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Câmara das Caldas estuda redução dos custos com a água e outras despesas

Marlene Sousa

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A Câmara Municipal das Caldas da Rainha antecipou um conjunto de medidas com o objetivo de garantir o distanciamento social e evitar o contágio do novo coronavírus. Em entrevista ao JORNAL DAS CALDAS, o presidente da autarquia, Tinta, Ferreira, revelou estar em preparação um conjunto de iniciativas para aliviar as despesas dos munícipes.
Tinta Ferreira, presidente da Câmara das Caldas

JORNAL DAS CALDAS – Para além das medidas já tomadas no concelho, agora depois do decreto do estado de emergência o que mudou nas Caldas da Rainha?

Tinta Ferreira: O Município das Caldas da Rainha, ao avaliar a grave pandemia que ocorre por todo o mundo, antecipou um conjunto de medidas com o objetivo de garantir o distanciamento social e evitar o contágio. Na sequência da declaração do estado de emergência, o Governo decretou um conjunto de medidas que veio ao encontro das que tinham sido tomadas pelo Município, naquilo que é da sua competência.

J.C. – Concorda com a declaração do estado de emergência nacional e as restrições impostas pelo Governo?

T.F.: Concordo. Perante o momento que vivemos não existe alternativa. Temos que cumprir rigorosamente as medidas decididas, sob pena de pormos em risco a nossa saúde, das nossas famílias e de toda a comunidade.

J.C.– De que forma o Município está a colaborar com o hospital?

T.F.: Foram criados dois hospitais de campanha com 30 camas cada. Um no Pavilhão da Mata (próximo do Hospital) e outro no Centro de Alto Rendimento de Badminton. São hospitais de reserva para utilizar pelo centro hospitalar em caso de necessidade. Esperamos e desejamos que não tenhamos de precisar deles.

Aproveito para agradecer à Federação Portuguesa de Badminton e ao presidente da Comissão Executiva do Centro de Alto Rendimento, sr. Joaquim Lopes, a sua preciosa disponibilidade e colaboração.

Agradeço também ao Exército Português, que através da Escola de Sargentos do Exército e em particular do seu comandante, coronel Gonçalo de Azevedo, disponibilizou equipamento e residências para os profissionais de saúde que necessitem de repousar nas Caldas sem terem que ir a casa.

Esses hospitais de campanha, caso venham a funcionar, receberão utentes já despistados no hospital distrital.

Porque não há material disponível no mercado, conseguimos toucas, batas, óculos de proteção, cobre-pés, máscaras, etc. Infelizmente só conseguimos um número muito reduzido de máscaras pois não se conseguem adquirir.

Aproveito para referir que é lamentável a especulação que tem existido no aumento dos preços deste tipo de produtos.

J.C. –Sabe quantos infetados existem no concelho das Caldas?

T.F.: A divulgação de dados sobre a evolução da pandemia é competência da Direção-Geral da Saúde e não temos autorização para o fazer. Posso dizer que temos casos no concelho, mas hoje, dia 22 de março, estamos abaixo da média nacional.

J.C.- Além das medidas do Governo de apoio às empresas o Município tem algum plano para ajudar a minimizar os prejuízos das empresas instaladas no concelho?

T.F: Estamos a avaliar, em conjunto com a Comunidade Intermunicipal, um conjunto de medidas de caráter municipal que possam ajudar a minimizar os prejuízos das empresas, embora quem tenha os meios para poder ajudar a sério seja o Governo. Os Municípios não têm condições para resolverem os problemas que as empresas vão ter, mas faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para dar a ajuda possível e reclamar junto do Governo para que ajude a sério. As medidas apresentadas até agora pelo Governo não me parecem suficientes.

J.C. – Face à quebra de rendimentos de centenas de munícipes, a autarquia tem algum plano de ajuda, por exemplo, isentar do pagamento da água?

T.F: As medidas poderão passar pela redução dos custos com a água e outras, mas não serão tomadas de forma avulsa e têm que ser devidamente planeadas. Estamos em articulação com as outras Câmaras do Oeste a preparar um conjunto de iniciativas para aliviar os custos dos nossos concidadãos no que às questões municipais digam respeito.

Haverá medidas da responsabilidade da administração central que poderão ter um maior impacto na vida das famílias, como por exemplo ao nível das rendas de casa, do crédito à habitação, nos custos de eletricidade e gás, no aumento do abono de família, no desconto do IRS, do IVA dos produtos de primeira necessidade, entre outras. Estas sim, se forem tomadas, terão um impacto real na vida de todos.

J.C –Que mensagem quer passar à população nesta altura difícil?

T.F: Os caldenses têm dado provas de que perceberam o grave momento em que vivemos e têm procurado com compreensão cumprir as medidas impostas e dado o seu melhor. Temos assistido a iniciativas da sociedade civil caldense que têm contribuído para aliviar o sacrifício e as dificuldades. Quero agradecer a todos, sem exceção, o apoio e a colaboração que nos têm manifestado.

Estamos a viver um momento de extraordinária preocupação que só será ultrapassado se nos mantivermos unidos e focados naquilo que tem de ser feito. Só assim poderemos salvar vidas e ter esperança no futuro. Protejam-se por favor.

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