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Apoio domiciliário nas Caldas para fixar os idosos em casa

Marlene Sousa

EXCLUSIVO

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Um pouco por todo o concelho das Caldas da Rainha vão surgindo iniciativas para apoiar os idosos a terem acesso a bens essenciais e são muitas as instituições já existentes que continuam a desempenhar o seu trabalho. Os centros de dia das freguesias encerraram e estão a ser substituídos por apoio domiciliário, para reduzir riscos de contágio pelo novo coronavírus.
Equipa do Serviço de Apoio Domiciliário do Centro Social e Paroquial N. Sra. das Mercês unida para ajudar os seniores

Há 17 instituições particulares de solidariedade social (IPSS) no concelho das Caldas da Rainha que cobrem todas as freguesias. A vereadora da Câmara das Caldas responsável pelo pelouro de ação social, Maria da Conceição, garantiu que todas as freguesias têm em funcionamento o apoio domiciliário, possibilitando que “cerca de mil utentes recebam as refeições em casa”.

Com o encerramento de creches e atividades de tempos livres (ATL) das crianças, há também riscos financeiros para as instituições das freguesias, uma vez que os pais não vão pagar o tempo que os seus filhos não as frequentarem, o que pode resultar em dificuldades, explicou a autarca.

Por isso a vereadora da Ação Social emitiu um comunicado a todas as IPSS informando que “atendendo ao contexto atual o Município encontra-se disponível para apoiar com alimentos e medicamentos destinados aos idosos”. “Assim sendo e, caso se encontrem a fornecer refeições a idosos que, habitualmente, não usufruam desse apoio, vem a autarquia disponibilizar-se para assegurar o pagamento dessas mesmas refeições”.

Maria da Conceição disse ao JORNAL DAS CALDAS que o município, as juntas de freguesia e as instituições de apoio social do concelho estão unidas para ajudar a população idosa ou dependente na aquisição de bens de primeira necessidade, alimentos e medicamentos, devido à pandemia de Covid-19. “O Município está disponível para ajudar e está em contato permanente com os presidentes de junta das freguesias para que não falte nada à população, nomeadamente aos idosos, já que se trata de uma população muito vulnerável”, referiu.

A autarca deseja que todas as instituições continuem a funcionar, porque o seu trabalho é “fundamental”. “Neste momento é importante que os idosos não sejam esquecidos, como grupo de risco e tenham acesso a refeições, higiene pessoal e a medicamentos”, salientou.

Centro Social e Paroquial N. Sra. das Mercês

O Centro Social Paroquial Nossa Senhora das Mercês Carvalhal Benfeito encerrou o Centro de Dia, mas tem prestado apoio domiciliário. Esta ajuda é dada de segunda-feira a sábado e destina-se sobretudo à população mais idosa. Ao sábado a alimentação é reforçada para o domingo (dia de folga das colaboradoras).

Maria Trindade Pedro, diretora técnica, disse que estão a apoiar diariamente cerca de 60 pessoas que residem na freguesia de Carvalhal Benfeito e algumas que habitam em Salir de Matos com o fornecimento de alimentação, cuidados de higiene pequenas limpezas na casa, tratamento de roupas (que é feito nas instalações da instituição), apoio na medicação e também a realização de alguns serviços externos, como compras ou pagamentos.

O Serviço de Apoio Domiciliário é prestado neste momento por treze colaboradoras, uma vez que quatro, que têm filhos com menos de doze anos, foram para casa. Oito estão no apoio domiciliário divididas por equipas de duas colaboradoras que se dirigem a casa dos utentes, podendo fazer visitas diárias durante a semana e ao sábado, dependendo das necessidades de cada pessoa. Três funcionárias estão na cozinha a confecionar as refeições e trabalham ainda uma administrativa e a diretora técnica.

Para esta responsável o apoio social às populações mais idosas sujeitas a medidas de isolamento no contexto da luta contra a pandemia Covid-19 é essencial. “Estamos a apoiar em casa deles 40 utentes inscritos no apoio domiciliário e 16 que estavam em centro de dia”, disse a diretora técnica, acrescentando que “estamos disponíveis para ajudar mais pessoas, nomeadamente, as mais debilitadas e isoladas da freguesia de Carvalhal Benfeito”.

No entanto, considera que é muito importante “manter o apoio a quem está inscrito e cada instituição apoiar as pessoas que precisarem das suas freguesias para que haja capacidade resposta para ajudar todos”. “Este apoio visa também a fixação dos idosos no domicílio, evitando o contacto com indivíduos infetados”, apontou a responsável.

Maria Trindade Pedro informou que está assegurado “o cumprimento de todas as medidas de segurança recomendadas pela Direção-Geral de Saúde, quer em termos de equipamento, quer de higienização”.

Quanto a máscaras e luvas, desinfetantes, batas e aventais descartáveis, a diretora declarou que para já ainda têm. Existe uma senhora (costureira) na freguesia que se disponibilizou para fazer máscaras caso haja falta de stock.

Centro de Apoio Social do Nadadouro

O JORNAL DAS CALDAS também falou com Alice Gesteiro, presidente de direção do Centro de Apoio Social do Nadadouro, que sublinhou a importância do apoio domiciliário, nesta altura que os “idosos são aconselhados a não sair de casa, já que são um grupo de risco na pandemia de Covid-19”.

O Centro de Apoio Social do Nadadouro está a apoiar cerca de 80 utentes diariamente (segunda a sábado). Segundo Alice Gesteiro, o centro tem neste momento 18 colaboradoras, porque quatro não estão a trabalhar. As funcionárias do Centro de Dia estão agora “a fazer o apoio domiciliário para que consigamos dar resposta a todos”.

“Muitos não têm suporte familiar e precisam de refeições diárias ou géneros alimentares, higiene, recolha do lixo, lavagem da roupa e entrega de medicação”, contou.

Alice Gesteiro que é também presidente da Junta de Freguesia de Nadadouro, disse que já foi passada informação à população da freguesia que “se precisar de alguma ajuda, seja a nível de alimentação, compras ou medicamento, estamos disponíveis para ajudar”.

Até este momento adquiriram “medicação para algumas pessoas”. “Também temos pessoas na freguesia que já se propuseram para ajudar naquilo que for necessário”, apontou.

Alice Gesteiro disse que na freguesia do Nadadouro todos os cafés e restaurantes fecharam e só há um minimercado aberto, que “a partir de um determinado valor leva os alimentos a casa das pessoas”.

Margarida Cadaveira, técnica auxiliar do serviço social referiu ao JORNAL DAS CALDAS que a solidão é uma das principais dificuldades dos utentes que estavam no Centro de Dia. “Foi uma quebra na rotina deles, não é fácil arranjarem distrações e não podem ter os netos por perto, portanto, estão sempre a perguntar quando é que voltam”, relatou.

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