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Centro Hospitalar do Oeste sem registo de infetados com o Covid-19

Francisco Gomes

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Apenas uma visita por dia por doente passou a ser a regra geral, com algumas exceções, no Centro Hospitalar do Oeste (CHO), como medida de prevenção que visa reforçar a segurança de utentes, visitantes e profissionais, perante o Covid-19 nas unidades das Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras, onde até meio da tarde de 10 de março não havia infetados, revelou a administração.
Kit no Colégio Rainha D. Leonor

A administração hospitalar determinou na pediatria um acompanhante durante 24 horas. No bloco de partos a grávida mantém o direito ao acompanhamento pelo pai do bebé, enquanto que na unidade de cuidados especiais neonatais permanece o acompanhamento pelos pais e no internamento de obstetrícia é possível o acompanhamento pelo pai das 09h às 20h, e visita dos irmãos às 19h. As restantes visitas não são permitidas. Se tiver febre, tosse, expetoração ou falta de ar não pode realizar a visita, e se esteve fora do país ou contactou com pessoas que estiveram fora do país nos últimos 14 dias (China, Coreia do Sul, Irão, Singapura, Japão e Itália) não deve realizar a visita. As três urgências das unidades do CHO têm zonas de isolamento definidas para os utentes com sintomas suspeitos. O conselho de administração do CHO aproveita para relembrar a população que, na presença de sintomas como febre, tosse, falta de ar e cansaço, em situação de regresso de países de risco ou caso tenha contactado com doentes, não deverão recorrer às urgências hospitalares, mas contactar a linha SNS 24 (808242424). Atividades suspensas ou canceladas Várias instituições, associações, organismos estatais e empresas anunciaram a suspensão ou cancelamento de algumas atividades ou até do funcionamento. Por exemplo, a Escola de Taekwondo-do Marcial & Defesa Pessoal de Caldas da Rainha estará encerrada durante os meses de março e abril. O festival de tunas “Águas de D. Leonor” foi adiado por tempo indeterminado. A iniciativa, organizada pela Tomalátuna – Tuna Mista da Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha, ia realizar-se nos dias 13 e 14 de março. A 17ª exposição canina nacional e a 10ª exposição canina internacional das Caldas da Rainha, nos dias 14 e 15 de março, na Expoeste, foram canceladas. Em Rio Maior, as tasquinhas estão suspensas desde a tarde do dia 10. Foi suspensa a próxima edição da Feira de Velharias de S. Martinho do Porto, no dia 22 de março. O executivo da União das Freguesias de Alcobaça e Vestiaria resolveu cancelar a Feira de Antiguidades e Velharias no dia 15 de março e a realização da edição de 19 de abril dependerá de uma avaliação mais próxima da data. O Agrupamento de Escolas de Cister, em Alcobaça, depois de ouvidos a presidente do conselho geral, os membros da direção, as coordenações das escolas e o presidente da associação de estudantes, decidiu suspender todas as atividades que se traduzam num aumento de concentração de pessoas, nomeadamente visitas de estudo, intercâmbios, concentrações do desporto escolar, entre outras. São também desaconselhadas as viagens de finalistas. O presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Paulo Inácio, após auscultação das autoridades de saúde locais, determinou o cancelamento das atividades previstas para dia 21 de março, no âmbito das comemorações do 1º aniversário do Parque Verde e do Dia Mundial da Árvore, da Floresta e da Agricultura 2020, onde se destaca o concerto dos HMB. Determinou igualmente a suspensão da programação do Cine-Teatro de Alcobaça João D’Oliva Monteiro bem como das atividades extraordinárias da Biblioteca Municipal de Alcobaça, ficando esta somente aberta para utilização individual dos munícipes. Encontra-se em avaliação, em consonância com as autoridades de saúde locais, o eventual encerramento temporário de recintos desportivos. Todo e qualquer evento organizado por entidades da sociedade civil deve ser comunicado previamente à Câmara de Alcobaça e às autoridades de saúde, a fim de analisarem a sua autorização. Planos de contingência Planos de contingência foram preparados pelas instituições, adaptando-os das orientações da Direção-Geral de Saúde. A título de exemplo, o Colégio Rainha D. Leonor, nas Caldas da Rainha, anunciou como principais medidas de prevenção implementadas a necessidade de “ter um pacote de lenços em cima da mesa, deitar fora lenços de papel depois de usar, recorrer ao “kit” de higienização, se espirrar para cima de superfícies, lavar as mãos antes das refeições, arejar a sala depois de cada aula, não partilhar objetos e não frequentar a escola em caso de febre e/ou sintomas relacionados com doença infetocontagiosa”. O Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro, nas Caldas da Rainha, publicou o plano de contingência no seu sítio na internet. É um documento com vinte páginas que pormenoriza os procedimentos a adotar. A direção da Associação Comercial, Industrial e de Serviços da Nazaré enviou aos associados cartazes com informações sobre procedimentos básicos, para que possam imprimir e colocar nos seus estabelecimentos, se assim o entenderem. As câmaras municipais da região elaboraram planos de contingência para a epidemia, a aplicar pelos trabalhadores e pela comunidade em geral. Nazareno curado regressa a Portugal Adriano Maranhão, o primeiro caso de um cidadão português infetado com o Covid-19, que terá contraído no navio de cruzeiro Diamond Princess, atracado há semanas no Japão, chegou na passada terça-feira ao aeroporto de Lisboa. Os resultados das novas análises deram negativo e o nazareno, de 41 anos, recebeu alta hospitalar no Japão. Foi o primeiro caso conhecido de um português infetado e que se curou. À chegada ao aeroporto Humberto Delgado tinha à sua espera Emmanuelle Maranhão, a esposa que tudo fez para que o marido fosse retirado do barco e levado para um hospital, para se submeter a análises e a vários testes, entre os quais recolha de amostra de saliva e das mucosas nasais, ao mesmo tempo que fazia a monitorização da febre, da oximetria (exame no dedo capaz de medir a percentagem de oxigénio transportado na circulação sanguínea) e fazia auscultação do peito e controlo das pulsações. Também para o receber esteve a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, o secretário de Estado da Saúde, António Sales, e o presidente da Câmara da Nazaré, Walter Chicharro, que teve igualmente um papel neste processo. Os serviços de apoio psicológico que o Município da Nazaré tem disponibilizado a toda a família de Adriano Maranhão serão agora também assegurados ao canalizador, revelou a Câmara. O agora recuperado tripulante esclareceu que não lhe foi administrado tratamento para a doença, tendo apenas tomado dois comprimidos paracetamol para controlar uma subida da febre para o valor de 37,7ºC. Foram receitados pelo posto médico do navio quando o resultado ao teste para coronavírus se revelou positivo. Questionado pela razão da diferença de resultados nos três testes a que foi submetido, Adriano Maranhão relatou que lhe falaram da possibilidade de ter contraído o vírus há mais tempo e que este poderá ter sido detetado pelas autoridades de saúde japonesas quando já estava a perder força. No entanto, pode também ter sido um falso positivo. A empresa ofereceu-lhe um período pago de dois meses para refletir sobre a hipótese de continuar a trabalhar em cruzeiros. Apesar de não estar infetado não significa que esteja imune ao vírus, e tal como qualquer pessoa pode contrair a doença, reconheceu. Quanto aos outros três portugueses tripulantes a bordo do Diamond Princess, seus colegas de trabalho (dois deles da região – Hélder Vigia, de 49 anos, da Nazaré, técnico de manutenção, e Daniel Silvério, de 54 anos, de Alcobaça, carpinteiro), que não estão infetados, encontram-se ainda a cumprir um período de quarentena de duas semanas que termina na próxima sexta-feira e só depois poderão voltar a Portugal. “Acredito que depois estará livre para regressar a Portugal. Tenho informado o Governo desta situação e solicitado o seu apoio também neste assunto”, disse Walter Chicharro. Sobre o regresso de Adriano Maranhão, o presidente da Câmara da Nazaré apela à necessidade de agora se respeitar “a privacidade do cidadão em fase de recobro, evitando a pressão quando estiver em casa”. Estudo revela preocupação Um estudo realizado pela multidados.com em parceria com a Guess What, via telefónica e online, a mil utilizadores registados na base de dados, entre os dias 2 e 8 de março, revela que a maioria está preocupada com o Covid-19 e admite alterar os seus hábitos. 79,6% pensa trabalhar a partir de casa. Da totalidade dos inquiridos, 87,5% consideram-se esclarecidos sobre o tema. 52,6% não se sentem alarmados e 70,4% estão confiantes nas informações prestadas pelas autoridades de saúde. A Associação Nacional das Farmácias (ANF) fez chegar às 2.750 farmácias associadas informação científica sobre o vírus e as recomendações a prestar à população. Há duas semanas, a ANF promoveu sessões de formação descentralizadas para preparar as equipas das farmácias. Devido ao aumento do número de pedidos de informação sobre viagens e cancelamentos de reservas, a DECO – Defesa do Consumidor criou uma linha telefónica de apoio aos viajantes preocupados com esta epidemia, disponível através do número 213710282, nos dias úteis, entre as 10h00 e as 18h00.

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