A participação e contributo através dos seus tratamentos acontece no âmbito de um consórcio composto por entidades do sistema nacional de saúde, científico e empresarial, no âmbito do qual a CellmAbs obteve um financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia tendo em vista a realização de vários ensaios colaborativos. “Um exemplo claro de como as empresas, as universidades e entidades do Serviço Nacional de Saúde conseguem trabalhar com uma enorme sinergia”, aponta Nuno Prego Ramos, CEO da biofarmacêutica.
Apesar de focada no desenvolvimento de tratamentos inovadores na área da oncologia, as terapêuticas que têm vindo a ser trabalhadas pela CellmAbs “têm como alvo principal um subconjunto específico de estruturas moleculares aberrantes que existem apenas nas células cancerígenas e, coincidentemente, em alguns vírus como o SARS-CoV-2”.
“No seguimento das recentes evidências científicas que demonstram que estas estruturas expressas no vírus podem ser um bom alvo para um anticorpo neutralizador, a CellmAbs decidiu realizar uma prova de conceito com um dos seus anticorpos com o vírus. Os resultados obtidos foram muito promissores, tendo revelado uma excelente capacidade de neutralização do vírus SARS-CoV-2. Acreditamos que será possível concluir um plano de desenvolvimento que permita iniciar os ensaios clínicos em humanos no espaço de oito a dez meses”, explica Nuno Prego Ramos.
A esperança é a de que “esta nova terapêutica possa revelar uma maior eficiência, melhorar a qualidade de vida dos pacientes e os resultados em saúde, reduzindo a pressão nos hospitais públicos devido a hospitalizações ineficazes/prolongadas dos pacientes infetados, e aliviando o peso individual e socioeconómico desta pandemia”.
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