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Quarenta espaços comerciais das Caldas têm selo de confiança

Marlene Sousa

EXCLUSIVO

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A Associação Empresarial dos Concelhos das Caldas da Rainha e Oeste (ACCCRO) entregou, na passada quinta-feira, aos primeiros 15 estabelecimentos comerciais aderentes, um selo com as palavras “Aqui é à Confiança”.
O Maratona foi o primeiro estabelecimento a receber o selo “Aqui é à Confiança”

O dístico que foi colocado na porta ou na montra de cada loja, destina-se a relançar o comércio tradicional, demonstrando assim que aquele estabelecimento dá a garantia do cumprimento de todos os requisitos sanitários para evitar o contágio do novo coronavírus.

O selo, que é certificado por uma empresa de higiene e saúde no trabalho, foi lançado no dia 21 de maio e já cerca de 40 empresários o solicitaram através do endereço www.caldasrainhadocomercio.pt/formulario.

Para os associados da ACCCRO o selo é gratuito e para os outros espaços que não são sócios tem um custo de vinte euros.

Comprometido com um serviço de excelência, o comércio tradicional, segundo Luís Gomes, presidente da ACCCRO, tem agora um novo desafio: “Reforçar a confiança dos consumidores e atrair mais pessoas para o comércio local, onde poderão efetuar as suas compras de forma segura”. “Ao entrarem num estabelecimento comercial nas Caldas da Rainha que ostente este dístico, os clientes sabem previamente que estão assegurados os procedimentos mínimos de higiene e segurança, fundamentais para reduzir a propagação do novo coronavírus”, indicou o responsável.

Luís Gomes acredita que o “pior já passou, mas é absolutamente imperioso que a montante e a jusante exista confiança”. “Dar este passo é em nosso entender decisivo para acelerar a retoma económica”, salientou.

A medida é apadrinhada pela autarquia. “A retoma do sector do comércio e turismo é determinante para a atividade económica das Caldas, conhecida por ser um “centro comercial a céu aberto”, além da grande procura turística” afirmou o presidente da Câmara.

“Cidade não tem nenhum infetado com Covid-19”

Para Tinta Ferreira o slogan escrito no selo “Aqui é à Confiança” foi muito bem escolhido porque “é uma frase antiga que se utilizava nos estabelecimentos comerciais e acho que no meio das incertezas serve para que as pessoas venham ao concelho e se sintam seguras”.

O autarca revelou que neste momento “o núcleo urbano da cidade não tem nenhum munícipe ativo com a Covid-19, e as freguesias do concelho tem três pessoas infetadas”.

No entanto, apela para que “todos utilizem máscara e tenham cuidado com o distanciamento social”.

Empresários lutam contra receios dos clientes

José Elói, proprietário do Maratona, Restaurante Café Esplanada, espera que a iniciativa da ACCCRO “signifique o voto de confiança perante as pessoas, porque estamos a sentir alguma dificuldade devido à insegurança da população”. Deu o exemplo de “uma “pessoa que por messenger marcou uma mesa e logo a seguir cancelou porque o marido não queria”. “Neste momento o importante é transmitir segurança e tirar o medo aos clientes e assumir cada vez mais as nossas rotinas”, apontou.

O empresário diz que a procura tem sido praticamente toda para o exterior e que a esplanada está limitada a uma capacidade de 50%, com cerca de 30 lugares, devido ao distanciamento obrigatório.

José Elói não está a “criar demasiadas expetativas”, admitindo que “está difícil” porque estão a trabalhar com “50% da lotação e entre os 25% a 35% do que seria a nossa faturação normal por esta altura”, informou.

O responsável optou por para já ainda não reabrir o Prontos. No entanto, começou a funcionar no passado fim de semana o seu restaurante em São Martinho do Porto, o “Taberna Marginal”.

Francisco Vogado, proprietário da Vogal Papelaria Técnica, comentou que “a nossa expetativa é que com este selo os estabelecimentos das Caldas se possam relançar como seguros”.

“Condicionando a abertura das lojas a uma certificação, dependente de protocolos de limpeza, higienização, segurança e proteção de trabalhadores e clientes, estamos a dar um sinal de confiança aos consumidores”, salientou.

O empresário referiu que “tivemos a sorte de estarmos abertos durante todo este período, portanto, em termos de vendas não tivemos grandes problemas, nomeadamente na venda de tabaco, mas não é aí que vamos buscar margens para nós”. Na área de papelaria “acho que temos condições para melhorar”, adiantou.

Amador Fernandes, proprietário da Casa Fernandez, considera a iniciativa da associação comercial importante para que a “nível de retoma as pessoas voltem à rua, porque estamos a cumprir aquilo que é obrigatório”.

O empresário, um dos associados mais antigos da ACCCRO, teve que aderir ao regime de layoff na altura em que fechou o estabelecimento. Com três colaboradores, diz que “neste momento estamos a trabalhar a 50%”.

“Apesar de haver muita informação acho que as pessoas sentem mais segurança com o selo”, manifestou Margarida Fonseca, da Mercearia Pena

Já o ceramista Pedro Brás, proprietário do Farol, aderiu ao selo porque considera que as “pessoas têm muita falta de confiança e aquilo que precisam neste momento é sentirem-se seguras nos lugares onde podem fazer as suas compras”.

Pedro Brás abriu o estabelecimento a 18 de maio e o que nota é que “os clientes que vieram a este estabelecimento apareceram só para comprar quando antes havia pessoas a passear que vinham ver a loja”.

Igualmente presidente da Associação de Artesãos de Caldas da Rainha, disse que todos os eventos que tinham no verão foram cancelados. No entanto, revelou que já tiveram uma reunião com a Câmara Municipal que está a criar o site para os artesãos poderem vender online. “As plataformas de venda online são importantes para o futuro deste setor”, salientou.

“É fundamentalmente importante neste momento para criar credibilidade aos nossos clientes para se poderem dirigir aos estabelecimentos”, disse André Nogueira, responsável por uma ourivesaria na Rua das Montras, revelando que a afluência de pessoas tem estado a crescer gradualmente.

Paulo Santos responsável pelo Forno do Beco, salientou que como o slogan do selo diz, é de preciso “gerar confiança no cliente neste momento de aflição para todos”.

A Casa Antero também recebeu o certificado de confiança e para Paulo Feliciano, responsável pelo espaço, a iniciativa da associação comercial é boa para dar segurança às pessoas. O seu estabelecimento nunca fechou, funcionando com o takeaway, o que segundo o responsável, correu bem. “Abrimos a esplanada e acho que os clientes estão a voltar gradualmente”, indicou Paulo Feliciano, considerando que “tem que ser um dia de cada vez”.

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