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Refood distribui 710 refeições por semana

Marlene Sousa

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Devido à pandemia provocada pelo Covid-19, a Refood Caldas (projeto que consiste na distribuição de comida recolhida em restaurantes por famílias carenciadas) foi obrigada a procurar estratégias alternativas para alimentar quem precisa e está a distribuir 710 refeições por semana e a apoiar cerca de 150 pessoas.
A sopa é dividida em recipientes que foram desinfetados

Com restaurantes e cantinas fechados, o movimento voluntário que pretende combater desperdício alimentar ficou sem capacidade para dar resposta às famílias.

Num cenário negro por causa da Covid-19, Rui Vieira não desistiu e numa primeira fase reuniu doações de particulares, empresas, município das Caldas e supermercados locais e entregou às pessoas cabazes de alimentos. “Tivemos de diminuir a nossa lista e começámos só a apoiar as famílias com crianças até aos dez anos, porque as fontes de alimento fecharam e depois deixámos de ter a maioria dos voluntários devido à pandemia”, explicou Rui Vieira.

Para tentar dar resposta às outras famílias beneficiárias que tiveram de deixar de entregar alimentos, o vice-coordenador da Refood Caldas falou com a vereadora responsável pelo pelouro de ação social da Câmara das Caldas, Maria da Conceição, que propôs que quatro instituições particulares de solidariedade social (IPSS) das Caldas levassem sopa e partos confecionados à Refood para que esta entidade pudesse continuar a dar resposta às pessoas.

Neste momento recebem do Centro Social Serra do Bouro (Fonte Santa), o Centro de Apoio Social do Nadadouro, Centro de Apoio Social de São Gregório e Associação Social e Cultural Paradense 118 refeições já confecionadas três vezes por semana (354 refeições por semana).

Isto levou a que tenha mudado o sistema de operacionalidade. Em vez de distribuírem a comida todos os dias, entregam as refeições confecionadas e cabazes de alimentos às segundas, quartas e sextas-feiras com um reforço para dois dias.

Antes da Covid-19, tinham 110 voluntários que trabalhavam em regime de turnos, nas diferentes funções, que iam da recolha das refeições, ao tratamento, embalagem e entrega, agora está ao serviço apenas uma equipa de 13 voluntários.

“É um esforço tremendo porque é esta mesma equipa que se desloca três dias por semana cerca de oito horas para fazer a lavagem, desinfeção dos tupperwares e depois a divisão das refeições e alimentos e no final a entrega e limpeza”, indicou Rui Vieira.

Como explicou Fátima Conde, coordenadora do núcleo caldense da Refood, em declarações ao JORNAL DAS CALDAS, “foi necessário alterar por completo a nossa dinâmica e é a mesma equipa que faz os três turnos e que continua por uma questão de responsabilidade social e satisfação de poder ajudar o outro”.

Têm também um grupo de seis voluntários que estão a recolher alimentos junto dos supermercados para a entrega dos cabazes.

Fátima Conde revelou ainda que “há produtores que dão fruta ou hortícolas, e empresas que têm doado alimentos. Também há pessoas particulares que preparam sopas ou outros tipos de comida e que nos entregam”. Os cabazes são sempre compostos por óleo, azeite, arroz, massa, feijão, enlatados, entre outros produtos doados.

Com os despedimentos e diminuição de rendimentos familiares, a coordenadora do Refood das Caldas adiantou que “crescem os pedidos de ajuda”. O número de pedidos tem aumentado, fruto de famílias que perderam empregos precários ou têm o salário reduzido. “Tem-nos aparecido situações complicadas”, sublinhou, acrescentando que como não têm mais capacidade encaminham as pessoas para o serviço social da Câmara.

No entanto, assegurou que “todos os que batem à porta levam alguma comida”.

Refood apela à doação de alimentos

“Os serviços de ação social da Câmara e as quatro IPSS têm feito um trabalho importante, contou o vice-coordenador, acrescentando que a autarquia entregou equipamento de proteção individual para que os voluntários possam trabalhar em segurança.

Rui Vieira agradeceu ainda a todas as pessoas, entidades, empresas e supermercados que têm ajudado a conseguir fazer com que os beneficiários possam ter alimentos. “Um especial agradecimento à Cruz Vermelha Portuguesa, delegações do Cadaval e Peniche”, referiu, salientando que “juntos fazemos sempre a diferença”.

Com o encerramento temporário dos restaurantes e cantinas que ajudavam este movimento, fez um apelo aos caldenses, pedindo que a comunidade faça chegar à sede, na Rua Teixeira Lopes, nº1, nas Caldas da Rainha, fruta, legumes e alimentos não perecíveis

Por falta de fontes de alimento e voluntários a nível nacional, 60 núcleos da Refood estão suspensos temporariamente.

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