Tratou-se da concretização de uma formalidade relacionada com o processo tutelar das duas meias-irmãs da criança assassinada.
A diligência judicial serviu para transmitir a Sandro Bernardo, de 32 anos, o impedimento de exercício do poder paternal e as providências necessárias à defesa dos três menores meios-irmãos da criança morta a 6 de maio deste ano em Atouguia da Baleia, Peniche.
Só dois são filhos em comum do casal que está preso – duas meninas, de quatro anos e de oito meses. O outro menor, filho da madrasta de Valentina, Márcia Bernardo, de 38 anos, é um rapaz de doze anos. Os três estão por agora a viver com familiares.
Nesta deslocação ao Juízo de Família e Menores do Tribunal das Caldas da Rainha apenas acompanharam o pai de Valentina os guardas da cadeia de Lisboa onde Sandro se encontra em prisão preventiva.
Ao contrário do que se passou no Tribunal de Leiria, no qual decorre o processo relacionado com o homicídio e onde estava à sua espera uma multidão enfurecida, esta formalidade judicial passou despercebida. Foi uma diligência rápida e sem qualquer aparato.
Sandro entrou discretamente por uma porta traseira do tribunal das Caldas da Rainha e não chegou a cruzar-se com utentes. Em poucos minutos regressou à cadeia, para continuar à espera do julgamento pelo homicídio, o que só deverá ocorrer em 2021.
O crime teve lugar quando Valentina estava a passar algumas semanas na casa do pai e da madrasta. O corpo da menina seria encontrado num pinhal tapado com arbustos, local agora preenchido com mensagens, balões, flores e peluches em homenagem à criança.
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