ruiva, um escaravelho da fauna da região.
Este escaravelho tem um papel fundamental na natureza, pois faz a reciclagem dos nutrientes do solo

A campanha começará nesta quarta-feira, dia 1 de julho, e decorrerá durante todo o verão, enquadrando-se num projeto à escala nacional – Projeto Vacaloura.pt – sendo a PATO a embaixadora local.

Até final de setembro, o Projeto Vacaloura.pt em conjunto com várias organizações embaixadoras, vão andar à procura de vacas-ruivas. É um escaravelho com populações localizadas que pode ser avistado na sua fase adulta apenas entre julho e setembro. Este escaravelho apresenta tons muito escuros, mede entre 3 e 4,5 cm, e tem sido associado principalmente a zonas com azinheiras e carvalhos-cerquinho, sendo facilmente reconhecido pelas suas mandíbulas em forma de pinça.

As vacas-ruivas podem encontrar-se apenas na Península Ibérica, sul de França e norte de África. Em Portugal, esta espécie tem sido observada desde Bragança até à península de Setúbal. Desde o início do projeto Vacaloura.pt foram realizadas pouco mais de 100 observações, muito poucas em comparação com as restantes espécies foco do projeto.

A melhor altura para fazer estas observações e seus registos começa agora. Os escaravelhos, como a vaca-ruiva, que se encontram na fase adulta, estão a sair cá para fora com o objetivo de se reproduzirem e dar origem às futuras gerações.

Quem avistar uma vaca-ruiva, pode tirar uma fotografia e efetuar o registo do seu avistamento em www.vacaloura.pt/participar-avistamento ou entrar em contacto direto com a PATO em http://www.associacao-pato.org.

Desde 2016, o projeto Vacaloura.pt tem unido esforços e incentivado a participação cívica para saber mais sobre os escaravelhos da família Lucanidae de Portugal, focando-se na vaca-loura (Lucanus cervus), o maior escaravelho da nossa fauna e uma espécie protegida, quase em risco de extinção.

Coordenado pela Associação Bioliving, em parceria com a Unidade de Vida Selvagem do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, com a Sociedade Portuguesa de Entomologia e com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, este é um projeto de ciência cidadã que visa compilar e organizar informação enviada por cidadãos sobre a distribuição e estado das populações destes escaravelhos em Portugal.

Mais recentemente expandiu a sua rede de embaixadores por todo o país, fortalecendo a ligação entre a comunidade científica e as comunidades locais na geração de conhecimento sobre estes pequenos seres alados tão pouco conhecidos. Tanto a vaca-loura como a vaca-ruiva são organismos decompositores de madeira morta e têm, por isso, um papel fundamental na natureza, pois fazem a reciclagem dos nutrientes do solo, promovendo a regeneração sustentável da floresta.

São ainda utilizados como um símbolo de toda a biodiversidade que depende de madeira morta nas florestas, representando 30% das espécies que vivem nas florestas em todo o mundo. Com a industrialização da floresta, não só estes insetos estão a perder habitat, mas também os ciclos naturais ficam em risco.

Ao saber onde e quantos destes escaravelhos existem, podem-se definir melhores medidas de conservação a ser implementadas, tendo impactos diretos em imensos organismos.

Conservar os lucanídeos é então ajudar a conservar toda a biodiversidade florestal.

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