O autarca respondeu a algumas questões do JORNAL DAS CALDAS.
JORNAL DAS CALDAS – Para além das medidas já tomadas no concelho, agora depois do decreto do estado de emergência o que mudou no Cadaval?
José Bernardo Nunes: Concordamos com as medidas tomadas. Era necessário estabelecer regras mais apertadas, sem dúvida. Tudo o que venha contribuir para que possamos reduzir ao máximo os riscos de contacto é bem-vindo. Julgo que neste momento é o que se pode fazer e no geral os cadavalenses têm estado a acatar todas as recomendações da Direção-Geral de Saúde (DGS) e do Governo. É a sensação que tenho.
J.C. – Estão a pensar em criar um hospital de campanha?
J.B.N.: Temos um espaço preparado com 40 camas e um outro com a possibilidade de instalar mais 10, como resposta a alguma solicitação da DGS.
J.C. – Existe algum infetado com a Covid -19 no concelho?
J.B.N: Neste momento, a informação oficial de que dispomos é que temos sete pessoas em vigilância ativa das autoridades.
J.C. – Concorda com as medidas do Governo para apoiar as empresas?
J.B.N: No geral sim, mas ainda falta definir algumas das regras para poder ter uma ideia mais precisa sobre o assunto.
J.C. – Como é que esta crise está a afetar os produtores, nomeadamente do setor da agricultura?
J.B.N: Para já, registamos uma grande ansiedade por parte dos produtores, o que é normal dada a incerteza da capacidade para continuar a produzir, mas também quanto aos mercados e ao consumo. No que respeita aos trabalhos normais para a época, para além de uma procura anormalmente elevada no que diz respeito ao fornecimento de fitofármacos, tudo decorre dentro do que é habitual.
J.C. – Além das medidas do Governo de apoio às empresas o Município tem algum plano para ajudar a minimizar os prejuízos das empresas e produtores instalados no concelho do Cadaval?
J.B.N: Neste momento, aguardamos as medidas do Governo para perceber o que vem aí em concreto. Neste momento, estamos focados na resposta aos casos relacionados com o apoio aos idosos e aos carenciados do concelho, os quais necessitam de uma resposta social já e não podem esperar por medicamentos ou bens essenciais como alimentação.
J.C. – Face à quebra de rendimentos dos munícipes, a autarquia tem algum plano. Por exemplo, estão a estudar a hipótese de famílias e empresas do concelho ficarem isentas do pagamento da água?
J.B.N: É um assunto que podemos ter que vir a equacionar, não descarto essa possibilidade, mas tem de ser um assunto a estudar por todos, Governo central e administração local, pois a Câmara tem de pagar o fornecimento em alta.
J.C. – Que mensagem quer passar à população nesta altura difícil?
J.B.N: Uma mensagem de esperança, que tenham cuidado e sigam as orientações da DGS. Estou certo de que se cada um de nós fizer a sua parte bem feita, podemos ultrapassar esta dificuldade com pouco impacto na nossa comunidade.
J.C. – Está a trabalhar em casa através de reuniões em videoconferência?
J.B.N: Tenho de estar no terreno e acompanho os nossos serviços de perto, como é óbvio tomo todas as precauções. Só as reuniões de Câmara é que estou a fazer por videoconferência.
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