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Entrevista ao presidente da Câmara do Bombarral, Ricardo Fernandes

“Apelo aos bombarralenses para manterem um comportamento adequado à pandemia”

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O Bombarral celebra o seu feriado municipal no dia 29 de junho, pretexto para uma entrevista sobre o concelho com o presidente da Câmara, Ricardo Fernandes.
O presidente da Câmara, Ricardo Fernandes, espera festejar o feriado municipal em 2021 sem as restrições deste ano por causa da Covid-19

JORNAL DAS CALDAS: 2020 está a ser um ano muito atípico por via da pandemia da Covid-19. De que forma é que este enquadramento alterou a ação do Município?

Ricardo Fernandes: Sem dúvida. Esta nova realidade mundial veio alterar em muito aquela que vinha sendo a ação não só do Município, mas também da sociedade e do tecido empresarial duma forma geral. O país vinha demonstrando um desempenho económico-financeiro com alguma consistência, o turismo vinha em crescendo, e tudo levaria a crer que 2020 seria um excelente ano para o país, para o Oeste e obviamente para o Bombarral.

Toda esta harmonia foi quebrada por um vírus que já demonstrou não reconhecer as fronteiras, géneros, raças ou classes sociais. Nesse sentido, a ação do Município passou a ser alicerçada nas orientações que têm vindo a ser emanadas das diversas autoridades e do Governo. Desde cedo, concretamente a 16 de março, que foi ativado o Plano Municipal de Emergência, e a partir daí foram delineadas diversas ações, algumas das quais decididas e aplicadas ao nível da região Oeste. Fomos acompanhando as fases de confinamento, e posteriormente de desconfinamento, de acordo com as orientações que iam saindo dos Conselhos de Ministros com as implicações que foram conhecidas em todo o país.

Foram implementadas medidas de apoio às famílias e empresas. Começaram-se a desinfetar os espaços públicos um pouco por todo o concelho, distribuíram-se máscaras gratuitamente à população, adaptaram-se os serviços de atendimento aos Munícipes, reforçando com linhas telefónicas dedicadas às componentes de auxílio às pessoas em diversos domínios. Continuou-se a garantir refeições aos alunos com escalão que o solicitaram mesmo não havendo aulas presenciais, e com a colaboração do agrupamento de escolas identificaram-se os alunos que não tinham condições para usufruírem do ensino à distância tendo o Município adquirido tablets e pacotes de dados para permitir que todos pudessem estar em pé de igualdade.

Estas são algumas das ações que, complementadas com outras ao nível da OesteCIM, foram implementadas e ajustadas com o decorrer do tempo e que demonstram como grande parte da atividade do Município passou a estar condicionada por este vírus.

JC: E em termos de obras, têm conseguido cumprir o que estava planeado para o mandato?

RF: Não estaria a ser correto se dissesse que tudo o que estava planeado já está executado ou em execução. Já concretizámos ou estamos a finalizar algumas obras, como o Mercado Municipal, a Rua do Comércio, a renovação dos sanitários e zona de secretariado da Mata Municipal, a reabilitação do Centro Coordenador de Transportes, entre outras. Obras mais estruturantes como a reabilitação do antigo IVV (1ª fase), reabilitação do Palácio do Gorjão, reabilitação da ligação pedonal entre o centro da vila e a zona das escolas, a substituição da cobertura do pavilhão municipal, irão arrancar entre o último trimestre deste ano e o primeiro trimestre do próximo ano.

JC: O setor do turismo foi um dos mais afetados, no entanto, espera-se que possa também ser uma alavanca para a recuperação económica. Como se posiciona o Bombarral no contexto do Oeste neste domínio?

RF: Efetivamente o setor de turismo, tendo sido um dos setores mais prejudicados, pode ser também aquele que mais rapidamente pode contribuir para a recuperação económica. Disso muito vai depender a evolução epidemiológica e a confiança das pessoas nos destinos. Aqui é muito importante a ação dos vários agentes no terreno, na implementação dos seus planos de contingência, e na adaptação do seu produto turístico à nova realidade. O Bombarral em termos turísticos possui, por um lado, um grande potencial de turismo de natureza, o que pode ser uma mais valia neste contexto de pandemia, por outro, temos no nosso território um foco de atração, o Budda Eden, que requer já uma adaptação às novas exigências sanitárias. Setores como o Enoturismo, que estão em franco desenvolvimento, ou vertentes mais ligadas ao Património e Cultura, terão de fazer um esforço suplementar de adaptação de modo a transmitir segurança aos visitantes.

JC: Que impacto tem tido a pandemia no Orçamento da Câmara?

RF: Como é lógico tivemos de redirecionar algumas das verbas, nomeadamente as que estavam mais ligadas aos eventos, para uma nova rubrica criada para ações no âmbito da Covid-19. Neste momento ainda é prematuro avançar com valores, mas a questão da pandemia já nos levou a despender largas dezenas de milhares de euros para mitigar os efeitos do novo coronavírus. No entanto, há que referir que a Câmara Municipal tem uma situação financeira bastante estável e uma capacidade de endividamento considerável pelo que não está em causa a sustentabilidade da autarquia, ainda que tenha de haver alguma redefinição das prioridades.

JC: Que mensagem gostaria de deixar aos bombarralenses nesta altura em que se comemora mais um aniversário do concelho?

RF: Gostaria de deixar duas palavras, por um lado, um apelo para que os bombarralenses continuem a manter um comportamento adequado às restrições que esta pandemia nos coloca e que não baixem a guarda na luta contra este inimigo invisível. Por outro, uma palavra de esperança de que esta situação possa passar rapidamente, deixando o mínimo de mazelas possível, e que daqui um ano possamos estar a fazer um balanço de todas as coisas boas que, entretanto, foram possíveis concretizar contribuindo para a história deste concelho de 106 anos, que é o nosso Bombarral.

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