O JORNAL DAS CALDAS esteve na praia fluvial de Salir do Porto e falou com Arnaldo Custódio, presidente da União das Freguesias de Tornada e Salir do Porto, que revelou que “como já é habitual a praia fluvial não vai ter concessionário nem nadador salvador”. O autarca refere que esta zona balnear deve seguir os mesmos critérios que estão a ser aplicados nas praias da linha costeira.
O autarca mostrou-se confiante no controlo de banhistas no acesso à praia no atual contexto da pandemia de Covid-19. “A grande parte dos veraneantes que nos procura atravessa o passadiço e vai para a praia de São Martinho do Porto”, disse Arnaldo Custódio, assegurando que “vamos acompanhar por perto como já fazíamos nos anos anteriores”. “Ainda que não nos sejam atribuídas tarefas de fiscalização, a equipa da união de freguesias, em coordenação com a Câmara Municipal e Proteção Civil, vai fazer com que o acesso à praia corra bem”, adiantou.
O autarca considera que não há motivo para dramatizar e apela ao “bom senso das pessoas e que cumpram as regras”. Referiu que nos dois fins-de-semana passados, em que tem estado bom tempo, “tenho tido a preocupação de andar pela praia de Salir do Porto e verifiquei que as pessoas têm cumprido com as regras de distância”. Segundo este responsável, há famílias que estão juntas, mas não se tem verificado “incumprimento às regras”.
Quanto à reabertura da piscina ao ar livre de Salir do Porto com vista para a praia fluvial, o presidente da União de Freguesias diz que ainda não tem informação oficial, mas que deve também “estar sujeita, ainda que com adaptações, às regras de ocupação e utilização das praias durante a época balnear”. “Vamos criar condições de segurança com a autarquia para que funcione com todas as regras de segurança definidas pelo Ministério do Ambiente e pela Direção-Geral da Saúde (DGS)”, contou.
Bar das Piscinas mantém número de lugares na esplanada
Depois de cerca de dois meses com as portas fechadas por causa da pandemia, e em regime de lay-off, o Bar das Piscinas de Salir do Porto voltou a reabrir no passado dia 18, com medidas de segurança redobradas e sem lugares no interior do estabelecimento. “Devido à situação e com o bar fechado, não tive outra opção se não recorrer ao lay-off”, frisou o responsável pelo espaço, Luís Pires, que colocou os seus três funcionários em regime de lay-off simplicado.
Apesar do período “difícil”, o proprietário do bar voltou a reabrir o espaço mas com “algumas mudanças, que implicam um certo investimento da nossa parte, visto que só na semana passada gastei sete litros em desinfetante”.
Além de ter retirado todas as mesas da parte interior do café, o responsável optou por colocar proteções em acrílico no balcão, sinalética no chão a identificar o distanciamento entre clientes, um dispensador de solução à base de álcool junto da entrada para que os clientes façam a higienização das mãos, um circuito de entrada e saída para os clientes, de modo a evitar cruzamentos, o uso da máscara como regra obrigatória dentro do espaço e adquiriu tabuleiros para que cada cliente leve o seu pedido para a esplanada.
“Nos dias de mais movimento também estamos a tentar que os clientes paguem primeiro antes do serviço, havendo assim só uma pessoa destacada para receber o dinheiro”, sublinhou Luís Pires.
Entre clientes, “tudo é desinfetado e higienizado”, estando uma pessoa destacada para esse serviço, bem como para a recolha dos tabuleiros. “É claro que este tipo de solução acaba por prejudicar o serviço, pois antes podia servir cinco cafés ao mesmo tempo e agora não”, indicou o responsável pelo bar, que também optou por manter o número de lugares que tinha anteriormente na esplanada, tendo capacidade para atender até 120 pessoas. “Não reduzi o número de lugares na esplanada, porque felizmente temos área suficiente para manter as mesas com o devido distanciamento entre elas”, referiu Luís Pires, que já colocava as mesas com dois metros e meio de distância.
O espaço ainda decidiu não apostar no serviço de take-away, como a maioria dos cafés e restaurantes. “Quando abrimos decidimos manter o serviço como estava, não apostando na confeção de petiscos para fora”, esclareceu o responsável, adiantando que nestas duas últimas semanas a procura, que foi mais elevada do que era esperado pelo concessionário, tem sido pelos cafés, gelados e cervejas.
Apesar de haver pessoas “ainda com algum receio”, Luís Pires frisou que “a grande maioria já sentia saudades de vir até à esplanada para beber um café e a semana passada mostrou bem isso”.
Aberto todos os dias, das 08h00 às 20h00, o Bar das Piscinas de Salir do Porto vai continuar a ser exigente com o respeito de todas as normas impostas pela DGS, de modo “a manter a segurança de todos”. Por isso, “não será permitido juntar mesas, clientes descalços ou sem t-shirts, e estes terão de aguardar pela desinfeção das mesas”. De acordo com o responsável, “neste momento existe um pouco de tudo, havendo os que conhecem e respeitam as normas impostas pela DGS nos espaços de lazer, e outros que simplesmente sentam-se sem respeitar”.
Com a pandemia, o espaço teve de adiar os “sunsets” que tinha programados para o verão, ficando assim para o próximo ano, e ainda está a aguardar por uma decisão da Câmara e da Junta de Freguesia, relativamente à reabertura das piscinas de Salir do Porto, do qual detém a concessão.
0 Comentários