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Preocupação com os “quilinhos” ganhos na quarentena

Marlene Sousa

EXCLUSIVO

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A rotina alimentar de muitas pessoas está diferente no período de quarentena e de distanciamento social. Diminuição da atividade física, teletrabalho, despensas cheias e à disposição, tiveram consequências na balança.
Já antes da pandemia a médica Mara Marques fazia videoconsulta para perda de peso

Mara Marques, médica do Centro de Saúde das Caldas da Rainha, que tem ajudado muitas pessoas a perder peso de uma forma saudável e duradoura, disse ao JORNAL DAS CALDAS que o ganho de peso “era previsível em contexto de ansiedade e de gasto limitado de energia”.

“Agora que se começa um pouco a tentar voltar às “rotinas” surge a preocupação dos “quilinhos” ganhos na quarentena resultantes quer do sedentarismo quer de eventuais escolhas alimentares menos acertadas”, adiantou.

“Mais tempo em casa significa mais tempo dedicado à preparação das refeições, mas também mais ocasiões para petiscar alimentos menos acertados”, explicou Mara Marques.

A médica admitiu que os “tempos de confinamento alteraram as rotinas alimentares e houve em muitas pessoas de ambos os sexos que engordaram três a quatro quilos. “É uma realidade, estando eu muito dedicada a esta área tenho recebido muitas solicitações de apoio nesse sentido”, relatou.

A médica, que dá consultas presenciais na clínica Espaço Energia, nas Gaeiras, e videoconsultas que podem ser marcadas através do Facebook (Dra Mara Marques), forneceu ao JORNAL DAS CALDAS dicas para comer bem sem engordar enquanto se está mais em casa.

“Um dos truques poderá ser manter bons níveis de hidratação ao longo do dia, beber sempre muita água, chá ou infusões (sem açúcar, claro), pois muitas vezes confundimos a sensação de sede com fome”, alertou.

Durante a quarentena as redes sociais têm partilhado inúmeras receitas de bolos. A médica disse que há receitas “mais saudáveis”, “nomeadamente quando se usa por exemplo courgette em substituição do eventual óleo, há também alguns que também usam vegetais como os espinafres”. No entanto, não fomenta nem incentiva o consumo desses bolos mais “saudáveis” porque a maioria vai ter sempre “farinhas, algum açúcar e será de igual forma aditivo”.

Face à eventual vontade de comer quando se acabou de almoçar ou jantar há pouco tempo, se for recorrente, Mara Marques aconselhou a analisar “se o que comemos foi uma refeição nutricionalmente adequada”. “É importante perceber se as nossas refeições são ricas em vegetais e fibras, por exemplo, e se não nos esquecemos de uma fonte de proteína, como carne, peixe ou ovos”.

A médica salientou que a ansiedade pode estar ligada à vontade de comer. “Devemos entender o que sentimos no momento para descobrir se a fome não é apenas o nosso estado emocional a querer preencher algum “vazio” que possamos estar a ter”, apontou.

A profissional de saúde não é “a favor de restrições, mas sim de comer bem”. “Para mim, a alimentação é um estilo de vida: comer bem, sem culpa, sem restrição, com prazer e respeitando sua fome, seu corpo e emoções”, referiu.

Segundo apontou, recentemente foram publicados alguns “estudos onde se demostra que a lipoinflamação, presente nos pacientes com obesidade, está relacionada com complicações graves por Covid-19”. “A lipoinflamação é responsável pela alteração e pelo desequilíbrio na resposta do sistema imunológico, tal como na síndrome metabólica”, explicou, acrescentando que “a obesidade conduz a uma forma invulgar de patogénese mediada por células T durante possíveis infeções”.

Não existe comprimido mágico para emagrecer

Agora que está a chegar o verão, há mais tendência para a dieta. A internet e redes sociais divulgam suplementos que dizem fazer milagres para emagrecer. A médica de medicina geral ressalvou os cuidados com uma má dieta ou suplementos que podem ser prejudiciais para a saúde.

“A maioria dos suplementos/drenantes/nutracêuticos” de venda livre não tem qualquer evidência científica da sua eficácia na perda de peso que afirmam conseguir”, alertou.

De acordo com Mara Marques, a grande maioria das dietas não precisa de suplementos, exceto a “dieta cetogénica”, essa sim “precisa de suplementação na grande maioria das vezes e deve ser sempre ter acompanhamento por um profissional de saúde, médico ou nutricionista”.

A profissional de saúde diz que não existem “milagres” para emagrecer. “Não existe um “comprimido mágico” que o faça. Perdemos peso se alterarmos o nosso estilo de vida, se comermos bem e fizermos exercício físico. Em suma, emagrecemos sempre que haja deficit calórico, ou seja, temos de consumir menos do que aquilo que gastamos. Só assim conseguimos eliminar as reservas de gordura que os excessos nos fazem acumular”, descreveu.

Segundo esta especialista, todas as dietas restritivas causam stress oxidativo, podendo levar à fome, o que provoca “muitas vezes a ansiedade e alterações do humor”. Contudo, existem tratamentos de exclusiva prescrição médica como é o caso da “Pronokal (PnK), no qual todos esses fatores estão controlados com o aporte de nutrientes e de suplementação adequados”.

“Neste momento é a única metodologia que garante uma qualidade da perda de peso (95% do peso perdido é de gordura) e que também trata a lipoinflamação, assegurando que o peso perdido não é recuperado posteriormente”, contou.

A “produção de corpos cetónicos, além de serem anorexigénicos (não temos sensação de fome), dão imensa energia e bem-estar”, referiu.

Método PnK eficaz

Mara Marques sublinhou que o método PnK é um tratamento para perda de peso com exclusiva prescrição médica, pobre em gorduras e hidratos de carbono e o único normoproteico (sem prejuízo da função renal ou hepática). É o único método que permite resolver a linpoinflamação porque tem patenteado a proteína DHA.

Trata-se de um método que tanto pode ser aplicado a perdas de peso importantes como também para pessoas que não tendo obesidade ou excesso de peso importante queiram melhorar a sua composição corporal. “Para estes casos temos o que o PnK define, que é um programa de cinco semanas que permite perder até cinco quilos de gordura”, informou, adiantando que “trata-se de um tratamento médico com evidência científica, com vários artigos já publicados, que demostram a sua segurança e eficácia”.

Para Mara Marques, a perda de peso “importa no bem-estar e auto-estima da pessoa, mas além destes, os ganhos em saúde são inestimáveis”.

“Já contamos com evidência científica de que uma dieta cetogénica poderá reverter a diabetes tipo 2 em doentes com excesso de peso e evolução da diabetes com poucos anos”, preveniu.

Além da diabetes, podem também melhorar outras patologias como a “hipertensão arterial, esteatose hepática (fígado gordo), hipertrigliceridémia e dislipidémia (colesterol elevado) e síndrome da apneia do sono, e assim vir a reduzir o risco cardiovascular dessa pessoa”, contou.

Mara Marques aconselha a atividade física regular, pelo menos três a quatro vezes por semana. “Quer se trate de uma caminhada, quer se trate de exercícios de tonificação. Sobretudo nesta fase complicada em que vivemos, com mais ansiedade e maiores preocupações, o exercício terá importantes efeitos benéficos em nós, nomeadamente no controlo do apetite, maior sensação de bem-estar e até em nos ajudar a dormir melhor”, avisou.

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