Depois do encerramento desta e outras unidades do género no país devido à pandemia de Covid-19, a Direção-Geral da Saúde (DGS) lançou no passado fim-de-semana uma orientação para os estabelecimentos termais.
Os procedimentos vão agora constar de uma ação de formação dos colaboradores do Hospital Termal, para voltar a funcionar. Na próxima semana deverão começar as consultas, seguindo-se os tratamentos.
A Associação das Termas de Portugal congratula-se com o anúncio da reabertura da atividade termal no país,
“Era uma medida que esperávamos há muito. Temos 46 estabelecimentos termais disponíveis para funcionar, dos quais dois – São Pedro do Sul e Chaves – já reabriram. As restantes Termas estão a cumprir o seu plano de análise bacteriológico, solicitado pela DGS, para que possam reabrir durante as próximas semanas”, sublinhou Victor Leal, presidente da Associação das Termas de Portugal.
“As termas portuguesas já têm protocolos de higiene, de limpeza e de controlo bacteriológico muito apertados. O que fizemos foi adaptar os protocolos que já temos a esta nova realidade. Entre outras medidas, adotámos medidas como higienização das mãos, medição de temperatura a clientes e a funcionários, tapetes desinfetantes e menor carga nos edifícios para ter maior espaçamento”, explicou.
Victor Leal acredita que, apesar da crise provocada pela pandemia, as Termas têm condições para encarar o futuro com otimismo: “Antes da pandemia, o ano de 2020 estava a ser muito positivo para a atividade termal, com crescimento na ordem dos dois dígitos e muitos agendamentos de termalistas. Nas próximas semanas acreditamos que a retoma seja real, apesar de sabermos que as pessoas precisam de tempo para ganhar confiança”, acrescenta.
A mesma opinião é partilhada por Adriano Barreto Ramos, coordenador do consórcio Termas Centro, que reúne 20 estâncias termais da região Centro, entre as quais a das Caldas da Rainha.
“Desde a primeira hora da epidemia que as estâncias termais se prepararam para estar à altura das exigências de segurança impostas por esta situação nova”, destacou.
“As estâncias termais sempre mantiveram o máximo cuidado relativamente às condições de higiene e de segurança das suas instalações. É uma preocupação inerente à atividade termal, que não começou agora. Por isso, podemos assegurar a todos os que nos procuram que o poderão fazer com toda a confiança e garantias”, acrescentou o mesmo responsável.
Entre as medidas de segurança adicional estipuladas para esta fase, constam a admissão apenas de termalistas de baixo risco e sem sintomas de infeção pelo novo coronavírus e a criação de zonas de isolamento. Terá de ser feita uma triagem prévia não presencial antes das consultas ou tratamentos. Garantir uma ventilação adequada de todos os espaços, reforçar a limpeza e desinfeção das instalações, assegurar um distanciamento de dois metros entre os aquistas e organizar horários e circuitos de forma a evitar o cruzamento entre pessoas são outras das determinações da DGS.
As termas disponibilizarão uma solução de base alcoólica e máscaras cirúrgicas aos utentes, assim como os lençóis, toalhas e roupões utilizados nos tratamentos e cobre-sapatos ou chinelos de uso único e exclusivo. As máscaras devem ser usadas dentro de todo o espaço termal, podendo ser removidas no gabinete de consulta e no decorrer dos tratamentos termais. A verificação de algum dos sintomas sugestivos de Covid-19 implica a suspensão do tratamento.
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