Segundo este responsável, que recentemente terminou o seu doutoramento em Ciências do Desporto na Universidade da Beira Interior, na Covilhã, “existem muitos efeitos nefastos para qualquer pessoa que tenha hábitos de treino físico e que agora, devido à pandemia, os cesse por completo. Assim, junta-se uma forma fácil e sem custos de treinar em casa e promover o bem-estar físico, psicológico e fisiológico”.

Dado os momentos difíceis em que a socialização presencial não é permitida “felizmente as redes sociais contribuem para evitar esta “anti-socialização”, promovendo a prática de atividade física”, disse o docente na Escola Superior de Desporto de Rio Maior.

A grande maioria dos técnicos de exercício ou ginásios adaptou-se a esta nova realidade e publica diariamente treinos com imagens ou vídeos. O que recomenda é que “procurem atividades que gostem, com profissionais devidamente certificados, e que pratiquem, no mínimo, trinta minutos diários de atividade física”.

O docente esclarece que não está a fazer desta atividade um negócio, pois “não ganho qualquer quantia financeira para o fazer e o meu único objetivo é poder ajudar, de alguma forma, quem está do outro lado”.

Rafael Oliveira não consegue precisar quantas pessoas fazem as suas aulas em direto, pois “não estou preocupado com isso, mas sim em explicar o conteúdo da aula”.

“Os oito princípios de Pilates são o alinhamento, relaxamento, respiração, consciencialização corporal, controlo, coordenação, fluidez de movimento e energia”, explicou o docente, acrescentando que também ajuda na prevenção de desequilíbrios musculares.

Esta técnica também faz o desenvolvimento da força de músculos estabilizadores (principalmente da coluna e da bacia), bem-estar e autoestima.

É uma atividade que pode ser praticada por várias faixas etárias, desde que adaptadas “às necessidades de cada um”.

O docente interessou-se por este método “por verificar que existia possibilidade no mercado de trabalho na zona das Caldas da Rainha, onde achei que teria algum espaço de intervenção”. “Uma vez que os feedbacks foram bons, acabei por continuar a investir e a atualizar-me para conseguir melhorar a minha oferta”, contou.

Rafael Oliveira iniciou aulas de Pilates em 2013 para funcionários administrativos na prisão de Caldas da Rainha, onde se deslocava por estar envolvido no “Programa Revive+”, como voluntário da Cruz Vermelha Portuguesa.

Em 2014 começou a trabalhar no ginásio “To Be Fit”, que desde 2015 passou a Oxygen Gym & Fitness. Em 2015 também começou no ginásio BestLife Fitness. No ano letivo de 2019-2020 foi convidado a lecionar Pilates na Escola Superior de Desporto de Rio Maior pela professora que o formou nesta área.