A aprovação de um fundo de emergência capaz de fazer face aos efeitos causados pela atual situação de pandemia, o reconhecimento das profissões ligadas à cultura e a criação de um estatuto que garanta uma proteção eficaz a quem trabalha neste setor são algumas das reivindicações que estão na base desta vigília, que nas Caldas da Rainha foi realizada junto à Câmara Municipal, onde ao longo do dia 45 intervenientes seguraram em cartazes com a frase “#VigiliaCulturaeArtes – E se tivéssemos ficado sem cultura?”.
“Temos um registo de trabalho super intermitente e se não tivermos a nossa atividade diária não recebemos. Precisamos mesmo do estatuto de trabalhador da cultura e queremos políticas culturais dignas que nos permitam trabalhar”, manifestou a atriz caldense Tânia Leonardo, elemento da organização do evento.
Os profissionais da cultura sustentam que a pandemia Covid-19 agravou a precariedade da sua situação. “Esta situação de calamidade veio tornar carne viva o que estava só em chagas. É bom que as pessoas entendam que os profissionais da cultura neste momento estão sem rendimentos e sem local disponível para poder trabalhar. Estamos a falar de técnicos, músicos, bailarinos, atores, entre outros”, sublinhou, questionando: “Fazemos serviço público. O que é um país sem cultura?”.
Esta vigília cumpriu as normas de segurança em vigor. Para além do distanciamento social, foi usada máscara e os cartazes empunhados eram devidamente higienizados após troca de mãos.
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