O terceiro período escolar iniciou-se nesta terça-feira e terminará a 26 de junho, mantendo-se suspensas as atividades letivas e formativas presenciais nas escolas.
O ensino básico permanecerá até ao fim do ano letivo no modelo de ensino não presencial, com recurso às metodologias digitais que será reforçado com o apoio de emissão televisiva de conteúdos pedagógicos.
O Governo decidiu retomar as aulas presenciais dos 11.º e 12.º anos de escolaridade, a partir de maio, garantindo-se o distanciamento social (professores e alunos deverão usar máscara) e justificando-se as faltas dos alunos cujos encarregados de educação optem por não os deixar frequentar. Serão dadas aulas apenas nas 22 cadeiras específicas que permitem a entrada na universidade. O Governo admite a possibilidade de as escolas requisitarem pavilhões (aquelas que não tenham) para garantir um maior espaço entre os estudantes.
O 10.º ano de escolaridade permanece até ao fim do ano letivo no modelo de ensino não presencial, mas sem possibilidade de recorrer ao apoio da telescola, dada a diversidade das disciplinas.
São canceladas as provas de aferição, dos 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade, as provas finais do ensino básico, no final do 9.º ano de escolaridade e as provas a nível de escola, realizadas como provas finais do ensino básico.
Igualmente cancelados foram os exames finais nacionais, quando realizados por alunos internos, para efeitos de aprovação de disciplinas e conclusão do ensino secundário.
Os alunos apenas realizarão exames finais nacionais nas disciplinas que elejam como provas de ingresso para efeitos de concurso nacional de acesso ao ensino superior.
A primeira fase foi adiada um mês, realizando-se entre os dias 6 e 23 de julho. A segunda fase, habitualmente em julho, passará para o período de 1 a 7 de setembro.
Para conclusão dos ciclos de ensino básico e secundário, as classificações de cada disciplina têm por referência o conjunto do ano letivo, incluindo o trabalho realizado ao longo do 3.º período.
Para alunos do ensino básico, durante o 3.º período letivo, a RTP Memória cede emissão a conteúdos pedagógicos temáticos, lecionados por professores, para alunos do ensino básico.
#EstudoEmCasa é o nome do espaço que vai ocupar a grelha das 09h às 17h50, com aulas de 50 minutos e intervalos de dez minutos, com conteúdos organizados para diferentes anos letivos, uma ferramenta importante para complementar o trabalho dos professores com os seus alunos.
Estes conteúdos pedagógicos temáticos contemplam matérias que fazem parte das aprendizagens essenciais do 1.º ao 9.º ano, agrupados por: 1.º e 2.º anos, 3.º e 4.º anos, 5º e 6.º anos, 7.º e 8.º anos e 9.º ano, abrangendo matérias de uma ou mais disciplinas do currículo, as quais servirão de complemento ao trabalho dos professores com os seus alunos.
Com a emissão do #EstudoEmCasa, através do sinal da RTP Memória, é alcançada a generalidade dos alunos, atendendo a que o canal emite na TDT, mas também na televisão por cabo e por satélite, ficando ainda disponíveis nas plataformas digitais da RTP e da Direção-Geral da Educação, com todas as emissões e respetivos conteúdos disponíveis.
No dia 20 de abril, arrancam as emissões do #EstudoEmCasa, que decorrerão até ao final do ano letivo, de segunda a sexta-feira.
O #EstudoEmCasa vai, deste modo, transmitir nos seguintes canais: TDT – posição 7; MEO – posição 100; NOS – posição 19; Vodafone – posição 17; Nowo – posição 13.
Paralelamente, a RTP 2 transmite conteúdos, pensando nas crianças da Educação Pré-escolar (dos 3 aos 6 anos).
Escolas adaptam-se
As escolas estão a preparar-se para estas alterações. Por exemplo, o Plano de Ensino a Distância do Agrupamento de Escolas Raul Proença, nas Caldas da Rainha, prevê que cada professor utilizará a forma de comunicação com os alunos que considerar mais adequada. Terá no entanto de ser assegurado que os alunos tomem conhecimento prévio da mesma e que disponham do suporte tecnológico adequado para a utilizar. De forma a evitar-se a dispersão de utilização de plataformas informáticas, a interação professor-aluno deve ser feita através da utilização de email, moodle, Zoom e Google Classroom.
Salvaguarda-se a especificidade das turmas dos cursos profissionais e das turmas que já tinham uma dinâmica de trabalho, anterior à suspensão das atividades letivas presenciais, com outras ferramentas digitais.
Serão realizados workshops de curta duração para os docentes que não estão familiarizados com o Zoom e o Google Classroom. Esta última plataforma será uma ferramenta facilitadora da organização do trabalho realizado pelos docentes com cada uma das suas turmas.
Os professores titulares de turma/diretores de turma devem identificar os alunos que não têm ferramentas digitais e definir uma estratégia, em articulação com os coordenadores de estabelecimento ou direção, para assegurar o trabalho com estes alunos. Os serviços de reprografia do agrupamento estarão em funcionamento para assegurar a impressão de materiais de trabalho para estes alunos.
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