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Petição online quer a contratação de mais médicos para o Serviço Nacional de Saúde

Marlene Sousa

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Estão a ser recolhidas assinaturas online numa petição pública que nasceu nas Caldas da Rainha para melhorar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), exigindo ao Governo a necessidade de “reanimar o SNS”.
Mara Marques, especialista em Medicina Geral e Familiar nas Caldas, é uma das médicas envolvidas na criação e dinamização da petição

Duas médicas, Mara Marques, especialista em Medicina Geral e Familiar (MGF) numa unidade de saúde nas Caldas da Rainha, e Liliana Geraldes, médica de família no Aces Pinhal Litoral, criaram a petição a exigir “a contratação de mais profissionais através de concursos públicos”, iniciativa que visa pressionar o Governo a dar resposta à situação “calamitosa” vivida pelos profissionais de saúde.

Intitulada “Reanima o teu SNS”, a petição necessita de quatro mil assinaturas para ser discutida no Parlamento.

Foram criadas páginas nas redes sociais (facebook e instagram) onde as pessoas podem assinar. “Precisamos da assinatura de todos aqueles que beneficiam do SNS para conseguirmos pedir à Assembleia da República as medidas necessárias para assegurarmos cuidados condignos à população, reduzirmos os tempos de espera para consultas e cirurgias e termos profissionais saudáveis a cuidar dos portugueses”, diz a petição.

O link para a assinatura da petição é https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=REANIMAOTEUSNS.

Esta ação simbólica quer o reforço urgente do “número de médicos no SNS”, porque segundo o documento “estão em falta cinco mil, já desde antes da pandemia”.

O texto que suporta esta petição online defende a “redução do número máximo de utentes por médico de família”, impondo os “valores pré Troika que tinham o máximo 1550, ao contrário dos valores exorbitantes pós Troika e ainda atuais, máximo 1900”.

O objetivo é “diminuir tempos de espera, que já eram inaceitáveis antes da Covid-19 e que agravaram ainda mais com a pandemia”, lê-se no texto, acrescentando a necessidade de “proteger os médicos da violência do desespero da população, que tende a atribuir aos próprios cuidadores a culpa de tempos de espera demorados”.

Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS, a médica de família nas Caldas salienta a necessidade urgente de “contratar mais médicos de família para que todos tenham a acessibilidade desejada nos cuidados primários”.

Mara Marques defende “profissionais saudáveis para poderem prestar cuidados nas melhores condições que os utentes merecem, sem o elevado risco de erro médico a que estão sujeitos por médicos exaustos ou doentes”.

Os peticionários alegam que é necessário proteger os profissionais de saúde do “burnout e da depressão (que mais de metade dos médicos sofre), garantindo tempos mínimos de descanso e qualidade de tempo familiar fora do horário de trabalho. Garantindo tempo de estudo dentro do horário de trabalho para manter cuidados atualizados”.

As médicas pretendem que seja atribuído aos profissionais de saúde “o estatuto de desgaste rápido e subsídio de risco”.

A petição online defende ainda “igualar a obrigatoriedade de horas extraordinárias para todos os médicos às 150 horas como a restante função pública”. “Os médicos com contrato em funções públicas são os únicos com obrigatoriedade de 200 horas. Devem também as horas extraordinárias serem contabilizadas para o tempo de reforma”, refere o documento.

A petição online nasceu no meio da pandemia porque “os problemas já previamente existentes no SNS chegaram a um ponto insuportável de resposta médica às necessidades da população”, afirma Mara Marques, acrescentando que “tornou-se por isso imperativo agirmos agora, dado que a situação crítica do SNS pode tornar-se irreversível”. Aliás, é uma “altura em que as pessoas estão sensíveis em relação aos profissionais de saúde que se reinventaram para enfrentarem a Covid-19 pelas vidas de todos nós”, adianta.

Mara Marques considera que “há uma desvalorização da classe médica pelo Governo”, que em vez de “investir tem desinvestido”.

Como especialista em Medicina Geral e Familiar depara-se com “queixas dos utentes que não têm médico de família”. Também considera que quinze minutos é “muito pouco para a maioria das consultas”.

A médica das Caldas defende também a contratação de “mais médicos especialistas”. No entanto, alega que para isso possa acontecer é fundamental também “aumentar o número de vagas de acesso à especialidade”. “Atualmente a pessoa acaba o curso de medicina, faz o seu internato do ano comum e depois nem sempre tem acesso a iniciar a formação específica numa especialidade. Estes colegas ou optam por emigrar para terem acesso a uma especialidade ou então apenas lhes restará serem médicos indiferenciados, ou seja, sem qualquer especialidade, muitos a fazer urgências como “médicos tarefeiros” e isso não é aumentar a qualidade do nosso SNS”, manifesta.

A médica já tem o “apoio de centenas de profissionais de saúde que estão connosco porque com estas medidas todo o SNS sairá a ganhar (utentes e médicos)”.

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