O novo estabelecimento é um projeto de Rita Ferreira, Maria da Conceição Ferreira, Ana Flores e Nélio Brandão, que depois de vários anos à frente do restaurante “O Transmontano”, na Figueira de Castelo Rodrigo, na Beira Transmontana, decidiram apostar no negócio nas Caldas da Rainha.
Foi há um ano que mudaram para as Caldas e abriram o restaurante na Cidade Nova, mas tiveram uma “tremenda infelicidade porque devido à pandemia provocada pela Covid-19” viram-se forçadas a encerrar “um projeto que já estava a ser um sucesso”.
No entanto, surgiu um espaço maior com esplanada na Rua António Oliveira nº 40, Fração N, na Zona Industrial. “Mudámos porque aqui temos melhores condições e temos estacionamento à porta”, disse Rita Ferreira.
Esta família migrou em finais de agosto para as Caldas, depois de ter fechado o restaurante em Figueira de Castelo Rodrigo. “O mercado lá está muito estagnado, devido ao despovoamento e a desertificação do interior e resolvemos vir para cá porque aqui sempre há mais população e tínhamos cá amigos”, contou Rita Ferreira.
A empresária contou que é amiga do juiz desembargador Carlos Querido, que há 30 anos era cliente habitual do seu restaurante na Beira Transmontana. “Eu é que lhe indicava os pratos e ensinei-o a comer o requeijão com doce de abóbora e canela, porque ele comia com sal e pimenta”, referiu.
Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS Carlos Querido recordou que a sua primeira comarca foi Figueira de Castelo Rodrigo, “onde estive sozinho, longe da família”. “Havia lá um restaurante onde almoçava e jantava todos os dias. As senhoras do restaurante adotaram-me, apaparicavam-me, estragavam-me com mimo”, contou. Depois foi passando por várias comarcas e afastou-se “durante alguns anos”. “O interior está a morrer, particularmente na zona da Raia e, para meu enorme espanto, um dia as tais senhoras apareceram-me à porta a dizerem que tinham mudado para as Caldas onde iam abrir um restaurante – Pinga & Conduto”, explicou o juiz desembargador.
A famosa vitela à mineiro
O menu do Pinga & Conduto assenta na cozinha tradicional portuguesa, de forte inspiração beirã, destacando-se a Vitela à Pinga. “Era uma receita da minha mãe que se chamava vitela à mineiro, com o qual ela chegou a ir várias vezes a um programa de televisão fazer este prato”, referiu a responsável.
Ana Flores é a cozinheira. Fez a sua formação na Escola de Hotelaria do Fundão e trabalhou 11 anos no grupo Pestana, onde foi chef de cozinha. A sua carreira levou-a a Guimarães, Algarve, Açores, tendo trabalhado na pousada da Serra da Estrela.
Uma diária neste estabelecimento custa 7,50 euros e inclui pão, azeitonas, manteiga, sopa, prato principal, bebida e café e por mais um euro a sobremesa. “Todos os dias temos três pratos de carne diferentes e um de peixe”, indicou a chef, destacando também o arroz serrano, o polvo com cebolada de chouriço, batata doce e abóbora e ainda a posta serrana, choquinhos grelhados e o bacalhau à brás.
Da parte da tarde há uma diversa carta de petiscos (caracóis, preguinhos, pica-pau à pinga, moelinhas, entre outros).
O espaço tem uma vasta carta de vinhos, dando destaque aos da Adega de Figueira de Castelo Rodrigo.
Existe serviço de take away e o horário neste momento é o seguinte: almoços das 12h00 às 15h00 e petiscos a partir das 16h00. Ao longo do mês de junho deverá retomar a carta de jantares.
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